- Margot nós precisamos conversar. - Elizabeth chamou a filha.
Estavam sentadas juntas na cama da criança, a conversa que teriam deixava Lizzy apreensiva, falar sobre o passado era difícil.
- Sobre o quê?
- Contarei sobre seu pai.
- Nunca fala dele, porque hoje?
- Por que alguém da família do seu pai quer conhecê-la.
- O homem que estava aqui ontem?
- Isso mesmo.
- Ele é o meu papai?
- Não.
- Mas ele sabe quem é?
- Sim, o homem que viu ontem é o irmão do
seu pai.- Ganhei um tio?
- Sim.
- Como conheceu meu pai?
- Eu era jovem e bem ingênua. Iria ao meu primeiro debute, estava bem ansiosa e pulando de alegria.
O baile estava lindo, tudo tão expendido. Era a noite perfeita para jovens damas encontrarem um par, eu não via a hora de achar um cavalheiro que pedisse minha mão. Anastácia, minha irmã já não queria. Fiz ela dançar com um cavalheiro, eles se encantaram um pelo outro no mesmo dia.
Um dos homens da noite havia me deixado nervosa com sua presença, então eu fugi dele, me escondi num jardim. Estava sozinha quando vi um cavalheiro misterioso, o achei lindo. Fiquei encantada por ele, conversamos um pouco.
Quando perguntei seu nome respondeu que seria mais envolvente não dizer, mas ele sabia o meu. Entrei em seu jogo, nós nos encontramos escondidos mais algumas vezes. Ele me fazia juras de amor, e, eu tola me deixei envolver.
Numa noite nos vimos no baile que mudou minha vida para sempre.- Porque mudou sua vida?
- Por que eu entreguei algo que queria, depois disso ele sumiu.
- Nunca mais o viu?
- Não, nunca mais. Mas meses depois descobri que ele havia me dado um presente.
- O que foi?
- Você.
- Por que veio morar em Londres comigo? Nunca contou a verdade.
Margot estava certa, Elizabeth nunca havia contado a verdade. Contara que queria apenas explorar novos lugares.
- Não é certo uma dama ter filhos sem um marido.
- Foi embora por mim?
- Sim, para protegê-la. E, também quis proteger minha família de um escândalo.
- Se arrependeu de me ter?
- Nunca, jamais.
- Perdeu sua casa por mim.
- E, perderia tudo novamente se fosse preciso. Mas não me arrependo em tê-la.
- Um dia eu poderei conhecer sua família?
- Claro, prometo um dia levá-la para conhecê-los. E, eles também são sua família.
A conversa não fora tão ruim quanto Lizzy pensara, dizer a verdade para a filha havia deixado-a mais tranquila.
- Posso contar uma coisa? - perguntou Margot.
- Claro, minha querida.
-Queria que o Evan fosse meu pai, ele gosta de mim.
- Sim, Evan gosta muito de você.
- Já que eu não tenho um papai, perguntarei se ele quer ser o meu.
- Será uma honra, docinho! - disse Evan encostado na porta.
- Não era para ter escutado agora, queria que fosse uma surpresa. - Margot fez um bico.
- Posso sair, voltar depois e fingir que não escutei.
- Não precisa.
- Como estão minhas lindas meninas? - pergunta se juntando a elas na cama.
- Estamos bem. - respondeu Lizzy. - Tivemos uma conversa esclarecedora.
- E, como foi?
- Ótima.
- Bom saber. Temos convidados lá embaixo, precisamos descer.
- Tristan e Sunny? - perguntou Elizabeth.
- Sim, querem conversar com vocês.
- Então, vamos lá.
Os três desceram juntos, se encontraram com os outros na sala de estar.
- Como estão? - Lizzy perguntara.
- Muito bem. - respondeu Sunny.
- Mamãe me contou que você é meu tio. - Margot foi logo falando.
- Sim, eu sou. - disse Tristan. - Espero poder fazer parte de sua vida.
- Eu aceito, ficarei feliz.
Passaram o dia todo juntos, conversaram sobre tudo. Elizabeth ficara feliz por ver sua filha tão alegre, por mas que fizesse tudo por ela sabia que a menina tinha que ter uma família. E, agora conseguiria dar uma a ela.
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A Costureira e o Libertino - Clube dos Ordinários 4
RomanceEvan Paxton era sem dúvidas o cavalheiro mais libertino de todos os tempos, ele não se importava com o título, até gostava. Após sair das garras de sua família, Evan vivia sozinho em sua propriedade. Gostava de sua solidão, do silêncio. Buscava pela...