Nos Encontramos Novamente (Concluída)

Isso já não é problema meu!

Emma teve que tomar um calmante forte, para conseguir dormir. David e Branca, quase não dormiram a noite, juntamente com Henry que a todo momento verificava o telefone para ver se Ruby tinha mandado notícias, o avô ao ver o menino assim, se aproximou e disse: — Ela deve tá melhor, você precisa descansar um pouco, amanhã bem cedo vai pra casa, e veja você mesmo se ela se acalmou. — 

Henry com a cabeça baixa segurando o choro disse: — Se ela nunca mais melhorar,ou voltar a ser má? — disse, não conseguindo segurar o choro. 

David abraçou o menino de lado, e disse sincero: — Sua mãe tem muitos motivos pra ser boa, e é da natureza dela, você sabe disso, não sabe?— Henry assente com a cabeça— ela tá triste agora, aconteceu muitas coisas esses dias,e ela precisa processar tudo isso…e você é quem mais pode ajudar ela.— 

— Mas ela tá sem o coração agora, a Emma disse. — 

— Henry?— Branca que ouvia tudo, chamou —mesmo sem o coração sua mãe ainda sente profundamente, ela possui uma capacidade de sentir as coisas muito mais que a gente. Quando estávamos na Floresta Encantada, sua mãe retirou o coração dela, só que ainda podia ver toda a dor, e amor que ela sentia, Regina é forte, e nós todos vamos ajudar ela…não vamos?— Henry assentiu se levantando indo até onde sua mãe dormia, ele olhou para a xerife dormindo, e ao mesmo tempo sentiu raiva e dor. Henry sabia que Emma amava profundamente sua mãe, e vê-la dopada era horrível. O menino observou que ela dormia abraçada a um envelope amarelo, ele pensou que fosse as páginas do livro,e realmente eram. Com cuidado para não acordar a mãe,por mais que ela esteja dopada, ele retirou com máximo de cuidado, Emma não moveu um músculo. Logo pela manhã, o menino colocou o envelope na mochila, e disse que iria ver a mãe.Ninguém se opôs. Ruby mandou uma mensagem dizendo, que Regina já tinha se acalmado mais, e com a ajuda de algumas ervas ela estava dormindo. 

No caminho até sua casa, Henry sentiu vontade de abrir aquele envelope, mas sentiu medo de como a história estava sendo contada e da ilustração que ela teria. Ao chegar em casa caminhou até a cozinha, onde escutou Ruby, que conversava sozinha. Ela ao caminhar sentiu algo quebrar embaixo dos seus pés, fechou os olhos suspirando, disse:— Regina vai me matar!— Se abaixou para ver o que era, sorriu aliviada ao perceber que era apenas um botão, o qual ela levou até o nariz cheirando o objeto, sorrindo pensou. “As coisas entre elas esquentaram por aqui!” Colocou o botão no bolso ao perceber o garoto se aproximar,sorriu para ele e disse:— Bom dia, madrugou!—

Henry comprimentou já colocando a mochila no balcão e retirando o envelope, ele disse:— Lê e vê se tem alguma coisa muito…muito sei lá, que eu não queira ver, por ser minhas mães.—

Ruby sorriu do menino,pegando o envelope, enquanto ele virava de costas, ela lia o que tinha naquelas quatro páginas, ali não tinha nada constrangedor ou obsceno,ela terminou e disse:— Bom, pode se virar— colocou as páginas no balcão— não tem nada obsceno aí, fique tranquilo,só dá pra entender um pouco do porquê sua mãe reagiu daquela forma, ou porque sua mãe Emma, teve tanto receio de contar tudo.—olhou para o garoto observando as páginas— Tá triste né?—

— Eu imaginei que existia alguma coisa entre elas— Henry respondeu sem olhar para a mulher, ele observava a imagem de suas mães conversando sentadas e sorrindo.

— E você estava bem com isso?— 

— Estava sim, todo filho quer ver seus pais felizes, e se for junto um com o outro melhor ainda, quando eu percebi que a Emma amava minha mãe, eu pensei. É isso, minha mãe vai mudar minha outra mãe, e aconteceu. Minha mãe Regina, pode ter mudado de início por minha causa,mas se a Emma não acreditasse nela, eu não sei, só sei que a Emma sempre foi apaixonada por ela, e depois que a maldição foi quebrada, pude perceber ainda mais isso,minha mãe sempre foi muito fechada,mas ela foi amolecendo com a Emma, e agora ela vai e estraga tudo com minha mãe, às vezes eu me arrependo tanto de ter ido atrás dela.— disse com raiva.