No dia seguinte, Lizzy estava terrivelmente cansada. Passara a noite em claro para adiantar o vestido, seu dia havia sido bem cheio, não parou mais do que dez minutos para tomar um chá.
Madame Francis ainda a castigava pelo jeito que falara com a viscondessa, se a jovem tivesse se mantido em silêncio não passaria por nada disso.
Por sorte a pequena Margot estava entretida com o filhote que ganhara, mal soltava o gato e o pequeno animal parecia não se importar.
A loja já havia sido fechada, Lizzy então começou o trabalho de guardar tudo no devido lugar, depois teria de limpar tudo.
Elizabeth se agarrou a mesa de costura para não cair, uma forte vertigem lhe atingira, sentia-se fraca, estava o dia sem comer. Na hora que fez uma pequena pausa, cuidou somente da filha, Lizzy tomou uma xícara de chá e só, desde então, estava sem se alimentar.
Ainda um pouco tremula voltou para a loja, limpou todo o local, recolheu os vestidos e os organizou.- Mamãe, tenho fome. - Margot apareceu atrás dela.
- Já lhe darei algo para comer.
- Ainda não terminou?
- Falta somente a sala de costura.
- Se quiser posso ajudar.
- Serei breve.
Lizzy jogou fora os retalhos que não prestavam outros que também deveriam ir para o lixo ela pegou, pois, daria para criar algo para a filha.
Colocou na mesa tudo que precisaria para continuar o vestido da viscondessa, assim que cuidasse de Margot a jovem voltaria para a sala.- Mamãe. - a menina chamava da loja.
- Já estou indo.
- Mas tem que vir agora.
- Margot, só mais um minuto.
- Mamãe! - gritou a menina.
Elizabeth rumou até a loja nervosa, pois, já havia conversado com a filha sobre ela gritar. Disse lhe que meninas educadas não gritam.
- Quantas vezes já disse para não gritar comigo? - perguntou brava.
Mas Lizzy não ouvira a resposta, pois apagou com a forte vertigem.
...
A jovem foi despertando com uma terrível dor de cabeça, estranhou estar em sua cama. Não se lembrava como havia ido parar lá, estava sem as sapatilhas e o espartilho frouxo.
- Olha só quem acordou.- ela se cobriu com a manta após escutar a voz de Evan.
- Que faz aqui?
- Eu lhe ajudo e é assim que sou tratado.
- Como vim parar aqui?
- Você desmaiou.
- Como sabe?
- Margot a chamava para perguntar se poderia abrir a porta da loja para que eu pudesse entrar, mas quando você apareceu não demorou muito para que caísse.
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A Costureira e o Libertino - Clube dos Ordinários 4
RomanceEvan Paxton era sem dúvidas o cavalheiro mais libertino de todos os tempos, ele não se importava com o título, até gostava. Após sair das garras de sua família, Evan vivia sozinho em sua propriedade. Gostava de sua solidão, do silêncio. Buscava pela...