Capítulo XXV

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- Mamãe, porque está chorando? - Margot perguntara.

Fazia horas que a jovem chorava sem parar, não conseguia controlar o choro. Ainda estava sentindo medo da ameaça de Francesca.
Sentira vontade de correr e contar tudo para Evan, mas não queria vê-lo preso nas garras de sua mãe, ela sabia que aconteceria examente isso, se fosse lhe contar a verdade.
Preferiu guardar para si, só contaria se algo realmente acontecesse. Por mais que estivesse com medo, não acreditava que a viscondessa fosse lhe fazer mal. Era uma mulher bem vista pela sociedade, se desconfiassem que tivera algum envolvimento com algo ruim, estaria arruinada.

- Não é nada, querida. - tentara tranquilizar a filha.

-  Não parece ser nada.

- Ficara tudo bem.

- Está chorando porque sente falta do senhor Evan?

- Não.

- Eu sinto saudades dele.

- Evan é um homem ocupado, por isso, não está aparecendo. - lhe partia o coração mentir para a filha.

-Sente saudades dele?

- Um pouco.

- Queria poder vê-lo.

- Eu também.

- Porque não lhe visitamos?

- Não podemos.

- Mas ...

- Filha, quando der você o verá.

- Esta certo.

Elizabeth passara o dia inteiro com Margot, fez tudo que sua filha quis, a mimou todo o tempo. Quando a noite chegara, as duas estavam cansadas por conta das brincadeiras.
Deitaram-se juntas na cama, Margot logo pegou no solo, ja Lizzy não conhecia, mesmo com o cansaço. Rolou de um lado para o outro, levantou-se sem fazer barulho, vestiu o robe de seda e saiu do quarto.

Decidiu descer para a loja, sentou-se na escrivania para desenhar.
Ela estava terminando o segundo desenho quando escutou barulho de vidro sendo quebrado. Levou um grande susto, não demorou para ouvir mais vidros serem quebrados.
Lizzy levantou correndo, queria chegar até a filha, ela que estava dormindo sozinha, desprotegida. Ficara travada na porta por ver fogo nos vestidos que estavam na vitrine, haviam dois homens que não conseguira ver rosto, pois estavam tampados, ateando fogo nos tecidos. Queria gritar mas sua voz sumira, estava petrificada no lugar.
Notando sua presença os homens sairam correndo, Elizabeth conseguira sair do lugar, as chamas começara a arder seus olhos.

Correu escada a cima o mais depressa que pode, viu Margot adormecida, comecou a chaqualhar a filha.

- Vamos Margot, acorde. - ela gritava.

- Mamãe, o que foi?

- Precisa se levantar, rápido.

- Mas, porque ...

- Eu disse rapido. - gritou mais alto. - Temos que sair.

Pegou Margot nos braços, sairam do quarto. Lizzy não sabia o que fazer, não conseguia pensar em como sairiam da casa já que a saida era pela loja.
Ela não tinha como saber se o fogo subiria e chegaria até onde elas estavam, não queria continuar e arriscar.
Sem pensar, abriu a janela da sala de estar, olhou para baixo viu ser alto de mais para que pudessem pular.

- Mamãe, o que está acontecendo? - a menina perguntara assustada.

- Atearam fogo na loja, temos que sair.

- O fogo virá até aqui?

- Não sei, entretanto não quero arriscar.

Elizabeth olhou a árvore que ficava perto da janela, os galhos eram fortes, aguentaria ela e a filha.

- Irei colocá-la na árvore, com cuidado vá até aquele tronco e se agarre nele. - ela disse, mostrou onde Margot deveria se segurar.

- Vira comigo?

- Estarei bem atrás de você.

As duas sairam pela janela, com muito cuidado foram para a árvore. Começaram a descer devagar, já no chão correram para frente da loja. Havia alguns homens com baldes de água tentando controlar o fogo.

- Estou perdida. - murmurou para si mesma.

- É a proprietária? - um dos homens perguntou.

- Sim.

- Estavam na casa?

- Sim, conseguimos sair pela janela. Não sabia se o fogo subiria, mas ... - não conseguira completar.

- Fez bem, o fogo está contido, não tera perigo em ir para a parte superior, porém, sua loja está perdida. Tera que reconstrui-la se quiser abri-la novamente, sinto muito.

- Eu agradeço por apagarem o fogo.

- Teve sorte que estavamos voltando para casa, se não, ninguém iria ajudá-la.

- Muito obrigada.

Assim que as chamas foram apagadas, Lizzy entrou na loja com Margot no colo, estava tão intorpecida que as brasas quentes não incomodavam seus pés. Viu tudo  queimado.
Não havia mais nada, todo seu trabalho havia sido perdido naquela noite. Seus sonhos foram destruídos, arruinados.
A jovem não conseguia pensar em mais ninguém que quisesse prejudicá-la dessa forma a não ser Francesca, ela deixara bem claro que faria Elizabeth querer ir embora.
Até o momento Lizzy não sentira vontade de partir, mas talvez tivesse chegado a hora de ir para bem longe, partiria para o bem de sua filha.

A Costureira e o Libertino - Clube dos Ordinários 4 Onde histórias criam vida. Descubra agora