Capítulo 1 - Quem sou eu?!

168 21 7
                                    

Quem eu sou?

Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.
Mas, se eu lhe disser quem sou,
você pode não gostar de quem sou,
e isso é tudo o que tenho.

Começo da Fase 1 ; 2011 - Floresta 

Tennessee, 09 de Dezembro
De 2011


»Pov Rhayssa»

  Minha visão já não existe, é apenas um breu obscuro e doloroso.

  Quando o primeiro cheiro vem, é algo estranho, anormal até. Os cheiros se mesclam e não consigo separá-los e descobrir o que são.

  O único que consigo identificar é o cheiro de terra molhada, também há um inebriante cheiro peculiar, mas não sei o que é nem de onde vem exatamente.

  Então começo a escutar, todos os sons em uma sincronia nada armonioza que arranha meus ouvidos. Ouço meu coração batendo em um ritmo anormal, o farfalhar das plantas, a neve caindo das folhas, e também ouço a respiração de vários animais, mas não consigo distinguir a distância entre mim e eles.

  Parece que minha cabeça vai explodir, fico em pânico e me sinto em plena incerteza sobre o que fazer.

  Não consigo abrir os olhos, parece que a um sol colado em meu rosto, pois o mesmo queima como fogo do inferno. Pela Mãe acima, parece que vou morrer.

  Todo meu corpo lateja, como se em cada milímetro dele estivesse com cem agulhas perfurando lentamente a minha linda pele (modéstia a parte eu diria) em uma tortura dolorosa, além estar congelando completamente por fora, e fervendo por dentro.

  Quando já não aguento mais a consciência dolorosa, ouço passos pesados em meio a neve, passos totalmente arrastados, e mesmo lutando ao máximo para não desmaiar, não aguento a pressão e aos poucos o breu vai ficando mais sombrio, até que não sinto mais nada.

*******************************

  Abri os olhos lentamente, ainda confusa com toda aquela luz ofuscante a minha frente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Abri os olhos lentamente, ainda confusa com toda aquela luz ofuscante a minha frente.

  Sinto o latejar em minha pele, mas não está tão doloroso como antes, dá para aguentar.

  Em primeira mão, não escuto nada, mas aos poucos os sons vão voltando, nada anormal, apenas sons comuns de animais a uma distância aparentemente segura, e ouço também um vento forte sacudindo as folhas das árvores, derrubando qualquer resquícios de neve que poderia aver nelas.

Cutting Memories and Ninghtmares - ACOTAR - VINGADORESOnde histórias criam vida. Descubra agora