Chapter - Rosa Park

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Meu Deus...
Acho que finalmente perdi a cabeça.
Como uma pessoa pode ficar tão perdida na emoção?
Eu nunca soube até ontem à noite que isso poderia acontecer comigo.
Estou tão envolvida que não quero que ele pare de me tocar por medo de que a realidade me arraste de volta para enfrentar tudo o que temo.

Pressiono contra a madeira dura da mesa enquanto ele sai de mim e agarra um lenço de panel. Ele começa a me limpar e depois a si mesmo.
Ele não está olhando para mim, no entanto. Não como antes.

Eu sei que é porque está pensando o mesmo, que não podemos continuar assim.
Ele quer uma resposta.
Uma resposta à versão aprimorada da pergunta que me fez antes.
Serei dele.

Ele ajusta sua boxer, cobrindo-se, ainda sem olhar para mim.
Enquanto vai ao banheiro para se desfazer do lenço de papel, eu encolho os ombros em sua camisa e vou para a sala de estar. Vou até a janela e abro um pouco para tomar um pouco de ar.

A brisa fresca entra, mas não é suficiente. O maldito calor é demais. O calor do clima e o nosso calor.
O calor agora de seus dedos enquanto os desliza em volta da minha cintura. Queima através do algodão macio de sua camisa.

Ele me virar para ele e olho para cima em seu lindo rosto.
O rosto bonito do homem com quem fui à beira do êxtase e não quero voltar à realidade.

— Precisamos conversar, Rosé. Não começarei este dia sem sua resposta. Estou falando sério, — ele exige.

Essa é a parte que está em conflito comigo. Se me sentir assim, devo apenas dar uma chance a ele. Deve ser fácil. A porra do restaurante não deveria entrar em questão.

— É assim que você quer que eu seja com você? Segurando algo que quero sobre minha cabeça para ficar com você? — pergunto e ele não
gosta.

— Isso é irrelevante. A outra maneira não funcionou. É assim que funcionará. Eu sou o dono do restaurante. Você consegue a porra toda se
me der uma chance, — ele responde.

— Não te incomoda que isso seja como um contrato que estou sendo forçada a fazer? — respondo.

Ele me surpreende sorrindo. Mas não é um sorriso de humor. É mais um escárnio.

— Babygirl, estamos transando desde a noite passada. Ninguém está te forçando a fazer uma coisa maldita. Você pulou no meu pau sozinha. Poderia ter dado uma mão ou duas vezes, poderia ser três vezes, perdi a conta. Não houve força.

Suas palavras grosseiras fazem todo o meu corpo queimar. Ele está certo, no entanto.
Continuo a olhar para ele e meu silêncio parece enfurecê-lo.

— Jimin, isso não parece certo, — digo. Eu não quero isso. Parece como se estivesse sendo forçada a voar para fora do ninho de conforto mais cedo do que tenho forças.

Ele zomba novamente.

— Então... é um não? Depois de ontem à
noite, você ainda está me dizendo não?

Balanço minha cabeça para ele.

— Não... não é um não. Eu simplesmente não gosto disso... Eu queria estar com você no meu tempo, — confesso.

— Oh sim... como foda Rosé. Deixe-me dar a você um despertar rude do caralho, — ele vocifera e bate na parede. — Se não fizermos isso, estou feito. Para mim chega.

Um arrepio percorre meu corpo.

— O que você quer dizer com… feito? — mantenho seu olhar.

Dark  (Jirose/Jimros) LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora