Chapter - Park

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Odeio sangue em minhas mãos.
Eu não gosto disso.
Os últimos dias foram difíceis.

Esta noite, crua e áspera.
Eu ia deixar aquele idiota, Porter, sangrar. Eu estava, mas ele pensou que poderia me superar puxando uma arma que havia escondido em seu bolso.

O idiota estava apenas esperando para usá-la. Eu tive que matá-lo.
Matar ou morrer.

Todos os dias sou lembrado desse conceito.
Como se fosse algum tipo de afirmação que precisa ser perfurada em mim a cada segundo.
Estou muito grato pelas informações que recebemos. O que não me deixa feliz é a verdade que isso trouxe.

A mãe de Rosé foi morta. Essa é a verdade que devemos enfrentar. Mas... aprender essa informação abriu uma porta.

Fontaines. Marc Fontaine queria Rosé morta.
Ele a queria morta porque acha que ela tem os arquivos.
Arquivos que contêm evidências contra o governo. Arquivos que ele não quer que ninguém veja.
Arquivos que mataram a mãe de Rosé. Marc Fontaine...

Essa situação me colocou de volta no caminho de Rosé. Marc saberá que estivemos lá esta noite. Eliminamos o corpo de Porter, mas não é o
suficiente.

Rosé terá um alvo nas costas, separado da porra da situação em questão.
Marc acha que ela está com os arquivos. Tenho que descobrir o que esses arquivos contêm.

A experiência me diz que quando os tubarões param de perseguir suas presas para olhar para trás, há uma ameaça maior. Só temos que
descobrir o que é.

Mas não está noite.
Esta noite Rosé precisa de mim.

Eu a levei para a casa dos meus pais. Para meu antigo quarto.
Todos nós mudamos e seguimos em frente, mas nossos pais mantiveram nossos quartos iguais para situações como esta, quando a família precisa ficar junta no mesmo lugar por razões de segurança.

Acabamos de voltar. Na jornada até aqui, Rosé não disse uma palavra. Ela apenas chorou e chorou. Fiquei grato pelo apoio de Tae com ela, porque não acho que poderia ter lidado com vê-la parecer tão angustiada.

O dia seguinte passa com ela assim. Atingida pela tristeza. É mamãe quem cuida dela enquanto estou com os meninos.

Volto muito tarde da noite, a morte em minhas mãos de novo, suja.
Eu a encontro sentada no vão da janela esperando por mim. Ela se levanta quando entro, preocupação em seu rosto.

- Baby, - digo indo até ela.

- Oi, - ela murmura e estende a mão para tocar meu rosto. - Você está ferido. - ela me observa.

- Estou? - Eu não sei. Um dos caras com quem estava lutando antes me atingiu com sua arma, então acho que deve ter deixado uma marca.

Saímos hoje à noite seguindo o plano de encontrar a instalação subterrânea, enquanto Jin examinava mais profundamente a perspectiva de encontrar os arquivos.

- Sua bochecha está muito machucada, - ela respira.

- Vem com o trabalho.

Ela sustenta meu olhar.

- Eu nunca disse obrigada. Obrigada por
tudo. Obrigada por ontem à noite, - ela diz e uma lágrima escorre por sua bochecha. - Obrigada por ter vindo. Me resgatar... de novo.

Dark  (Jirose/Jimros) LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora