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Não dormiu. Não comeu. Não viveu mais aquele dia. Deixar Nica para trás era como abrir mão de tudo que fez para protegê-la todo esse tempo e durante a noite toda a cena se repetia em sua cabeça.

O sangue, a bala, o último olhar de Nica preso em seus olhos, seu desespero em pensar que estava perdendo do seu grande amor.

Tivera a pior noite de sua vida. Chorou e como chorou, culpou-se de não ter feito mais, culpou-se como se soubesse o que iria acontecer. Odiou Charles, odiou Gregory e mesmo sabendo que havia tirado a vida dos dois ainda queria matá-los, torturá-los com a mesma dor que ela estava sentido naquele momento porque Tiffany estava morrendo viva.

Depois de chorar, adormeceu abraçada ao um travesseiro na cama.

Mas seu sono não durou por muito tempo, já que acabava por sonhar com o que acontecera. Abriu os olhos como um raio que se abre no céu, seu peito doía com a palpitações que vinha de seu coração, estava tão ansiosa que perdeu-se na realidade.

Tudo parecia distorcido e confuso quando acordou e por menos de dez segundos esqueceu-se do que havido acontecido com Nica no dia anterior. A única coisa que se recordou que era seu aniversário, entretanto seu celular tocou e ao ver o nome de Nica indicado na chamada os botões de dentro de suas cabeça se ligaram e ela sentiu novamente vontade de se debulhar no choro. Não sabia como, mas queria acreditar que era Nica a ligar. Respirou com calma e atendeu.

— Nica? — havia esperança em sua voz.

— Bom dia, Tiffany. — a voz do outro lado era masculina o que fez Tiffany descartar a possibilidade e improbabilidade de ser Nica a ligar para ela. — Sou eu, Michael. O marido da Nica.

— Ah... — não houve entusiasmo algum na voz da mulher.

— Eu tô te ligando porque queria ter uma palavrinha com você, será que tem como a gente conversar sobre a Nica?

— Como assim? Ela tá bem? Ela morreu? — Saltou da cama, apoiando uma de suas mãos em sua cintura, preocupada.

— Nica está bem... Passou por uma cirurgia durante a madrugada inteira, mas não é sobre essa condição que eu queria conversar com você.

Tiffany ficou silenciosa e pensativa porque não sabia se queria conversar com o rapaz, na verdade não tinha a menor vontade de conhecê-lo ou seja lá o que fosse o tipo de aproximação com ele, mas o assunto era Nica e sendo assim, as coisas mudavam completamente.

— Tudo bem. Por mim sem problemas.

— Ótimo! Eu tô com ela aqui agora, a mãe dela vem ficar com ela no período da tarde, então só consigo sair daqui por volta de meio dia.

Sentiu inveja de Michael naquele exato momento. Ele podia estar ao lado de Nica, pôde saber o que estava acontecendo com ela e segurar mão da garota e assegurar-la que tudo ficaria bem.

— Okay. — forçou simpatia — Não tenho muitos compromissos para hoje.

— Certo! Podemos nos encontrar no Anderson Park? Fica melhor pra mim.

— Sem problemas. Meio dia, Anderson Park. Eu estarei lá... — garantiu — Como ela está agora Michael? — não queria estender a conversa, mas não conseguiu controlar-se sabendo que naquele momento aquele garoto era a única pessoa que podia acalmar seu coração.

— Ela está dormindo agora. Ela está bem.

Tiffany suspirou com tanta profundidade que ao expirar seu corpo se aliviou quase fazendo-a s despencar em choro, mas o engoliu com custo para não transmitir nada à Michael no outro lado da linha.

Para Florir de Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora