Lizzy passara horas fazendo desenhos, vários vestidos. Modelitos diferentes, uns mais bufantes, outros nem tanto. Sua criatividade era sem tamanho.
Ela já conseguia imaginar vê-los nas damas da sociedade, todas ficariam encantadoras. Não via a hora de poder costura-los.
Teria que esperar mais alguns dias, sua loja estava quase pronta. Faltava apenas alguns retoques, a residência onde viveria, estava completa.
Margot ficara alegre em saber que elas teriam sua própria moradia, porém, quando se deu conta que Evan não iria, ficou triste.- Vejo que esta criando. - Lizzy ergueu o rosto com rapidez.
- Madame Francis, que faz aqui?
- Vim vê-la.
- O que deseja?
- Conversar.
- Como entrou?
- O mordomo deixou que eu entrasse.
- Ele deveria anuncia-la.
- Não era nescessário.
- Bom, sobre o que quer conversar?
- Vim fazer um acordo, na verdade.
Francis se acomodou na poltrona, mesmo Lizzy não lhe oferencendo um lugar.
- Pois bem, faça.
- Quero seus novos desenhos.
Elizabeth sentiu vontade de rir.
- Não trabalharei mais para você.
- Não quero que volte para a loja, quero apenas os croquis. Tenho ótimas moças que poderam costura-los.
- Não darei minhas criações.
- Será mesmo uma ingrata?
- Ingrata? Eu? Passei anos em sua loja, fazendo todo o trabalho. E você me jogou na rua sem piedade.
- E veja onde foi parar, numa bela
propriedade. Com um belo cavalheiro, solteiro.- Evan foi gentil em me ajudar.
- Imagino que sim. Paxton sempre fora gentil com suas amantes.
- Não somos amantes!
- Querida, não precisa mentir. Não há outro motivo para estar aqui, se ele não a quisesse em seus lençóis.
- Não sabe o que está falando. - ela respondeu.
Lizzy infelizmente sabia que a velha estava certa. Nenhum homem é gentil para abrigar uma mulher com criança, se não tivesse alguma intenção por trás disso.
- Tudo bem, não vim aqui julgá-la. Só quero os desenhos.
- Não lhe darei nada.
- Elizabeth estou perdendo minha paciência com você. - resmungou. - Não sei se lembra, mas não lhe cobrei por destruir minha loja. Precisa pagar pelo meu prejuízo!
- Nós dois sabemos que Lizzy não precisa pagar nada. - Evan rugiu da porta.
- Paxton, esse assunto não lhe diz respeito. - madame Francis diz.
- Me diz respeito desde o momento que lhe paguei pelos danos.
- Como é? - Lizzy pensara ter escutado errado. - Você pagou?
- Sim. Diga há ela! - exigiu.
- É verdade? - perguntou para a velha.
- Sim. Entretanto, não muda o fato de que Elizabeth ainda me deve pelos anos que ficou de favor comigo.
- Saia da minha casa, agora! - Evan disse alto.
- Não seja rude, aínda não terminei minha conversa.
- Escutou o que ele disse, vá embora. - Lizzy pediu baixo.
- Primeiro entregue-me os modelos. - estendeu as mãos. - Vamos lá, não vai precisar deles mesmo.
- Não lhe darei nada! - a jovem tremia de raiva. - Sabe porque? Eu irei abrir minha própria loja, e venderei meus vestidos. Todos iram abandoná-la, procuraram somente há mim.
- Damas da sociedade, jamais comprariam de uma simples costureira. - desdenhou.
- Começaram, quando virem simples camareiras vestidas mais elegantes que elas.
- Não ousaria!
- Verá que falo a verdade.
- Não queira entrar numa disputa comigo.
- Isso é uma ameaça? - Evan perguntou. - Está ameaçando Lizzy perto de mim?
- Não é uma ameaça, só estou comentando.
- Tem dois minutos para ir embora, antes que eu a faça ir força.
- Muito bem, vou indo. - respondeu se levantando. - Até breve.
Francis fora embora, deixando Lizzy transtornada com tudo que ouvira. A velha a tinha ameaçado.
- Foi muito corajosa enfrentando-a. - Evan elogiou.
- Não sei se foi uma boa idéia.
- Ela não vai mais importuna-la.
- Espero.
- Esqueça ela. - falou abraçando-a. - Tenho uma novidade.
- Qual seria?
- Uma surpresa, espero que boa.
- Chega de surpresas, por favor.
- Essa eu não tenho nada a ver.
- Não entendi.
- Aqui. - Evan a soltou, pegou uma carta em seu bolso. - Chegou para você.
- Céus. - sussurrou. - É de quem estou pensando?
- Sim.
- Minha familia respondeu. - disse pegando a carta.
- Abra e leia.
- Estou com medo.
- Não tenha, estou aqui para ajudá-la.
- Ficara comigo, enquanto, eu leio?
- Sim, ao seu lado.
- Obrigada.
Elizabeth acomodou-se no sofa, Evan estava junto dela. Tinha medo de abrir aquela carta e descobrir que causou apenas danos há sua familia.
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A Costureira e o Libertino - Clube dos Ordinários 4
RomanceEvan Paxton era sem dúvidas o cavalheiro mais libertino de todos os tempos, ele não se importava com o título, até gostava. Após sair das garras de sua família, Evan vivia sozinho em sua propriedade. Gostava de sua solidão, do silêncio. Buscava pela...