Capítulo 4

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Voltei!
 
 
Sei que esses primeiros capítulos estão um pouco parados, mas é pra entender como a dinâmica da amizade das duas lesadas funciona. Mesmo assim, espero que estejam gostando.
 
 
Divirtam-se!!
 
 
— Ela quer uma casa em Metrópolis, uma cobertura em Manhattan trinta mil por mês — Andrea disse a Lilian enquanto andava de um lado para o outro falando ao celular com o advogado da futura esposa da Sra. Luthor.
 
— Trinta mil? — Lilian a olhou através do espelho enquanto terminava de se arrumar para entrar no salão que aconteceria o casamento — isso é demais. Só aceito o que está no contrato.
 
— Isso só pode ser brincadeira — Lena disse se aproximando — você está negociando o pré nupcial?
 
Assim que viu a filha entrando, Lilian se virou sorridente indo até ela a abraçar. Lena retribuiu a abraço apertado com um leve sorriso no rosto. Não concordava com o tanto de casamentos e divórcios que sua mãe teve nos últimos oito anos, mas mesmo assim a apoiava.
 
— Agora a festa começou, pois minha filha mais amada chegou — levou as mãos até o rosto da morena apertando suas bochechas — você está linda, minha querida — voltou a abraça-la.
 
— Eu sou sua única filha, mãe — revirou os olhos com humor — está nervosa?
 
Se desvencilhou do abraço apertado indo se sentar num sofá que estava no canto daquela sala.
 
— Deixei de ficar nervosa depois do casamento que maus importou. Os que vieram depois dele não me causam mais o mesmo efeito.
 
— Então porque continua se casando?
 
— Porque no momento ela me faz feliz e o momento é o que importa — se virou para o espelho de novo — trouxe a adorável Kara?
 
Desde que conheceu Kara, Lilian a achou tão adorável — como ela mesma gosta de dizer — que passou a chamá-la para vários eventos dos Luthor. A primeira vez que a viu, foi em uma festa da L-Corp que Lena acabou a levando. Naquela época, a morena ainda estava na faculdade e quem cuidava dos negócios da família era a própria Lilian. A partir daí, passou a vê-la com muito mais frequência.
 
Lena se sentia bem em saber que sua mãe aprovava sua amizade com Kara. Às vezes, tinha a impressão que Lilian gostava mais da loira do que dela que era filha. Mas isso não era algo que a incomodava de fato, pois a loira fazia qualquer um a sua volta cair em seus encantos, até a apavorante Lilian Luthor. Embora Sam e Andrea fizessem parte dos negócios, não recebiam nem 1% do tratamento que sua melhor amiga recebia.
 
— Sim. Eu a trouxe.
 
— Se você não for rápida e não se casar com aquela moça, ela pode ser a minha quinta esposa.
 
— Sexta — Andrea e Lena falaram juntas.
 
— Que seja — deu ombros — quem é que está contando quantas vezes eu já me casei? — começou a rir.
 
O que sua mãe disse foi um tento perturbador, sabia que havia um tom provocativo e brincalhão em sua voz, mas não gostou da brincadeira.
 
— Mãe, você vai se casar em dez minutos e já tá pensado na sua próxima esposa? — sua voz tinha uma pitada de irritação que não passou despercebido por Lilian.
 
— Calma, filha. Não tenho a intenção de tirar de você o que você quer — a encarou — não vai nem negar dessa vez?
 
— Não — disse com um suspiro.
 
Cuidadosamente, Lilian analisou a filha que estava brincando com os dedos das mãos. Sabia que havia algo mexendo com sua mente e — pelas palavras anteriores da morena — já imaginava o motivo. Por um segundo, até pensou em tentar conversar com Lena, mas, muito provavelmente, ela não diria nada.
 
— Não vai me dizer pra não me casar, que ela não me ama, que ela só quer meu dinheiro ou algo assim? — arqueou as sobrancelhas.
 
— Não — balançou a cabeça negando — você já é bem grandinha para ficar ouvindo sermão da sua filha. Estou feliz que esteja feliz.
 
— Não está nada. Sua acara deixa bem claro que não está feliz com o que estou prestes a fazer.
 
— Estou feliz que esteja feliz — voltou a repetir — só o que você está sentindo importa, e não minha opinião.
 
— Ela aceitou! — Andrea disse se aproximando com alguns papéis nas mãos e entregando-os a Lilian com uma caneta.
 
— O que está assinando aí? — Lena perguntou com curiosidade se levantando.
 
— O divórcio e o pré nupcial — Rojas respondeu a amiga.
 
Nos casamentos anteriores, Lena sempre tentava alertar a mãe em como aquilo iria acabar, mas Lilian fazia questão de não ouvir.
 
No total, já houveram seis casamentos — sem contar o que estava prestes a acontecer — o mais duradouro foi com Elizabeth Walsh, sua outra mãe. As duas ficaram juntas por mais de vinte anos e era perceptível que eram um casal feliz. Desde que Elizabeth faleceu, há quase nove anos, a Luthor mais velha começou agir da forma que vinha agindo. Porém, o primeiro casamento não era incluído nessa contagem, pois isso essa sua nova noiva era a sexta.
 
Para Lena, o problema não era o fato de sua mãe se relacionar com outras pessoas, ficava feliz em saber que ela estava tentando seguir sua vida. O problema era por sempre se envolver com pessoas que não davam a mínima para ela e sim pra o seu dinheiro. A morena achava que mãe merecia bem mais do que aquilo que vinha vivendo ao desde que ficou viúva.
 
Voltando para o salão onde aconteceria a cerimônia, Lena encontrou Kara sentada na segunda fileira de bancos. Com um leve sorriso, se aproximou sentando-se ao seu lado.
 
— Demorei?
 
— Não — retribuiu o sorriso que estava recebendo — disse a sua mãe o que treinamos?
 
— Sim — olhou para loira por alguns segundos, mas logo voltou a olhar para frente — e ela não acreditou em nada. Ela não disse, mas não duvido que imaginou que aquelas palavras vinheram de você e não de mim.
 
Era verdade, Lilian sabia que sua filha, apesar de apoiar de certa maneira seu casamento, primeiro iria brigar com ela. Por isso, tinha certeza que a frase “Estou feliz que esteja feliz” pertencia a Kara e não a Lena.
 
— Pelo menos você mostrou a ela que está e não causou uma briga antes.
 
— Não dou seis meses para ela dizer que está se divorciando.
 
— Desde que ela aproveite esse tempo — Kara deu ombros — não deve ser fácil para ela ter pedido sua mãe — falou um pouco mais baixo próximo ao ouvido da amiga — acho que... não ter quem a gente ama do lado  deve ser horrível. Ela deve fazer tudo isso para se sentir amada por alguém, preencher esse vazio deixado, mesmo que por pouco tempo e mesmo sabendo que vai dar errado.
 
— É — bufou — nunca pensei por esse lado.
 
Era até cômico como parte do Kara havia falado se encaixava no Lena estava passando. Estava apaixonada pela loira, mas não a tinha como desejava. Se sentia estranha com isso e tentava suprir essa falta saindo com diversas pessoas sem compromisso. Sua mãe fazia a quase a mesma, mas tentava tampar o buraco de Elizabeth casando várias vezes. A diferença entre as duas é que a Luthor mais nova, de um jeito ou de outro, tinha quem amava ao seu lado, já Lilian, não.
 
— Cada um tem jeito de reagir a certas situações — Lena voltou a olhar — não somos obrigados a concordar, mas devemos respeitar. Então seja mais compreensiva com ela.
 
— Obrigada por ter vindo — pegou sua mão e apertou de leve — minha vida seria completamente vazia sem você.
 
— Eu não tinha a opção de não vim — seus lábios se curvaram suavemente. Ao fundo, a música de entrada das noivas começou a tocar — pronta para ter mais uma madrasta?
 
— Você sabe que não.
 
A cerimônia ocorreu de forma tranquila. Se soubesse que houvesse algum tipo de sentimento entre aquele casal, Lena até conseguiria se sentir feliz pela mãe. No entanto, era óbvio que a outra parte envolvida da história não tinha nenhum sentimento pela Luthor, somente pelo o que poderia lhe dar.
 
Quando os votos do casal foram firmados, todos os convidados foram levados para um salão enorme onde a festa aconteceria. A decoração do local era bastante luxuosa e Lena tinha certeza que sua mãe não tinha dedo naquilo e nem conhecia mais da metade daquela gente.
 
Virando a cabeça para a esquerda, Lena encontrou sua amiga sentada ao seu lado em um dos branquinhos do bar. Kara estava observando as pessoas dançarem enquanto segurava um taça de champanhe. Se permitindo a observar bem mais do que costumava fazer, a morena reparou o quanto ela estava linda aquela noite.
 
Em dias comuns, Lena já achava Kara extremamente bonita, ela não precisava de maquiagem nem nada, era tudo natural. Mas hoje, estando totalmente produzida para uma festa, estava muito mais bonita do que normal.
 
— Vou pedir meu pedaço de bolo — Kara falou repentinamente — me acompanha? — fitou a amiga que estava a olhando.
 
— Claro!
 
Como de costume, o pedaço do bolo de Kara era de limão e o de Lena era de chocolate. Assim que foram servidas, começaram a comer mantendo um silêncio confortável entre elas, mas ao fundo, a música alta tocava sem parar.
 
— Sua mãe parece estar se divertindo com a nova esposa — comentou dando mais uma olhada rápida para a pista de dança.
 
— Parece — também olhou para onde sua mãe estava, mas logo voltou a prestar atenção no que havia em seu prato — tomara que dure mais do que outros.
 
— Você tem alguma coisa contra os casamentos da sua mãe ou com casamentos em geral? — Lena a olhou com uma ruga entre as sobrancelhas — além desses seis casórios da sua mãe, te vi reclamar no da Andy e da no Sam, e no da Alex e no da Kelly — explicou.
 
Aquela pergunta era incomum, Kara nunca havia demonstrado interesse em sua opinião sobre aquilo. Lena não sabia o que responder, pois se falasse a verdade, poderia acontecer de todos seus planos em relação a amiga irem por água a baixo. Entretanto, se mentisse, poderia ser bem pior.
 
— Não sou contra duas pessoas que se amam ficarem juntas — começou respondendo com muito cuidado — só não entendo toda essa festança.
 
— Não acha legal dividir esse momento importante com pessoas importantes? — perguntou com curiosidade.
 
— A pessoa mais importante da minha vida seria aquela com quem eu estivesse disposta a estar até o fim dos meus dias — a olhou nos olhos — tudo isso — fez um gesto com a mão indicando o salão — não é algo que me agrada.
 
— Então você é realmente contra casamentos — apertou os lábios digerindo o que a amiga disse.
 
— Se casamento for só uma festa, sim, sou contra — viu Kara dar uma garfada em seu bolo de chocolate — esse pedaço é meu.
 
— É nosso — pegou mais um pedaço — você sabe que não resto resisto a bolo chocolate.
 
Sábia mesmo, por isso pediu aquele sabor. Lena nem era fã de bolos, mas sua amiga era.
 
Lena esperava que Kara tivesse entendido o que estava dizendo. Adoraria passar toda sua vida ao lado da loira, mesmo que ela não soubesse disso ainda, só não entendia o porque das festas, dos contratos e todo resto. Em sua cabeça, realmente quem importaria era só a pessoa com quem estaria e, nesse momento, esperava que um dia fosse sua amiga ao lado.
 
— Você entendeu o que eu disse?
 
— Que você é contra casamentos? Entendi sim.
 
