Capítulo 12

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Lembranças daquele maldito dia surge como uma luva, a sensação de impotência me consome de dentro para fora

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Lembranças daquele maldito dia surge como uma luva, a sensação de impotência me consome de dentro para fora. Tudo que eu queria era uma vida normal, mas sempre estive errado em todas minhas decisões.

Durante minha vida inteira eu vivi como se não existisse o amanhã, mas depois que perdi Amélia eu entendi que só estou em uma vida monótona.

— Querido, custe o que custar — sussurra baixo— Cuide da nossa menina, e seja feliz — Amélia fala tão baixo que é quase impossível ouvir

Antes que eu tivesse a chance de respondê-la, pedir que ela fosse forte para voltarmos para casa com a nossa menina, mas acabei recebendo a notícia que minha noiva pegou uma infecção, naquele momento eu soube que a perderia.

Nada que eu fizesse a traria de volta, noites em claro bebendo, cuidando da minha princesa sem parar. Sabia que precisava seguir em frente, mas meu cérebro e coração me prendiam na solidão e na perda.

A sensação que sempre pareceu familiar, aquela sensação de solidão, sofrimento, e medo, medo que se eu me entregar para alguém e a perder também. Não sei o que faço em relação a Laura, tenho medo de perdê-la, não posso arriscar sua vida em um mundo carregado de sangue que eu vivo.

Me afastei da varanda, o vento gelado da manhã bater contra minha pele, entrou para o quarto e caminho até o banheiro, tomei um banho rápido gelado para afastar as lembranças. Desliguei o chuveiro, caminhando até o closet e peguei uma calça jeans escura, uma blusa de manga longa na cor cinza.

Peguei meu contorno que estava em um canto, peguei meu relógio e arma, amarrei meu cabelo e peguei meu celular saindo do quarto, entro na cozinha Maya está tomando seu café sorridente, a sensação que me invadiu a madrugada inteira vai embora em apenas olha para minha filha 

— Bom dia, Raio de sol — me aproximo da minha pequena beijando o topo de sua cabeça

— Bom dia papai — murmura de boca cheia

— Como está ? — perguntou me servindo de café puro

— Bem, hoje na escola vamos fazer um piquenique — fala animada, seu sorriso aconchegante me acalma

— Me conta tudo quando chegar — peço e ela acende bebendo seu chocolate

— Claro papai, te amo — fala se levantando da cadeira, Maya se aproxima e beijo sua testa

— Eu te amo, Raio de sol — sussurrei no seu ouvido ela sorriu abertamente

— Até mais tarde — se despede correndo pela casa, antes que eu tivesse a chance de brigar por ela está correndo ela saiu mais Maria de casa

Fiquei sentado bebendo meu café, suspiro quando o líquido quente acalma minha alma sombria, me levanto deixando a xícara na pia. Sai de casa entrando na garagem, peguei um dos meus carros e saí como um louco pela rua de Nova York.

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