Prólogo - O diabo veste quarterback

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— Jake

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— Jake.

Levantei a cabeça rapidamente, o lado esquerdo do meu rosto estava todo grudado, talvez eu tenha dormido e babado, mas aquilo não me importava.

— Hee, eu já organizei tudo. — Resmunguei irritado, eu não queria mais ser amigo desse alfa chato, mesmo que eu não tivesse outro amigo.

— Não estou falando desses papéis, Jake. — Soltei todo o ar que tinha, esse pateta – não o da Disney que eu amo.– não sossega um segundo? Eu mereço mesmo aguentar isso?

— Está falando do que então, Heeseung? — Cruzei as pernas e arrumei a minissaia do uniforme, olhei novamente o relógio enorme na parede e decidi que talvez fosse mais inteligente eu ter ficado no clube do jornal, pelo menos não teria ele no meu pé direto.

— Você sabe que esse ano eu me formo, não posso continuar no Grêmio e preciso saber quem será o novo presidente, qualquer maluco pode se candidatar. — Revirei os olhos e encostei minha cabeça na mão, se aquilo não me afetasse diretamente, eu ia fingir que Heeseung estava falando um monte de blá blá blá mudo.

— Você precisa se acalmar, as inscrições estão abertas, logo aparece um carinha bom, começa a votação e ele ganha. Todo mundo fica bem. — Falei calmo, como um verdadeiro ômega que meus pais criaram, mesmo que às vezes tenha vontade de xingar.

— É. Talvez você tenha razão.

— Sempre tenho, querido. — Rebati rápido, aquilo saiu mais acelerado do que pensei.

— Se tivesse teria aceitado subir no meu cargo, você é a pessoa que eu mais confio, além de ser vice. — O alfa sentou na minha mesa com aquela bunda mixuruca, olhei para os lados cansado de dizer a mesma explicação.

— Sabe que não tenho tempo e nem vontade de ter tanta responsabilidade assim. — Olhei dentro dos olhos do meu amigo, quase vendo a alma dele para tentar, nem que seja em vão, fazer ele entender aquilo.

— E eu que sofro aqui, mas já que você está aí sentado, vai levar aqueles papéis para a quadra dos jogadores, eles precisam assinar. — Por Deus! Só eu que trabalho nesse ninho, Lee Heeseung é um ordinário desocupado.

— Tomara que a água quente do seu chuveiro fique ruim no inverno. — Amaldiçoei ele e peguei os papéis de qualquer jeito, mas ainda com uma postura séria e culta.

— Também gosto da sua empolgação. — Bufei tanto que o ar quente levantou até meus fios loiros que estavam na testa.

Assim que sai da sala do Grêmio, fui calmamente pelos corredores murmurando maldições para Heeseung, mas não que eu realmente odiasse ele, por Santa Madalena, eu gostava do Hee e ele era meu único amigo ali e eu guardava uma paixonite, não que eu fosse um tipo de 'loser' igual os filmes americanos, eu apenas tinha fama de carrancudo e ômega tradicional perfeito para casar.

Bola Pro Mato | JakehoonOnde histórias criam vida. Descubra agora