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Voltamos ao quiosque, onde todos estavam comendo lanches, porções e bebendo combos de vodca e outras bebidas. Gabi riu ao ver a situação de PH, cantando "No Roots", da tal Alice Merton. Não chamaria aquilo de cantoria e sim uma tentativa, mas quem era eu para julgar alguém no atual momento.

Não sabia onde me sentar, então caminhei lentamente até a areia, sozinha e me sentei. Fiquei sentindo aquela brisa gostosa, olhando aquele céu estrelado e o mar, que pintava de forma maravilhosa a areia em uma parte. Enquanto olhava tudo aquilo, estava pensativa, óbvio, sobre a minha volta e se uma semana seria o suficiente para eu descansar o psicológico do mundo caótico e confuso que me esperava em São Paulo. Eu sei que tínhamos "acabado de chegar", mas tudo aquilo me assombrava um pouco.

Pietra: Amiga, está tudo bem? – perguntou um pouco preocupada.

Duda: Eu sei lá Pi, não sei se é a coisa certa a fazer me mudar pra França agora.

Pietra: Ah qual é... Geral se divertindo e tu tá pensando na realidade. Amiga, esquece tudo! Vem comigo.

Eu não disse nada, sabia que ela estava certa, então a segui correndo,

Chegando lá vi Gabi e PH se pegando, confesso que fiquei com um pouco de ciúmes. O resto estava apenas sentado contando aas perolas que aconteceram na faculdade e rindo de tudo.

PH: BELEZA FAMILIA, NÓS JÁ BEBEMOS PRA CARALHO, ESTAMOS TODOS CHAPADOS E PÁ... – iniciou gritando e eu ri de leve. – NÃO ACHAM QUE ESTÁ NA HORA DE IRMOS PARA ALGUM LUGAR USAR DROGAS?

LSD: CONCORDO MANINHO...

PH: E QUEM DISSE QUE TU VAI?

LSD: EU!

GABI: CHEGA PORRA, SÓ VAMOS!

PH revirou o olho e levantou da cadeira, com um pouco de dificuldade e se apoiou em Lara e fomos. Chegamos a um local "escuro" a nossa LSD foi pegar tudo, inclusive aquilo que usávamos para zoar a cara dela e voltamos para a casa... Sentamos na calçada, em frente à praia e longe de todos e, de frente com aquela vista incrível, aquela brisa gostosa e o calor do sol na nossa frente, começamos a preparar uns bagulhos e logo depois a usar.

A nossa meta era ficar lá até, pelo menos, onze horas da manhã, já que eram sete. Mas obviamente falhamos né? Afinal, com álcool o suficiente, uns mais dos que outros.

[...]

Quando acordei já eram quatro da tarde, já tinham começado a cozinhar um macarrão e também fazer churrasco. Não me importei, troquei de roupa, vestindo uma blusa rosa e com estampas de flores, estilo que amarram no meio, um short branco leve e minha sandália rasteira.

PH: Nossa, hein... Pra uma reuniãozinha tua roupa tá bem chique.

Duda: Ah, coé PH, tô bem basiquinha vai. – respondi.

PH: PORRA... Queria ver umas gurias se vestindo desse jeito "basiquinho" igual você. – brincou fazendo aspas com as mãos. – Vai beber ou não?

LSD: Eu ainda não acredito que vocês estão bebendo de novo. - reclamou aparecendo do nada, com um vestido bem sexy e bebendo um drink na mão – Deus me livre...

Duda: Sonsa... – respondi pegando o copo de sua mão e virando um gole na minha boca.

Sentir o gosto de vodka, suco de pêssego e laranja descer pela minha garganta ao mesmo tempo foi maravilhoso, sorri automaticamente, saí andando com o copo de Lara.

LSD: Gata, você esta com meu copo. O Wesley e a Pietra estão fazendo ali. – apontou para o bar que havia na varanda. Eu fui imediatamente.

Chegando lá vi eles preparando e bebendo como se não houvesse amanha, peguei um dos copos e saí dali. Fui a caminho da piscina e comecei a dançar a musica que tocava naquele momento. Não, eu não estava bêbada, estava alegre, feliz e a fim de dançar sozinha. Não demorou muito para eu sentir PH atrás de mim, sorri e me afastei.

"Não posso fazer isso com a Gabi, eles estão ficando e ela tá apaixonadíssima nele..." – pensei. Continuei ali, dançando até umas dez horas da noite.

Duda: Minha gente, esse dia foi ótimo, mas, não sei vocês, mas eu estou acabada e vou dormir. - disse saindo da sala e subindo para o meu quarto.

Tirei toda a roupa, me tranquei no quarto e fiquei ali, nua, deitada, e, mais uma vez, pensativa. Não demorou muito para que eu dormisse de novo.

Quando acordei novamente PH e Gabriela estavam no quarto também, provavelmente chapados, dando uns amassos, quase se comendo. Enfim, vocês me entenderam.

- Com licença, meu casal preferido, mas vocês não querem transar em outro local não? – falo os empurrando.

- Ah, vai se foder, Eduarda. Parece que nunca fez isso na vida. – gabi disse quase gritando. – empata foda!

- Não enche! – me levantei da cama e fui para a varanda.

Me sentei na cadeira e fiquei olhando a piscina, pensando que tudo estava para acabar em poucos dias... Será uma boa idéia ir para fora do país mesmo? Talvez eu deva ficar e ajudar a organizar o escritório, quer dizer, tudo deve estar uma loucura, sem eu, sem meu pai... Marcos com certeza não está tocando a empresa da forma "correta".

Os dias se passaram e eu só conseguia pensar nisso, no fim, acabei ficando sem animo para curtir.

Dar uns "amassos" era/é uma expressão que foi usada, há muito tempo atrás, pelos adolescentes da época. Seu significado é o mesmo de "se pegar", ou "ficar". 

Vulgaridade em pessoa [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora