4° CAPÍTULO.

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S/N NARRANDO.

Quando já tinha terminado de comer minha barrinha e estava ainda tomando o suco, olho para frente e vejo um grupo de pessoas chegando. Vejo que Vinnie, Jack e Jett estão nele. Tem mais dois meninos, e duas meninas. Ao se aproximarem mais, vejo já a raiva nos olhos de Vinnie, e o porque eu não faço ideia.

Vinnie: Você só pode estar de brincadeira né?. - fala chegando na mesa e dando um sorriso sarcástico.
S/N: Por que?. - pergunto pois realmente não tinha entendido o porque daquele tom de voz que ele usava.
Vinnie: Aqui é a nossa mesa, o nosso grupo senta aqui e qualquer idiota sabe disso. - espera, ele me chamou de idiota?
S/N: Desculpa, não sabia. - digo e me levanto, não quero arrumar problema com ele.
XXX: Calma Vinnie, não precisa falar assim com a menina. - disse uma das garotas que estava ali presente.
YYY: Mas ele tá certo, a gente tem essa mesa aqui a anos, e vem essa daí e já quer sentar na janela. - um dos meninos fala, não faço ideia de quem seja e usa um tom tão arrogante quanto Vinnie.
S/N: Desculpa mais uma vez. - peço e já saio de perto, sem ver se eles realmente ficaram lá ou forma para outro lugar.
Vejo que minha única opção é ir para sala, pois o refeitório está lotado e não irei correr esse rosto de pegar novamente uma mesa que já tem " dono ".
Ando um pouco e logo chego a minha sala, vou até onde estava dividindo carteira com o Vinnie e me sento lá. Respiro fundo e começo pensar em quanto a minha vida mudou em tão pouco tempo. Até ontem estava no Brasil, feliz, com meus amigos. E hoje estou eu um lugar estranho, sem ter feito se quer um colega de classe.
Fico ali por alguns minutos, até que ouço o sinal tocando novamente, fazendo com que chegasse o fim do intervalo. Algumas pessoas chegam e já se sentam, outras ficam ainda na porta, e quanto menos espero, o Vinnie já está do meu lado.

Vinnie: Desculpa. - ele fala e eu o olho, sem entender exatamente o pedido feito.
S/N: Pelo o que?
Vinnie: Pela forma que eu venho te tratando desde a hora que você chegou. - fala olhando pra mim, e pela primeira vez, sinto que está sendo sincero, sem raiva ou coisa do tipo.
S/N: Ah sim, tudo bem. - dou um sorriso para ele. - não preocupa não.
Vinnie: Tá. - fala e assim chega ao fim da nossa conversa.
O novo professor entra na sala, e a aula agora é de português. Fiquei feliz pois nessa eu mandaria muito bem.
O professor propõe um jogo de soletração, como é o primeiro dia, disse que não iria pegar pesado logo de cara. Óbvio que todos aceitaram. Ele foi chamando aleatoriamente, de acordo com a lista de nomes que tinha. E foi bem engraçado todo mundo tentando soletrar as palavras em português, e depois falando ela por completo. Até que chega minha vez.
Professor: agora você S/N, pode ficar de pé. - sim, todos iam ficando de pé. Levantei e esperei que ele falasse a palavra. - Paralelepípedo. - ele fala e todos riem. Sim, ele estava pegando palavras bem complicadas para eles, para justamente ficar engraçado. - pode ir.
S/N: P-A-R-A-L-E-L-E-P-I-P-E-D-O. Paralelepípedo. - falei letra por letra, e depois a palavra por completo, fazendo com que todos olhassem para mim, inclusive o professor, que não tinha nacionalidade brasileira e sim americana, sendo apenas um amante da língua, mas com certas dificuldades, e segundo ele, é uma das línguas mais difíceis de se aprender.
Professor: S/N, como você conseguiu falar tão bem? Essa palavra é uma das mais difíceis, se não a mais. - pergunta espantando, enquanto todos ainda tinham os olhos em mim.
S/N: Eu sou brasileira.
Todos incluindo o professor: Que? - ouço um coral quando digo.
S/N: Pois é. - falo e me sento, sentindo o olhar curioso do Vinnie em mim.
Professor: Meu Deus, como assim. De qual lugar do Brasil?
S/N: De Goiânia.
Professor: Uau, nunca visitei o Brasil, tenho muita curiosidade.
S/N: Você vai gostar. - falo e dou um leve sorriso.
Professor: Ah, nem tem graça então você brincar. - todos riem e eu também. - vamos, próximo.
E assim o jogo seguiu até o final da aula, e tudo continuou bem engraçado. E ainda me pediram ajuda para eu falasse a palavra cem porcento corretamente.

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Por hoje é só, me falem o que estão achando. Até mais.

A Aposta - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora