Chapter - Rosa Park

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Não sei o que deveria sentir agora.
Tristeza …
Pesar…
Dor…

Eu sinto tudo isso, tudo se infiltrou em minha alma. Tudo isso.
Eles me amarraram em um barco. Estou sentada no chão de madeira com minhas mãos e pés amarrados e estou amordaçada.

Em minha mente, continuo vendo a imagem de Tae deitado no chã frio de pedra, sangrando. Estou tentando me lembrar de onde veio o
sangue. Não me lembro se o sangue estava na barriga ou no peito ou se vinha das costas. Eu não consigo me lembrar.

Só me lembro de ter visto o vermelho e ele tão sem vida e imóvel. Eu o vejo e vejo papai.
Pai…

Tento não pensar em papai porque minha mente se recusa a aceitar o que aconteceu. Minha mente ainda se recusa a aceitar o que ele fez, e está morto.

Marc Fontaine colocou uma bala na cabeça. Marc o matou. Eu sei que isso é verdade.
Estive no chão com imagens de papai e Tae empurrando em minha mente, competindo pela minha dor.

Ta3 estava na minha porta. Na minha porta, então...Ele deve ter vindo atrás de mim. Viu os homens e veio atrás de mim. As lágrimas pararam de fluir dos meus olhos.

Tenho certeza de que estou chorando. Não há mais. Nada sobrou dentro de mim e nada sobrou de mim.

Uma voz cínica dentro da minha cabeça me diz que deveria ter visto a escuridão chegando. Sempre acontece quando estou feliz. Ele vem e tira a felicidade.

Aconteceu comigo com tanta frequência agora que não deveria ficar surpresa com isso.
Desta vez, porém, parece que o tempo conta e importa. É o momento que causou o maior golpe. Como um soco na nuca.

Eu deveria ter previsto, mas desviei o olhar por um minuto, pensando que talvez minha felicidade dependesse de mim. Então a verdade veio me deixar bem.

Puta que pariu e foda-se tudo.
Eu não me importo mais. Não consigo nem pensar em jimin porque sei que esses homens vão me matar e nunca mais o verei.

Não importa o que façam para obter os arquivos, sinto que não verei Jimin novamente.
Eu nunca disse a ele que o amava uma última vez.

A porta se abre e luzes brilhantes enchem a sala.
Marc entra com outro homem que se parece com ele. Suponho que seja Lawrence ou Sergio Fontaine.

Eles são todos tão culpados quanto uns aos outros pra mim.
Marc puxa a pequena cadeira de metal na minha frente e se senta com um sorriso malicioso no rosto.

Olhar para ele me lembra do envolvimento do papai com eles.
Não consigo imaginar como papai se envolveu com essas pessoas.

— Minha querida, você se parece tanto com sua mãe intrometida, —Marc afirma. — Ela não se parece Lawrence?

— Igualzinha, — responde Lawrence.

— Mulheres fora do mercado e não façam muitas perguntas. Essas são as duas primeiras coisas que as mulheres sabem quando se envolvem com a máfia. Essas duas coisas são como lições de vida que você segue, — continua Marc. Posso dizer que ele é uma daquelas pessoas que ama o som da própria voz. — O primeiro erro de seu pai foi se casar fora de nosso mundo. Estar com uma mulher que não só estava ligada ao procurador da República, mas que não podia fazer o que lhe
mandavam. Aquela que estava pronta para ir atrás dos caras grandes pelo bem maior. Batalhadora. Esse tipo de mulher acaba morta. Elas morrem rápido assim como você.

Dark  (Jirose/Jimros) LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora