Capítulo XVlll

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Lizzy passara horas fazendo desenhos, vários vestidos. Modelitos diferentes, uns mais bufantes, outros nem tanto. Sua criatividade era sem tamanho.
Ela já conseguia imaginar vê-los nas damas da sociedade, todas ficariam encantadoras. Não via a hora de poder costura-los.
Teria que esperar mais alguns dias, sua loja estava quase pronta. Faltava apenas alguns retoques, a residência onde viveria, estava completa.
Margot ficara alegre em saber que elas teriam sua própria moradia, porém, quando se deu conta que Evan não iria, ficou triste.

- Vejo que esta criando. - Lizzy ergueu o rosto com rapidez.

- Madame Francis, que faz aqui?

- Vim vê-la.

- O que deseja?

- Conversar.

- Como entrou?

- O mordomo deixou que eu entrasse.

- Ele deveria anuncia-la.

- Não era nescessário.

- Bom, sobre o que quer conversar?

- Vim fazer um acordo, na verdade.

Francis se acomodou na poltrona, mesmo Lizzy não lhe oferencendo um lugar.

- Pois bem, faça.

- Quero seus novos desenhos.

Elizabeth sentiu vontade de rir.

- Não trabalharei mais para você.

- Não quero que volte para a loja, quero apenas os croquis. Tenho ótimas moças que poderam costura-los.

- Não darei minhas criações.

- Será mesmo uma ingrata?

- Ingrata? Eu? Passei anos em sua loja, fazendo todo o trabalho. E você me jogou na rua sem piedade.

- E veja onde foi parar, numa bela
propriedade. Com um belo cavalheiro, solteiro.

- Evan foi gentil em me ajudar.

- Imagino que sim. Paxton sempre fora gentil com suas amantes.

- Não somos amantes!

- Querida, não precisa mentir. Não há outro motivo para estar aqui, se ele não a quisesse em seus lençóis.

- Não sabe o que está falando. - ela respondeu.

Lizzy infelizmente sabia que a velha estava certa. Nenhum homem é gentil para abrigar uma mulher com criança, se não tivesse alguma intenção por trás disso.

- Tudo bem, não vim aqui julgá-la. Só quero os desenhos.

- Não lhe darei nada.

- Elizabeth estou perdendo minha paciência com você. - resmungou. - Não sei se lembra, mas não lhe cobrei por destruir minha loja. Precisa pagar pelo meu prejuízo!

- Nós dois sabemos que Lizzy não precisa pagar nada. - Evan rugiu da porta.

- Paxton, esse assunto não lhe diz respeito. - madame Francis diz.

- Me diz respeito desde o momento que lhe paguei pelos danos.

- Como é? - Lizzy pensara ter escutado errado. - Você pagou?

- Sim. Diga há ela! - exigiu.

- É verdade? - perguntou para a velha.

- Sim. Entretanto, não muda o fato de que Elizabeth ainda me deve pelos anos que ficou de favor comigo.

- Saia da minha casa, agora! - Evan disse alto.

- Não seja rude, aínda não terminei minha conversa.

- Escutou o que ele disse, vá embora. - Lizzy pediu baixo.

- Primeiro entregue-me os modelos. - estendeu as mãos. - Vamos lá, não vai precisar deles mesmo.

- Não lhe darei nada! - a jovem tremia de raiva. - Sabe porque? Eu irei abrir minha própria loja, e venderei  meus vestidos. Todos iram abandoná-la, procuraram somente há mim.

- Damas da sociedade, jamais comprariam de uma simples costureira. - desdenhou.

- Começaram, quando virem simples camareiras vestidas mais elegantes que elas.

- Não ousaria!

- Verá que falo a verdade.

- Não queira entrar numa disputa comigo.

- Isso é uma ameaça? - Evan perguntou. - Está ameaçando Lizzy perto de mim?

- Não é uma ameaça, só estou comentando.

- Tem dois minutos para ir embora, antes que eu a faça ir força.

- Muito bem, vou indo. - respondeu se levantando. - Até breve.

Francis fora embora, deixando Lizzy transtornada com tudo que ouvira. A velha a tinha ameaçado.

- Foi muito corajosa enfrentando-a. - Evan elogiou.

- Não sei se foi uma boa idéia.

- Ela não vai mais importuna-la.

- Espero.

- Esqueça ela. - falou abraçando-a. - Tenho uma novidade.

- Qual seria?

- Uma surpresa, espero que boa.

- Chega de surpresas, por favor.

- Essa eu não tenho nada a ver.

- Não entendi.

- Aqui. - Evan a soltou, pegou uma carta em seu bolso. - Chegou para você.

- Céus. - sussurrou. - É de quem estou pensando?

- Sim.

- Minha familia respondeu. - disse pegando a carta.

- Abra e leia.

- Estou com medo.

- Não tenha, estou aqui para ajudá-la.

- Ficara comigo, enquanto, eu leio?

- Sim, ao seu lado.

- Obrigada.

Elizabeth acomodou-se no sofa, Evan estava junto dela. Tinha medo de abrir aquela carta e descobrir que causou apenas danos há sua familia.

A Costureira e o Libertino - Clube dos Ordinários 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora