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Aquele Em Que a AnsiedadeRevira O Estômago — 06

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Aquele Em Que a Ansiedade
Revira O Estômago — 06

Chloe sempre se considerou uma pessoa ansiosa. Durante sua entrada na puberdade, ela se lembra de roer as unhas repetidamente na espera para sua chegada na adolescência, talvez seu primeiro namorado ou sua primeira menstruação.

Ela também se lembra de não conseguir dormir algumas noites antes da estreia do seu primeiro filme, e de comer uma montanha de coisas apenas para movimentar sua mandíbula e persistir no movimento de mastigar.

Ela superou essas coisas, eventualmente. Entretanto, existem agora outras coisas que ela aderiu para quando precisa lidar com uma enorme carga de energia ansiosa percorrendo suas articulações e se infiltrando como hidratante em sua pele; ela morde os lábios – sugando-os fortemente entre seus dentes, algumas vezes até o ponto de sentir o marcante gosto metálico de seu sangue – e bem, retorce os dedos, um a um, de forma regular.

Recentemente, Chloe encontrou uma onda árdua de desassossego, diretamente ligada ao fato de que Lúcifer virá a festa de Amber.

Talvez ele cante também — ela acha que ele vai.

Sendo honesta consigo mesma, ela sequer consegue acreditar que teve coragem de ir até lá, e ainda menos que permitiu – e desejou – que os lábios dele se arrastasse febrilmente pela divisão entre seu pescoço e nuca. Ela não vai fazer isso de novo. Ela realmente não vai. Ela vai conter a si mesma e o seu corpo e impor um limite, mesmo que não seja o que ela realmente deseja.

Com seus cabelos louros encaracolados cobrindo seus ombros quase nus, a não ser pelas alças de renda minimamente se destacando, Chloe está muito bem acomodada num sofá de linho no quarto que Ella disponibilizou exclusivamente para ela, desde que se mudaram para Venice. Ela tem um copo de chá gelado em uma mão e na outra ela tem um livro efervescente aberto na página 52, e que ela nem se lembra de como chegou lá ou dos fatos descritos desde a vigésima página.

Chloe bufa, frustrada consigo mesma e fecha o livro. Isso é um desastre. Um maldito desastre que não deveria ter chegado tão longe. Era para tudo ser platônico. Ela deveria sentir, mas sem ter uma prova de que era mesmo real ou recíproco. Ela sabe que ao menos o desejo e a atração ainda é mantido por ele, agora. Com um gole no líquido gelado, ela firma os pés no chão e vai deixar o livro na mesa de cabeceira ao lado da cama, saboreando um pouco mais da essência do Chá Verde, se perdendo no gosto da limonada e fazendo uma careta com o acréscimo do Morango na receita.

Seu celular vibra em cima da cama, e ela morde o lábio incisivamente. Chloe apenas não pode evitar isso. Ela não acha que sabe como reagir a todo o estresse e exaustão que sua mente tem exigido dela ultimamente, então se mantém fazendo isso, mesmo sabendo que não é algo naturalmente saudável. 

𝖠𝗅𝗅 𝖳𝗈𝗈 𝖶𝖾𝗅𝗅 ⸙ :: DECKERSTAR Onde histórias criam vida. Descubra agora