Quintou, mas eu sentia que aquela semana não ia terminar bem. Digo, já estava tudo resolvido, o pessoal decidiu ficar um tempo na minha casa, minha família não se importou Babí e Kelly logo se enturmaram com Alissa, Gabi, Pietra e Lara. Jason e Emerson com PH, Wesley, Vinicius e etc. em pouco tempo todos eram amigos.
Ao final de expediente fiz algo que nunca havia feito, nesse tempo todo: pedi para o meu pai vir me buscar no trabalho. Mas pedi para que viesse sozinho, queria passar um tempo a sós com ele, coisa que não fazíamos muito, devido á correria diária.
Não demorou muito para que ele chegasse ao meu andar, e saímos.
- O que pretende fazer? – ele perguntou um tanto curioso com esse pedido. – Você nunca me pediu isso.
- Eu sei pai, mas como logo eu vou me mudar, queria passar um tempo ou pelo menos uma noite só com você. Entende?
- Claro querida, então vamos ao cinema? – respondeu abrindo a porta do carro para mim.
- Acho um pouco infantil a ideia de sairmos para ao cinema. – respondo de forma brincalhona. – Que tal irmos a um barzinho aqui perto?
- Na verdade eu achei incrível essa ideia, conhece algum? – disse de forma animada, assim, me surpreendendo.
- Sim, o Premium Bar, topa? – sugeri. – é um pouco chique, mas acho que nossas contas bancárias não estão tão ruins assim, não é mesmo?
Ele concordou e logo caminhamos ao local, não era muito longe, mas enquanto olhava a calçada me perguntava se iria sentir falta disso tudo. Do caos, dos xingamentos, dos programas de barraco de família, enfim, talvez devesse adiar a viagem?
- Perdida nos pensamentos de novo? – ele riu.
- Esquece, vamos pedir.
- Ok, vou querer uma caipirinha bem caprichada e você?
- Vou de piña colada.
- Acho que nem deveríamos estar fazendo isso. – ele riu. – Garçom, por favor me traz uma Piña Colada e um ... Me traz duas, por favor.
Algum tempo se passou e finalmente nossas bebidas chegaram, estavam deliciosas, boas o suficiente para nos deixar bem alegrinhos. Quando dei por mim, estava fazendo um drink e tentando seduzir o bar tender. Olhei minha roupa e me assustei.
- Vamos pai! – olhei o relógio. – Já passam das três da manhã.
Ele resmungou algo, mas não entendi, então ignorei e continuei tentando puxar ele para o carro.
- Você vai me deixar dirigir nesse estado? – disse enrolando as palavras. – porque se eu fosse um policia, eu me multava.
Ignorei-o mais uma fez, respirando de forma ofegante. Abri a porta de trás e o coloquei no banco com seu corpo deitado e, logo em seguida entrei no carro. Ok isso poderia ser um problema sim, acho que nunca dirigi um carro... Mas é aquilo né? FODA-SE!
Liguei o carro e durante o caminho fingi que estava em "Velozes e Furiosos", torcendo para que não houvesse nenhuma viatura no caminho. Depois de uma corrida de um carro só, eu estava apavorada com a minha capacidade de ser uma tapada, quer dizer, eu fui uma irresponsável, estava com meu pai no carona e saí correndo.
Enquanto isso martelava na minha cabeça, eu entrei em casa fazendo silencio, mesmo estando com meu pai bêbado, não foi tão difícil assim. O levei ao banheiro e disse para ele tomar um banho e dormir. Fiz o mesmo.
[...]
- Bom dia, princesa. – alguém disse num tom irônico. – Dormiu bem?
- Sei lá... To meio quebrada ainda. – respondi sonolenta. – porque esse tom de ironia a essa hora da manhã?
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Vulgaridade em pessoa [COMPLETA]
Conto✨Sinopse: "Essa é a história de Maria Eduarda, que durante anos vem sendo abusada física e psicológicamente por seu primo Luan, até que ela decide se abrir com a família e acaba sendo nomeada: Vulgaridade em pessoa, então resolve fechar pro mundo. E...