Evan Paxton era sem dúvidas o cavalheiro mais libertino de todos os tempos, ele não se importava com o título, até gostava.
Após sair das garras de sua família, Evan vivia sozinho em sua propriedade. Gostava de sua solidão, do silêncio.
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Alguns dias haviam se passado, com isso, chegara o dia da partida de Elizabeth para sua nova moradia com a filha. Evan ajudara ela a levar suas poucas coisas, juntos deixaram tudo muito bem organizado. Margot mesmo não lhe dizendo, sentia-se triste por ir embora. Mal estava conversando com Evan, a menina lhe perguntara o que havia feito de errado para que ele tivesse as mandado embora. Ele respondera não fizera nada, só queria ajudar Lizzy a ter seu próprio espaço. A menina compreendera os motivos, mesmo contra gosto. Elizabeth estava quieta de mais, mal o encarava, sua atitude começará a incomodá-lo.
- Então é isso, está tudo no devido lugar. - ela disse com um sorriso que não alcançava os olhos.
- Sim.
Evan admitia que Lizzy tinha muito bom gosto. Mesmo com coisas simples, a decoração ficara esplêndida.
- Está feliz?
- Sim, muito.
- Fico contente em saber.
- Tenho que lhe agradecer mais uma vez, por tudo que fez por mim.
- É uma honra. - disse lhe fazendo um carinho no rosto.
- Acredito que esteja contente por não ter mais duas bagunceiras em sua casa. - ela brincou.
- Estou imensamente aliviado. - respondeu.
Na verdade, sentia-se sufocado. Estava com um sentimento que não compreendia.
- Devo que ir agora.
- Mas já?
- Sim, tenho algumas coisas para resolver.
Não havia nada para ele fazer, só precisava sair dali o mais rápido, e beber um bom uísque.
- Compreendo.
- Até iria ver Margot, mas acredito que ela não queira falar comigo.
- Ela estava um pouco chateada, mas logo passara.
- Espero que sim.
- Margot não consegue ficar brava por muito tempo.
- Isso é bom, dê um beijo nela por mim.
- Pode deixar.
- Outro dia eu venho vê-las.
- Está bem.
- Até mais, Elizabeth.
- Tchau.
Evan saiu apressadamente, seu coração batia acelerado, suas mãos tremiam sem parar. Ele começará a pensar que estava morrendo, jamais havia se sentido daquele jeito antes.
Chegara em sua casa, viu Tristan muito bem acomodado em sua sala na biblioteca.
- Que faz aqui? - ele perguntou, enchendo um copo com uísque.
- Vim vê-lo.
- Aceita? - ofereceu a bebida.
- Não, obrigado.
- O que quer?
- Andou sumido, não aparece mais. Então, vim ver como esta.
- Com saudades? - questionou irônico.
- Eu? Jamais. Porém, Sunny sente sua falta.
- Amanhã irei vê-la. - respondeu virando o uísque, tornou a encher o copo.
- Diga-me, o que se passa para sumir?
- Nada. - ele disse, encarando o líquido.
- Nunca o vi beber assim, o que está acontecendo?
- Não aconteceu nada, só quero apreciar minha bebida.
- Não é assim que se aprecia.
- Escute. - suspirou. - Está acontecendo algo, mas não quero falar a respeito do assunto.
Evan não queria ouvir as gracinhas do amigo, por isso, decidiu não falar sobre Lizzy. E o modo como ela estava mexendo com sua cabeça.
- Devo me preocupar?
- Não.
- Certo. Deixarei que fique sozinho, já que não está nos seus melhores dias.
- Agradeço a compreensão.
- Sabe onde me encontrar, se precisar.
- Adeus, Tristan.
Evan somente queria ficar sozinho, terminar sua garrafa de uísque. Ele sempre gostou da solidão, entretanto, a quietude já começará a incomodá-lo. Já sentia falta de Elizabeth e Margot, mesmo que fizesse bem pouco tempo que elas tivessem partido. Evan nunca imaginou que iria sentir falta, pois, decidira que jamais teria uma esposa, muito menos filhos. Ele tomara a decisão, nunca tinha se questionado antes como fazia agora. Seus sentimentos por Elizabeth o confundiam. Pensara que seria melhor não vê-la por um tempo, o distanciamente se tornaria bom para que ele pudesse colocar seus pensamentos de volta no lugar.