A Aposta - Vinnie Hacker

8° CAPÍTULO.

S/N NARRANDO.

Sexta feira.

Já estou na escola no momento. Não vejo meus pais desde domingo. Tiveram que fazer uma viagem a trabalho e deixaram uma babá cuidando de nós. Cheguei, encontrei o Jett no caminho e o cumprimentei, recebendo um beijo na bochecha e um abraço. Ele estava com o Jack. Que não foi muito com a minha cara também, mas é um pouco mais educado que o Vinnie. Fiquei um tempo conversando com os dois e logo o sinal toca. Me despeço dele e vou para minha sala.
Chegando lá vejo que Vinnie não foi a aula. Me preocupo de imediato e não sei o porquê dessa preocupação. Penso em perguntar o Jett se sabe o motivo pelo qual o garoto faltou, mas acho melhor não. Não somos amigos para eu ter esse tipo de preocupação.

A manhã passou, e com isso a mesma rotina. Aulas. Intervalo. Fim das aulas. Busco meus irmãos e vamos para casa. Chegando lá Nana, nossa babá e um amor de pessoa, já tinha feito todo nosso almoço e o colocado a mesa. Nos trocamos e descemos, famintos.
Depois de comer ficamos ali um pouco mais conversando sobre nossa semana e etc. É louco a forma na qual nossos pais nunca fizeram isso conosco, mas uma mulher que nos conhece a cinco dias, faz.
Depois vou até o banheiro, faço minhas higienes e percebo que algo, ou melhor, alguém não sai da minha cabeça: Vinnie.
Ele não falou nenhum dia dessas duas semanas a não ser hoje, não sei, mas estou preocupada e sem pensar muito, resolvo ir até a casa dele ver o porque de ter faltado.
Mas S/N, como você sabe onde ele mora? Hum, talvez, só talvez, eu tenha seguido ele. Mas acontece né. Aviso Nana que irei sair, pego minhas chaves e saio.
Ando em torno de cinco minutos e logo chego na enorme casa. Penso se realmente foi uma boa ideia, mas quando vejo, já estava tocando o interfone.

Vinnie: Quem é?
S/N: Oi Vinnie, é a S/N, você pode descer aqui um porquinho? - ouvi o garoto bufar e ficar tudo em silêncio. Será que ele vai me ignorar ou irá descer? Me viro para a rua e vejo a pouca movimentação que tinha ali, até que ouço sua voz.
Vinnie: O que você está fazendo aqui? - me viro para trás e dou de cara com ele vestindo uma calça de moletom preta, e sem camisa. Tento não olhar muito, o que é um pouco inevitável, até que ouço ele perguntar novamente. - porra, o que você tá fazendo aqui?
S/N: Ah, claro. Bom, você não foi a aula hoje, fiquei preocupada.
Vinnie: Ah, fala sério. - ele começa a rir desesperadamente, e nesse momento penso que realmente foi uma péssima ideia ter vindo. - olha aqui, eu já te falei isso e vou falar de novo. Nós não somos amigos. Eu não gosto de você. Então vai embora da minha casa e não perturba, demoro? - fala e bate a porta na minha cara. É, eu realmente nunca fui tão maltratada assim. Tento ignorar a forma na qual ele falou comigo, e começo caminhar de volta para minha casa, a qual não demoro muito chegar. Entro, falo um pouco com Nana que estava na cozinha e vou para meu quarto. Onde eu com certeza irei passar o final de semana. Já que meus pais não estão e meus irmãos irão sair com os amigos.
É, a solidão dói.

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