Capítulo - 16

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MELISSA

Assim que o carro para em frente da casa, vejo que há um outro automóvel estacionado rente à calçada.

— O que eles estão fazendo aqui? 

— Eles quem? — Questionou Felipe ao meu lado.

— Meus tios —  Suspiro. — É melhor você ir, antes que eles vejam que o meu melhor amigo tem um carrão —  Digo isso ao sair do carro.

Ele ri e logo sai com o carro.

Eles sempre vem uma ou duas vezes, mas na maioria das vezes no final do ano com a minha prima.

Deve ter acontecido alguma coisa, para eles virem pra cá do nada.

Entro em casa e quando eu chego na sala encontro uma de minhas primas sentada no sofá chorando ao lado da minha mãe e com duas mochilas. 

Olho para ela e vejo que um de seus braços estão arranhados e sua blusa rasgada.

Jogo minha bolsa no chão e corro em direção ao sofá, abraçando a Camila de lado.

Percebo que meu pai conversa com meu tio, que está com a cara séria e com os braços cruzados em seu peito.

— Eu não quero nem saber se é minha filha ou não! — Gritou meu tio. — Ela fez eu e a Isabela passa vergonha com aquela exposição! Essa vagabunda desgraçada!

— Se acalma Leonardo — Meu pai tentava acalmar meu tio.

— Eu não quero nunca mais ver a cara dessa prostituta! — O Observo caminha na nossa direção. — A partir de hoje você não é mais a porra da minha filha, você tá entendendo!? — Aponta o dedo no rosto de Camila e logo o vejo fechar a sua outra mão.

Antes que ele faça alguma coisa, meu pai o impede

— Na minha casa você não faz isso! — Gritou meu pai empurrando meu tio para o lado.

— É isso Marcos? Vai ficar protegendo essa... — Antes que ele fale alguma coisa minha mãe se levanta do sofá e logo grita.

— Sai da minha casa agora! — Aponta para a porta. — E nunca mais venha buscar a Camila,  porque se não eu ligo pra polícia e falo que você e a Isabela bateram na garota.

Arregalo os olhos. Como eles dois foram capazes de fazer uma coisa dessa?

Camila sempre foi uma garota muito na dela, porém ela sempre foi uma garota bondosa e com o coração doce.

— Sua desgraça! — Grita ao bater a porta.

Olho para o meu pai e vejo sua cara de espanto do que ocorreu por aqui.

— Filha leve sua prima para o seu quarto — Minha mãe respira. 

Quando eu vou pegar as coisas da Camila, ela me interrompe.

— Não precisa, não — Fala secando as lágrimas de seu rosto e em seguida pegando uma bolsa e colocando na suas costas.

Pego a outra mochila que estava ali e pego a minha que tinha sido jogada no chão.

— Vamos — Aponto para a escada e logo fomos subindo nela, até entramos no quarto.

— Eu vou guardar a suas roupas aqui no armário e... — Antes que eu fale, escuto ela murmurar.

— Me desculpa — Fala baixo ao sentar na cama. — Eu não queria que isso acontecesse —Lágrimas começam a brotar em seu rosto. — Eu Juro.

— Não foi sua culpa — Sento-me ao seu lado.

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