Vizinho

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 Faz uns cinco minutos que estávamos na frente de um apartamento, observando o enorme prédio enquanto Chloe tentava falar com tia Liz

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Faz uns cinco minutos que estávamos na frente de um apartamento, observando o enorme prédio enquanto Chloe tentava falar com tia Liz. Estamos perdidos, e não sabíamos qual era o nosso apartamento e onde era, até porque ninguém fez questão de falar aonde vamos ficar.

 Uma pequena porta à nossa frente se abriu, uma senhora de mais ou menos sessenta anos apareceu. Ela veio até nós com um sorriso amigável, disse algo que não consegui entender muito bem. Então Miguel passou em minha frente e se comunicou com ela, eu consegui identificar qual era o Idioma que eles estavam se comunicando, era português, tenho quase certeza.

— Desculpa, pensei que eram brasileiros — explicou ela, falando em nosso idioma. 

— Não tem problema — falei.

— Creio que vocês sejam os jovens que vão passar três meses aqui, certo ? — assentimos — Ótimo, acabei de falar com a senhora Collins, ela disse que provavelmente vocês estariam perdidos.

— Mamãe acertou em cheio.

 Sophie estava praticamente dormindo em pé. Fiquei surpresa de vê-la falar algo, já que ela é super tímida quando não conhece alguém, então isso foi meio que um milagre. 

— Bom, vou fazer o check-in de vocês e se quiserem eu posso apresentar o apartamento também — propôs ela.

— Seria ótimo, pois tenho certeza que se a senhora não nos mostrar o nosso apartamento vamos nos perder novamente — Anna admitiu, rindo.

— Ótimo, entrem — ordenou ela.

 Peguei minha mala e entrei, assim que entrei dei de cara com um rapaz moreno e de olhos verdes. Creio que ele tinha minha idade ou mais, e devia fazer um mês que ele não fazia a barba, não que a barba fosse mal feita, pois não era. Ele estava com roupa de academia, fones no ouvido e celular na mão. Nos encaramos e ele tirou os fones, fazendo com que a música escapasse, era alguma música em Italiano, mas não sabia ao certo. 

— Pelo visto você já conheceu o Martin, o que é bom já que ele vai ser seu vizinho! E olha que todos que são vizinhos ou se esbarram aqui nesse local acabam se casando ou ficam noivos. — comentou a senhora, fazendo eu e ele sorrir sem graça. 

 Ouvi meus amigos cochichando atrás de nós, mas eu pelo menos estava com muita vergonha de olhar para eles. Martin também estava com vergonha, e eu espero que eu não estivesse vermelha como eu sempre fico quando estou com vergonha.

— Prazer, Martin — se apresentou ele, estendendo a mão. 

— Prazer, Lia — me apresentei e toquei em sua mão.

— Eu adoraria ficar aqui e jogar conversa fora com você, mas infelizmente preciso fazer minha caminhada do dia — disse ele e sorriu.

— Tudo bem, tenho certeza que vai ter outras oportunidades para conversarmos.

— Creio que sim — disse ele e se aproximou dos meus amigos — Bem, tenham um bom dia e aproveitem Amsterdã. 

 Virei de costas para eles, meu irmão estava com uma cara fechada, com ciúmes, mas os outros estavam sorrindo. Ele deu um último sorriso para mim e saiu nos deixando ali com a dona do apartamento 

— Bom, onde estávamos? — perguntou a senhora — Lembrei, o check-in. 


 Depois de subir vários degraus, finalmente chegamos em nosso apartamento. Ele não era antigo como eu imaginei, pelo contrário, ele era muito moderno e aconchegante. A única coisa que não é legal são as escadas, porque não tinha elevador, na verdade a dona Elizabeth – sim, a senhora nos falou seu nome – disse que é muito raro ter elevador aqui em Amsterdã.

 Nosso apartamento não era enorme, mas também não era tão pequeno. Ele tem uma sala, uma cozinha americana, uma área de serviço, um toilette, isso no primeiro andar. Sim, mesmo sendo um apartamento, ele tem dois andares. E na parte de baixo, que fica o segundo andar, ficam os quartos. No total são três quartos, cada quarto com três camas de casal, um closet e um banheiro.

— De qualquer jeito meu filho, um dos homens vai ter que ficar com as meninas — explicou Leon, ele já estava estressado de explicar pela terceira vez a Miguel.

— Meu Deus, vocês são muito complicados!! — exclamou Chloe.

— Eu posso dormir com minhas irmãs, não tem problema. — Noah se pronunciou, e pegou sua mala — Agora vão dormir de conchinha os três, não era isso que queriam ?

— Não cara, pode dormir com sua namorada! Eu posso dormir no quarto com Sophie — disse Miguel, Noah olhou para Sophie, que negou de leve com a cabeça. 

— Não, eu durmo com minhas irmãs! Estou acostumado com o costume de cada uma, até porque Lia gosta de acordar cedo para caminhar, Sophie de vez em quando invade minha cama e a de Lia, então eu conheço elas. Tenho certeza que Chloe não vai se importar — negou ela e Sophie soltou um suspiro de alívio.

— Não mesmo, vou dormir com Anna. E assim ficou até bom, até porque não vamos precisar ficar ouvindo gemidos de ninguém de madrugada! A não ser que meu irmão queira pegar um dos amigos dele — brincou Chloe, fazendo Anthony revirar os olhos.

— Não sei como seu namorado te aguenta — disse ele e Chloe mandou beijos no ar para o irmão. 

— Enfim, vão organizar as coisas de vocês, tomar um banho e depois vamos partir para almoçar — ordenou Anna e pegou sua mala.

— Ninguém se atrasa, por favor! Se alguém se atrasar eu vou bater — avisei.

— Sim patroa — disse Miguel.

 Noah colocou sua mala no sofá, pegou a minha mala e a de Chloe e levou para o quarto. Anthony pegou a de Anna e a sua própria mala, já Leon e Miguel ficaram brigando para ver qual dos dois ia descer com a mala de Sophie. Porém ela foi mais rápida e pegou sua mala e foi descendo a escada, peguei minha mala de mão e acompanhei Sophie, no meio da escada meu irmão a ajudou e levou a mala dela até o nosso quarto.

— Os dois ainda estão brigando, para ver quem leva sua mala — Apontou Noah para Sophie, assim que entrou no quarto com sua mala.

— Acho que os dois são afim de você — comentei, abri minha mala e comecei a colocar minhas roupas na cama.

— Não, Leon é meu melhor amigo! E Miguel ficou no passado — disse Sophie, organizando sua roupa.

— Isso mesmo, curta Amsterdã. Vai que você encontre um boy, igual como Lia encontrou — Noah disse e eu senti minhas bochechas queimarem — ela até ficou vermelho. 

  A adrenalina me atingiu com força, fazendo com que eu pegasse o travesseiro e acertasse em cheio em Noah. Logo recebi um travesseiro na cara de Noah, e depois um de Sophie, fazendo com que começassem uma guerra de travesseiros, igual como fazíamos em casa.

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