Vendo papai na outra noite fez-me querer cavar um pouco mais fundo no passado.
Eu só pretendia dar uma olhada em algumas coisas aqui e ali, então voltei para a casa da vovó no dia seguinte.Não encontrei nada, apenas muito do que já estava lá. Mais livros de receitas e diários. Nenhum deles disse nada sobre William. Mas a
curiosidade me atraiu para a internet e gostaria que não tivesse.Procurei William Russo e só acrescentei suspeita à minha curiosidade.
Ele renunciou ao cargo na mesma semana em que mamãe morreu e não houve notícias desde então.Não sei se isso significa alguma coisa, ou se sou apenas eu querendo acreditar em algo mais do que o que aconteceu. Estou tão desesperada
para reescrever o passado e acreditar que a mãe não se mataria.Eu queria falar com jimin sobre isso, mas me segurei porque sabia que ele estava muito estressado com o que estava acontecendo.
Assim como ontem, quando me deixou esta manhã, três guardas tomaram seu lugar e quando saí para ir para a vovó eles me seguiram.Eles estiveram comigo o dia todo, alternando entre entrar no meu apartamento e ficar do lado de fora.
Quando Gina veio em meu auxílio, ela foi revistada e questionada. Mas ela também tinha um guarda com ela. Tony. Ele veio com ela e eu tive que admitir que nos dois minutos que o vi, ele mostrou mais carinho por ela do que já testemunhei em Mario ao longo dos sete anos que esteve com ele.
Teríamos conversado sobre isso. Eu até teria brincado sobre isso, mas esta noite não era uma noite para piadas.
Levei-a para o meu quarto e contei-lhe a história completa da minha mãe.
Ela atualmente é a quinta pessoa que sabe o que sei. Ela está sentada diante de mim olhando para a foto agora da mamãe e William e posso ver
que ela está preocupada.— Você contou a Jimin sobre William? Quero dizer, ele renunciou ao cargo na mesma semana em que sua mãe morreu? — ela pergunta.
Nego.
— Não... eu... — suspiro. — Gina, posso ver que agora não é hora de sobrecarregá-lo com algo que nenhum de nós pode mudar. Não é como se pudesse trazer minha mãe de volta. Eu só quero saber o que aconteceu. A morte dela foi... ainda me devasta. Eu a encontrei. Não consigo tirar essa imagem dela da minha cabeça.
Sangue na piscina e então em seu corpo. A piscina vermelha, então a mamãe flutuando lá como uma boneca, seu cabelo loiro branco vermelho. Então eu gritando.
Gritei e às vezes sinto que ainda sou aquela garotinha gritando. Lembro-me de braços me impedindo de ir até ela. Era papai. Ele estava gritando e chorando também, nós dois tremendo.
Foram os vizinhos que nos ouviram e vieram. Depois, tudo foi um borrão. Ainda é um borrão. O tempo pareceu saltar para o funeral. Então, um
vazio tomou o lugar de minha alma enquanto o último pedaço de terra cobria o caixão.— Você quer um encerramento. — Gina preenche. Eu aceno. — Rosé, não sou de saltar e tirar conclusões precipitadas, mas isso é... é algo
que gostaria de saber também. Alguém poderia argumentar que talvez William estivesse tão perturbado com a morte dela que renunciou. Eles pareciam estar apaixonados e ela disse a ele que o amava.— Sim, eu pensei isso. Eu penso. O que me incomoda é que não há nada sobre ele depois. Ele estava tão perturbado por não poder fazer nada senão? Já se passou mais de uma década e homens assim estão sempre fazendo alguma coisa.
Ela abaixa a cabeça concordando.
— Acho que sim. Apenas chegar ao Ministério Público é um grande negócio. Você não nunca. Digamos que ele tenha sofrido por anos, eu sinto que seria circunstancial ou muito rebuscado para mim pensar que ele não voltou de alguma forma.
— Então, o que você acha que devo fazer? Gina, parece que havia algum perigo. Ela diz isso. Disse a ele para manter os arquivos seguros. O que me incomoda é que ela disse a ele que tinha que cuidar de mim e depois se matou? Isso faz sentido?
Não entendo e a experiência anterior me ensinou que quando algo não faz sentido é porque simplesmente não faz.
Ela balança a cabeça.— E quanto ao seu pai? Você acha que talvez
devesse falar com ele?— Deus não. De jeito nenhum. — ela também sabe disso, tínhamos muito o que pôr em dia. — Eu não posso levar isso para ele. Quer dizer, se
encontrar algo que valha a pena mencionar que o faria se sentir melhor com a morte dela, com certeza direi a ele. Vou mostrar tudo a ele, mas já está chateado por mim e jimin, eu realmente não quero derramar mais sal em suas feridas se pudermos olhar assim.— Eu entendo... hum... — suas mãos param e ela olha para a mesa com uma expressão inquieta.
— O quê?
Ela solta um suspiro áspero.
— Tem um cara no undergroun. Um dos conhecidos valentões de Mario. Ele é o tipo de cara que está envolvido em toda a conversa e nos negócios de todo mundo. Merda, ninguém deveria saber. Ele estava sempre falando mal de seu trabalho com funcionários do governo. Foi motorista durante anos, mas foi preso por usar carros da empresa para contrabandear cocaína. Eu só estava pensando que ele poderia saber de algo. Quero dizer algo no sentido do que pode ter acontecido com William depois.
Uma pessoa assim provavelmente seria útil. Especialmente se estivesse no negócio, ninguém deveria saber.
Mas um cara underground? Eu sei que devo ter cuidado com caras assim. Você não pode confiar neles.Devo procurar um cara assim em momentos como este, quando parece que ninguém é confiável? Há guardas comigo já que jimin me
contou o que estava acontecendo. Como procurarei um cara do subterrâneo com guardas Bangtan ao meu lado?Ele não falaria comigo apenas de vista.
Meu desejo de saber o que aconteceu com a mamãe leva o melhor de mim.Eu quero saber todos os detalhes.
Por que ela se matou.
Acho que mereço saber.— Gina, acho que quero falar com esse cara, se puder.
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Dark (Jirose/Jimros) LIVRO 3
FantasyBem vindo-a Esperamos que você goste de nossas festas de máscaras. Nosso objetivo é conectá-lo com suas fantasias mais selvagens. Para emocionar e empolgar você ao mesmo tempo em um lugar onde pode simplesmente ser você mesmo. Quando as máscaras se...