Soltando um leve suspiro, Lena percebeu que Kara não havia entendido. Se tinha dado algum passo em seu plano de mostrar para a loira que ela era sua prioridade, sabia que tudo tinha desandado. Não precisava ser dito, mas quase estava escrito na testa de sua amiga que ela era o tipo de pessoa que queria uma festa como aquela que estavam.
 
— Quer dançar? — Kara a olhou surpresa — nunca fazemos isso. Deveríamos treinar para as próximas vezes.
 
— Tem certeza? Achei que não gostava — repetiu o gesto com as mãos igual o que Lena fez há poucos minutos — de tudo isso.
 
 — Quer dançar ou não? — estendeu sua mão no ar.
 
— Mas isso não vai contra o que você é?
 
— Kara...
 
— O que eu não faço por você?
 
Danvers se sentiu estranha com o que Lena respondeu à ela e até pensou em recusar o convite. Porém, quando olhou para amiga e viu a expectativa em seus olhos, não conseguiu negar. No fim, foi Kara que acabou arrastando a amiga para o meio da pista dança.
 
Enquanto levava suas mãos até a cintura do morena, sentia Lena passar os braços por seu pescoço. Vagarosamente, elas começaram a se balançar no ritmo da música. Poucos minutos depois de começarem a dança, Luthor apoiou sua cabeça sobre o peito da mais alta e começou a se perguntar porque nunca fez aquilo antes. Kara era a primeira pessoa com quem ela dançava na vida e não poderia ter escolhido alguém melhor.
 
— Ai, droga! — exclamou baixinho, mas Kara ouviu — como ela veio parar aqui?
 
— O que foi?
 
— Lembra daquela ex assistente da minha mãe quando ela ainda era CEO da L-Corp?
 
— A que fez o blog sobre você? A Eve? — estava prestes a virar a cabeça, mas Lena segurou seu rosto a fazendo a olhar — ela está aqui? Sua fã está aqui?
 
— Sim. A Eve está aqui — bufou.
 
— Você já teve algo com ela?
 
— O que?! Não! Que tipo de pessoa você acha que eu sou? Jamais dormiria com funcionários — pendeu um pouco a cabeça para ver onde a mulher estava e a viu conversando com sua mãe — se bem que... ela não me acha estranha por ser gentil com ela.
 
— E quem te acha estranha por isso? — perguntou curiosa.
 
— Você — a olhou — quando nos conhecemos, você disse que eu era estranha quando fui me despedir de você e deixei um beijo na sua mão.
 
Isso era algo que tinha fugindo totalmente da mente da loira.
 
— E porque fez aquilo?
 
— Porque queria te impressionar e tentar dormir com você naquela noite — falou rapidamente — mas você não me deu bola — percebeu que Eve estava vindo em direção à elas — apenas me disse que eu era estranha. Você não se impressionava comigo.
 
— Porque parou de tentar me impressionar depois daquele dia? — parou de se balançar.
 
— Eu continuei tentando por um bom tempo, mas você continuava sem me dar aquele olhar para ser beijada — confessou pegando Kara totalmente desprevenida — foi aí que percebi que você só queria a minha amizade.
 
— E porque em todos esse anos não tentou só dormir comigo de novo?
 
— Porque gosto de te ter em minha vida. Não faria algo que pudesse te magoar.
 
As duas se encararam por alguns instantes. Kara não sabia bem o que pensar sobre aquilo e nem como responder. Se tinha entendido bem, então quando pensou que Lena a tentava impressionar aquilo realmente era verdade e não alguma coisa que imaginou. Saber disso anos mais tarde era totalmente estranho, pois agora não tinha ideia de como reagir àquela revelação e nem sabia se os sentimentos da amiga eram os mesmos.
 
— Lena! — Eve disse seu nome com um sorriso.
 
— Eve! — deu um sorriso forçado — o que faz aqui? — continuou abraçada a amiga que era analisada por Eve.
 
— Sua mãe me convidou.
 
— Essa é Kara, minha... minha namorada — olhou para a loira dando um sorriso um tanto forçado.
 
— Namorada? — a ex assistente de sua mãe falou surpresa — você disse para mim uma vez que não tinha encontros ou namorava, apenas dormia com as pessoas e fim.
 
Estreitando os olhos, Lena não se lembrava de ter dito aquilo para Eve. Mas, como a jovem loira vivia atrás dela, pode ter dito aquilo mesmo para que ela entendesse que não tinha chance alguma de acontecer algo entre elas. Primeiro, porque realmente não se envolvia com funcionários. Segundo, porque seguia seis regras muito específicas.
 
No entanto, foram com aquelas palavras de Eve que Kara entendeu o que Lena quis dizer com “Porque gosto de te ter em minha vida”. Isso significava então que se, por acaso, tivesse acontecido entre as duas, a morena deixaria de ser sua amiga. Poderia até ficar brava por ter descoberto aquilo, mas não estava. A chateação era um pouco inevitável e ela atingiu a loira em cheio. Pelo menos, agora tinha consciência que, ela a Luthor teriam somente uma boa amizade. E ser a melhor amiga de Lena Luthor era melhor do que deixar de ser.
 
Esse era o problema de coisas mal conversadas. O medo de se perderem uma da outra foi tão grande que nunca conseguiam ser inteiramente sinceras sobre seus sentimentos. Descobrir coisas por terceiros, dava margem para muitas interpretações e por vezes, o que poderia começar a dar certo, acabava começando a dar errado.
 
Kara passou muito tempo tentando não se iludir e não se confundir com as atitudes de Lena e, agora pensando sobre o que ouviu nos últimos segundos, iria enterrar de vez essas pequenas ilusões.
 
Por outro lado, Lena agora tentava aos poucos se manter inteira, estava tentando mostrar para amiga onde ela se encaixava em sua vida e esperando o momento certo para se declarar. A morena queria enfrentar seu medo e ser sincera, pois havia conseguido admitir para si mesma que escondia um grande paixão pela loira desde que se conheceram.
 
Porém, das duas partes, tudo o que vinham tendo eram meias palavras. As atitudes importavam sim, mas as palavras que definia tudo. E, o que faltava entre as amigas eram frases completas.
 
Olhando para Lena, Kara percebeu que ela queria muito se livrar de Eve. Apesar da chateação, não a deixaria na mão, então decidiu entrar na brincadeira.
 
— Mas a gente tem um relacionamento aberto — Lena a olhou com as sobrancelhas arqueadas — não aderimos a essa caretice de monogamia. Somos poliamor, não é, meu anjo? — fitou a amiga.
 
— Que modernas — Eve comentou.
 
— Eu não quero mais isso — falou com rapidez — não iria comentar nada sobre nosso relacionamento no casamento da minha mãe, mas não quero mais ser poliamor — sorriu falsamente — você é única para mim, querida, não quero te dividir.
 
— A gente fala sobre isso mais tarde.
 
— Eu vou beber algo — Eve falou totalmente perdida por causa daquela conversa — até mais.
 
O falso casal viu a loira sair pela festa se perdendo entre os convidados.
 
— Você acha que se eu namorasse você, eu iria querer um relacionamento aberto? — a fitou.
 
Engolindo seco, Kara pensou por alguns segundos no que responder, mas preferiu apenas desconversar. Não queria viver de achismo em relação a amiga e não queria pensar em como seria ter um relacionamento com ela depois de decidir que enterraria suas pequenas ilusões.
 
— Deu certo não deu? — Kara deu ombros — você queria se livrar da Eve, que há anos corre atrás de você, e eu te ajudei — sorriu com ironia — pra me compensar pela ajuda, bem que você poderia me levar para comer alguma coisa.
 
— Você ficou vários minutos grudada na mesa de comida devorando tudo.
 
— E agora estou fome.
 
Revirando os olhos com humor, Lena se separou da amiga — elas ainda estavam abraçados — e pegou em sua mão.
 
— O que eu não faço por você? — viu a loira abrir um sorriso — mas eu escolho o restaurante.
 
 
 
Que falta faz uma boa conversa!
 
:)

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