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" Desse jeito você me deixa louca. "

— Aquele ali é infelizmente o meu irmão

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— Aquele ali é infelizmente o meu irmão. — Eren cochichou desinteressado apontando para um loiro barbudo no outro lado da praia, parecia não gostar da presença do cara.

— Não vai cumprimentar ele? — Me ajeito no colo do moreno observando os outros competidores, hoje vai ser o início do torneio e a praia está bem cheia.

— Odeio ele, só não vazo daqui e sumo desse torneio por sua causa. — Yeager revirou os olhos bufando estressado, estava incomodado com a presença do outro e ficou tenso desde que o tal do Zeke apareceu por aqui. — Temos que vencer seu medo do oceano, lembra-se disso não é?

— Por minha causa? Falando assim parece estar se apaixonando pela sereia aqui, já aviso que eu não presto. — Brinquei trazendo mais brilho para sua feição, espero ter espantado um pouco de seu mal humor. — Claro que eu me lembro, mas e depois? Vai voltar com as viagens pelo mundo?

— Talvez eu esteja me apaixonando e bom, depois de vencermos seu medo vamos descobrir o que a vida tem para nos oferecer. — Ele fechou os olhos tombando a cabeça para trás e a encostando na parte de trás da cadeira de praia, daquelas fortes, também para aguentar nós dois tem que ser mesmo. — Deixa a vida te levar, me levar e nos juntar em algum momento no meio desses sete mares.

— Você está falando cada vez mais como um maconheiro, vive viajando nessa onda sobre o destino.

Mesmo que seja ele que fume maconha, eu que estou me viciando nessa droga de homem e já não consigo escapar por causa dessa maldita abstinência! Se eu sou emocionada? Óbvio, qual a graça da vida se ficarmos nos privando de fazer merda? Não tem graça viver seguindo regras com medo das consequências, em vez disso aproveitar o máximo e ter seus sentimentos ao extremo é muito melhor.

— Eu meio que já sou um maconheiro, fora que o certo é surfando nessa onda e não viajando nessa onda. — Ele abriu os olhos e me soltou uma piscadela pelo trocadilho que eu como uma boa tiazona amante de piadas sem graça acabei rindo. — Entendeu gatinha?

— Entendi. — Me debrucei ainda mais em cima dele deitando a cabeça com a cara enfiada no seu pescoço, ninguém mandou me dar liberdade, agora aguenta minha carência.

— Olha só, finalmente desencalhou maninho? — Uma voz diferente me fez abrir os olhos e olhar para cima, era o tal irmão do Eren. — Essa daí até que não é ruinzinha. — Ele riu sínico e o resto de seu grupinho riu acompanhando suas provocações ridículas, parecia uma criancinha ou adolescente de filme da Disney falando.

— Por quê não finge que é uma foca e se joga na boca de um tubarão? — O moreno retrucou ficando bravo de repente.

— Olha só, ficou bravinho? Ficou? — Zeke continuou fazendo até eu que sou da paz me estressar, ninguém mandou me atiçar.

— Moço, desculpa dizer isso do nada... Mas sua voz me enjoa mais do que andar de barco, sua barba parece com a de um mendigo e seus músculos têm tantos esteroides que te deixam igual um frango inchado. — Comecei a contar nos dedos fazendo os amigos dele caírem na gargalhada. — Se puder dar licença eu agradeço, mas se não...

— Se não? — Ele tentou manter a postura cruzando os braços, tadinho, tá se achando com esses óculos laranjas de grau. Calma militante, eu tenho astigmatismo e também tenho todo o direito de zoar ele, que armação horrorosa de brega, cruzes!

— Se não, eu vou enfiar um rojão do seu rabo, te fazer voar e depois te ver explodir lá na puta que pariu! — Praticamente cuspi as palavras fazendo-o recuar um passo, acabei com esse a postura falsa de machão. — Agora vaza daqui sua sardinha, tá atrapalhando minha vista.

O grupinho saiu da minha frente na hora fingindo prestar atenção em algo aleatório, dentre eles o Zeke foi junto com o ego ferido e uma careta azeda no rosto. Suspirei aliviada assim como o Eren, que parecia ter relaxado na mesma hora.

— Não precisava ter feito isso por mim.

— Que nada, foi por nós dois, a parte do: Essa daí até que não é ruinzinha, me deixou puta de raiva. — Soltei um grunhido de raiva vendo o loiro lá na frente, ele ainda nos olhava, mesmo que de um jeito disfarçado. — Tá se achando com esse shortinho vermelho.

— Os óculos dele nem funcionam mais, tem que ser cego p'ra te insultar assim. — O Moreno me ajeitou em seu colo pela milésima vez, parando suas mãos, uma em minha coxa direita e a outra apoiada em minhas costas.

— Isso foi fofo.

— Eu sei, sou perfeito. — Ele brincou e eu o olhei indignada.

— Na verdade para ser perfeito você não pode ter defeitos e você tem dois, querido.

— E quais seriam, querida? — Ele mordeu o lábio inferior fazendo seus olhos esverdeados se encontrarem com os meus.

— O primeiro é sua índole questionável, essa carinha de santo não me engana. — Rocei nossos lábios sorrindo de leve e ele fechou os olhos aproveitando.

— E o segundo defeito?

— Sua boca está separada da minha. — Disse na maior cara de pau vendo ele abrir os olhos, meus amigos dizem que eu preciso ser mais atrevida se quisesse arranjar alguém, bom, estou tentando.

— Posso resolver isso. — Ele juntou sua boca com a minha iniciando um beijo calmo, não seria nada selvagem até porque tem muitas crianças brincando aqui por perto, não quero traumatizar as coitadas.

— Tá legal dupla de beijoqueiros, se separem e vão se ajeitar! — Hange apareceu me dando um susto, que fez o mais velho começar a rir.

— Que susto do caralho! — Escondi o rosto no pescoço do Eren tentando não rir.

— Sinto informar ao casal, mas a competição já vai começar e o Yeager tem que ir confirmar a vaga dele antes de começar. — Ela falou como se não houvesse interrompido nada.

— Já estou indo. — Ele disse se recuperando de sua crise de risos e ela concordou indo avisar mais competidores.

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𝑺𝒆𝒓𝒆𝒏𝒂𝒕𝒂 → ᴇʀᴇɴ ʏᴇᴀɢᴇʀ' ʰᵒᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora