Chapter - Rosa Park

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Abro os olhos quando batem à minha porta.

Erguendo a cabeça, olho para o relógio e vejo que são sete. Uma rápida olhada nas janelas do chão ao teto confirma que são 19h, não aliviada, solto um suspiro e tiro meu caderno do colo. Eu adormeci no sofá, repassando meus planos de negócios.

Não sei quem pode ser. Não estou esperando ninguém além de Jimin e ele tem as chaves.

Eu me levanto quando a batida soa novamente e o hábito me faz olhar pelo olho mágico.

Ao contrário de Gina, que apenas abre a porta, olho primeiro e fico com o maior choque da minha vida quando vejo Tae parado do outro lado.

Meu coração para.

Normalmente fico bem quando o vejo. Eu fiquei bem. Precisei.

Trabalhamos juntos e estamos no mesmo círculo.

Sei, porém, que ele não está aqui para fazer uma visita aleatória. Ele está aqui por causa do que aconteceu entre ele e Jimin.

Não vejo Tae há semanas e, honestamente, tem sido... tem sido mais fácil não estar perto dele.

No limite de uma respiração, abro a porta e coloco meu melhor sorriso.

- Tae... ei, - digo, adicionando a voz agradável para combinar com o sorriso.

- Rosé... olá. Posso entrar? - ele pergunta. Ele ainda tem uma vibração perigosa, mas está tão diferente agora que mal o reconheço.

- Claro, - digo a ele.

- Obrigado.

Ele entra e fecho a porta.

- Jimin está por aí? - ele pergunta olhando ao redor da sala.

Não há muito o que ver aqui dentro. O que está olhando é meio que isso é o quarto. A cozinha é aberta como a de Jimin, mas meu apartamento inteiro caberia na sala de estar dele.

- Não, ainda não. Tenho certeza que chegará em breve. Você estava procurando por ele? - respondo.

A tristeza surge em seus olhos e posso ver que ele não está bem.

- Não... eu não estava. Eu vim falar com você. Na verdade, não queria ir ao clube e também não queria incomodá-la no seu dia de folga. Eu pensei e esperava que o último fosse a melhor opção.

Estou surpresa que ele até se lembre de quando estou fora, mas é quase óbvio que se lembrará, já que trabalho para ele e administro o lugar. O dono de uma empresa saberá quando seus gerentes estão lá ou não.

Eu não me enganaria pensando que se lembrou de qualquer outra coisa.

- Por que você queria me ver? Está tudo bem com Jennie? - pergunto.

- Sim... ela está bem. Ela está bem.

- E... o bebê? Aposto que você está muito animado em ser pai. -Sinto-me uma hipócrita perguntando.

O que torna isso tão ruim é que realmente gosto de Jennie. Não sou uma vadia que pode guardar rancor de uma pessoa genuinamente legal.

Ele não me responde. Ele apenas olha e pressiona os lábios.

- Rosé... vim falar com você porque acho que fiz algo pior com você do que sei e sinto que sei o que é, mas não tenho certeza. Eu quero que você me diga. - ele me encara diretamente nos olhos, nunca desviando o olhar.

Dark  (Jirose/Jimros) LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora