29°

13 1 2
                                    


Era uma quarta-feira e decidimos voltar para casa, por mais que nos doesse sair de lá era preciso. Mas chegaríamos em casa se Wesley fosse mais rápido, só que ele estava simplesmente se arrastando e aquilo estava me dando nos nervos.

- Dá para ir mais rápido? - perguntei para Wesley. – Desse jeito a gente vai chegar a Santos só na segunda - feira e vocês sabem que eu não posso atrasar nem um minuto mais, por que...

DAQUI A DUAS SEMANAS VOCÊ VIAJA PARA FRANÇA! – todos falaram juntos.

- Esse discurso tá velho Duda! – falou Alissa. – respira um pouco, meu.

[...]

Depois de uma viagem longa e completamente cansativa, chegamos ao fim da linha. Já era noite, e havíamos bebido para nos mantermos acordado o trajeto todo, para alguns deram certo, outros não.

Cedi minha casa para eles, por uma noite. A casa é enorme, uma mansão, na verdade, completamente "tradicional" igual a todas as outras. Ao entrar tentamos não fazer muito barulho, mas foi em vão. A mansão pode até ser grande, mas com basicamente 20 pessoas nela, fica um pouco menor, não é mesmo?

Enquanto caminhamos para os quartos, tentamos segurar nossos corpos que estavam completamente tomados pela bebida.

– CARALHO EDUARDA, NAO LEMBRAVA DA TUA CASA TÃO GRANDE ASSIM - PH falou em um tom alto, de forma embolada. - A GABI NAO VEIO? VAMOS DAR UMAZINHA EU E VOCÊ. - GRITOU

No mesmo momento eu corei, meu corpo que estava solto ficou congelado, perdi um pouco de equilíbrio e acabei caindo, mas ele como um bom "cavalheiro" que é (ou cafajeste, como preferir) me segurou pela cintura, evitando que acontecesse algo pior. Acabei entrando no seu quarto, com medo do que poderia vir a acontecer a seguir, mas por sorte ele estava chapado demais para tentar algo comigo, então acabou deitando na cama e capotou. Fiz o mesmo.

Pelo menos por duas horas.

Olhei o relógio e ainda eram três da madrugada, ouvi risadas histéricas vindo do quintal traseiro, junto com gritos e um cheiro estranho. Tentei acordar PH, mas ele já não estava mais na cama, estranhei e fui procurá-lo.

"Verdade ou Desafio!" – Gritou Kelly do quintal.

Fui até lá e estava tendo um role a mais, perguntei à Kelly o que ela fazia ali e a mesma disse que estava sem sono e foi pro quintal, até que o pessoal foi chegando e resolveram fazer uma espécie de despedida. Ta NE?

Decidi então seguir na zoeira, me sentei na grama, um tanto molhada, e deixei levar...

A parte mais legal da noite foi ver Gabi, que chegou um pouco depois, fazendo um Streep para mim. Eu era bissexual e nem sabia. Um desejo ardente subiu em mim, foi um pouco difícil que disfarçar, até para mim que sou mulher, meu corpo ardia enquanto Gabi se aproximava, a cada rebolada era um passo e uma peça de roupa a menos.

Quando chegou até a mim, ela ficou apenas de lingerie, sentou no meu colo e começou a beijar meu pescoço, me deixando com cada vez mais excitação.

Wesley: Vai deixar PH? – provocou.

PH: Não mando em ninguém aqui, Wes... – respondeu. – Nem na minha Irma, tua crush, tô mandando.

LSD: Beleza, PH, to afim de dar uns beijo na Gabi. – falou. – pode ser?

PH: Vai só beijar?

LSD: Confia na tua irmã.

Ele afirmou com a cabeça. Então Lara chamou gabi para perto, e logo começaram a se beijar...

O clima foi cortado quando Kelly nos comunicou que eram 05 da manhã já, voltamos para os quartos e dormimos. De verdade dessa vez.

12h50 – A maioria da casa já estava acordada. Todos, menos eu e Kelly, já que acordávamos sempre no mesmo horário. Mas, dessa vez, fui acordada pelo barulho do som vindo de um carro que parecia velho. Confusa, fui até a janela, ao som de "Will Always Love you" da Whitney Houston, fiquei ainda mais confusa quando vi quem estava ao lado do carro. Na verdade, eu fiquei com medo, passada, surpresa, enfim, sem entender nada.

Por que tanto suspense? Bom, quem estava ali era O LAURO, lembra dele?

Sim, ele teve a pachorra de alugar um carro e vir até a porta da minha casa para se declarar, depois de tudo, ele realmente achou que eu iria voltar para ele.

Não desci, pois estava com muito medo de rejeitar e ele voltar a fazer o que fez comigo há alguns anos atrás, mas mandei o recado encostada na janela.

Duda: Primeiro, era para você não se aproximar de mim. – falei em um tom alto e grosso. – Segundo, por que acha que vou te perdoar? Sendo que você me seqüestrou, e abusou sexualmente de mim, isso sem falar da violência, né? LAURO VOCÊ ME BATEU! – respirei fundo. – VOCÊ DIZIA TANTO QUE EU ERA A MULHER DA SUA VIDA, QUE ME AMAVA, QUE PIRIRI, QUE PORORO. ME PROMETEU O MUNDO! E TEVE A CORAGEM DE FAZER TUDO ISSO COMIGO! – bebi um gole de água que alguém me trouxe.

Lauro: Você não pode me condenar por um erro isolado meu! – gritou. – eu errei sim, errei igual todo ser humano erra nesse mundo. Mas, eu tenho certeza que qualquer homem no meu lugar faria igual! Já que na época você agia igual uma prostituta.

Duda: Lauro quer me fazer feliz?

Lauro: Sim – ele disse baixando seu tom de voz. – isso é obvio.

Duda: Então fica bem longe de mim e de todos próximos a mim. Incluindo sua Irma, que hoje tem vergonha de dizer que é da tua família.

Lauro: Você vai se arrepender de tudo isso.

Duda: Ai que medinho. – debochei.

Por fim, ele pagou o motorista do carro mais cafona que havia no mundo, pediu carona e sumiu.

Quando eu desci para tomar meu café, todos me olhavam com olhar de pena, quer dizer, apenas aqueles que não sabiam do que havia acontecido, mas logo cortei essa brisa.

Duda: Ta legal galerinha, o show acabou cadê meu café? – fiquei surpresa com a entrada de Emerson com a minha caneca preferida. Tinha até esquecido da existência dele. – obrigada.

"Hoje é dia de se estressar, tenho certeza..." – pensei enquanto dava meu primeiro gole naquele café.

PH: Por que o Emershow tá te olhando com essa cara de arrependido? – perguntou com um pouco de "ciúme". – Vocês tinham um caso? Não acredito Maria!

Gabi: Eu que não acredito Pedro Henrique! Ao invés de tentar resolver nossa relação você preferiu ficar tentando pegar a MINHA MELHOR AMIGA cara! – ela gritou.

Eles continuaram a discussão por um tempo, o suficiente para Emerson me chamar de canto. Ele me pegou suavemente pelo braço e me levou até o quarto de Kelly. Nos sentamos na cama e ficamos nos encarando por uns minutos, que pareceram horas. Meu coração parecia que ia sair pela boca, eu até pensei em voltar com ele, mas não valeria à pena, já que logo eu iria me mandar para o exterior. DEUS!

O resto do dia foi bem corrido, tive que ficar no escritório até mais tarde, pois não paravam de chegar papéis e mais papéis na minha mesa. Sem contar o que eu tive que atualizar para colocar algumas pessoas aqui dentro, nomes de estagiários, só papelada. Mas isso já era pra ser feito há muito tempo, por que me passaram isso só agora?

Mas, enfim, QUINTOU! 

Vulgaridade em pessoa [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora