Flashback onBom, o resto do dia foi incrível, passamos a tarde na praia, vimos o pôr do sol juntos e a noite ficamos de mozão vendo filmes românticos. E tudo que não fiz com Eduarda.
Flash back off
POV DUDA
Não, aquilo não podia ser verdade, era um pesadelo com certeza; o pior de todos.
Eu pensava enquanto caminhava no calçadão da praia em busca de banco qualquer para sentar. Eu não estava bem, isso era claro para qualquer pessoa que passava por mim. Minha pele parecia uma folha de sulfite, tudo girava.
Minha visão estava ficando turva e em questão de segundos senti meu corpo cair. Sim eu desmaiei.
[...]
Quando acordei olhei as paredes e não consegui reconhecer o local, as paredes brancas, algumas macas vazias, um cheiro pouco forte medicamentos... Demorei alguns minutos para entender que estava em um hospital.
Wal: Eduarda? - perguntou esperançoso. - Você acordou mesmo...? - eu o olhei um pouco confusa.
Eduarda: Oi pai. Calma, foi só uma queda de pressão. - respondi tentando o tranquilizar.- Aconteceram umas coisas e bom...- não consegui terminar a frase.
Wal: Calma querida, depois conversamos sobre. - respirou fundo.- preciso que fique calma, temos outras coisas para conversar em casa. Provavelmente mais importantes que isso.
Essas palavras foram o suficiente para eu sentir a garganta fechar e sentir falta de ar. Ouvia o bipe da máquina cardíaca ficar mais acelerado, respirei fundo e tentei me acalmar. Surpreendentemente deu certo.
Duda: Pai, por favor... O que houve?
Wal: Quando nós chegarmos tu vai entender, falou? Vamos esperar o médico para te dar alta.- apenas concordei.
Não demorou muito que ele chegasse e me liberasse. Mas, naquele dia, quinze minutos pareceram doze horas. Enfim, descemos fomos caminhando para o estacionamento, eu fiquei observando o brilho que a lua exalava, simplesmente lindo. Provavelmente mais forte que todos os postes que iluminavam a cidade ou o terreno vazio que era o estacionamento. Eu estava muito distraída, claro, meu pensamento estava nas nuvens ou talvez no meu inferno particular. Traduzindo eu estava muito quieta. Meu pai questionou e eu expliquei resumidamente: "O Emerson me traiu".
Ele ficou muito puto, mas reforçou a ideia que o tal problema que nos esperava em casa era mais importante que aquilo. "NÃO SE PREOCUPE MINHA FILHA, VÃO TER MUITAS COISAS PARA OCUPAR SUA CABEÇA. MAS ESSE MULEQUE ME PAGA. "
Ok, né?
Assim que descemos do carro senti meu pai meio tenso, estranhei mas fiquei na minha. Ao abrir a porta quase desmaiei novamente, PATRICIA estava no sofá com uma mascara no rosto, pálida, com a cara de quem tinha acabado de levar uma surra da vida*. Quando eu ia partir pra cima dela, meu pai me impediu dizendo que ela estava com uma doença "nova", parecia ser perigosa e que devíamos ficar longe dela. Não entendi, por quê era o que estávamos fazendo esse tempo todo.
PAt: C0r1nG4 V1ru5 é o nome, ou biologicamente falando: C0V1CK - 21. - eu apenas gelei.
Duda: OK, espe..-
PAt: Preciso que você me ajude com o tratamento.- me cortou.- é muito caro e eu não tenho condições de pagar sozinha. Ainda estou pagando pelo tratamento que estou fazendo.Duda: Qual tratamento? Achei que estava apenas em acompanhamento com os médicos que cuidariam de gravidez.
PAt: Eu abortei! - gritou.- é por isso que ainda estou pagando.
Duda: Quando ela for embora me avise pai.- peguei minha bolsa e subi para o meu quarto. - Não vou ajudar um monstro desse.
Assim que entrei no quarto tirei toda minha roupa, ficando apenas de lingerie. Mas acabei optando na verdade por ficar apenas de calcinha, assim dando aos meus seios uma sensação de alivio. Aborto? C0r1nG4 V1ru5? O que está rolando aqui ? . Era tudo o que eu conseguia pensar naquele momento. E se ela estivesse falando a verdade? Mas ela merece todo sofrimento do mundo por ter feito tudo o que fez.
Às vezes eu odeio tanto o anjo, quanto o demônio que existem dentro de mim.
Como não queria ficar me reprimindo e me culpando pela morte de ninguém e nem ficar escutando que, se eu tivesse ajudado, o tratamento seria melhor resolvi fazer o que no momento parecia certo; voltei atrás.
Duda: OK mãe, quanto custa o tratamento dessa tal C0V1CK-21?- disse descendo nas escadas. - Ajudaremos a pagar.
PAt: Bom, depende. - disse com um sorriso leve e fraco no seu rosto pálido.- pode custar R$7.800 de uma vez só ou R$ 650 se pagar em doze vezes.
Olhei pro meu pai com uma cara de tédio.
Wal: Arcaremos com todas as despesas do tratamento.- respondeu.- desde que nos traga um laudo médico explicando o que você realmente tem, nos mostrando o valor e tudo mais. Do contrario peça ao seu noivo ou sua mãe.
PAt: Tudo bem...mas eu só tenho vocês; Kevin se mudou para o morro dias depois que descobriu que eu estava grávida dele e minha mãe arrumou um coroa de 94 anos rico. Não quer me ver pintada nem de ouro.
Duda/Wal: Por que será?
[...]
O dia seguinte foi estranho, como se não bastasse ser traída pelo meu namorado minha mãe "resolve" ficar doente. E não contente ela contrai uma doença desconhecida por todo mundo, mas com o tratamento de mais de cinco mil reais. VALEU HEIN !
~~~~~~~~~~~~~~x~~~~~~~~~~~~~~~
surra da vida*: Para quem não entendeu, é uma expressão, valeu?
~~~~~~~~~~~~
BOm é isso, muito obrigada por lerem ! Deixem a estrelinha, critica, sugestão e tudo mais...
BEIJOX da Gabs ♥
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vulgaridade em pessoa [COMPLETA]
Storie brevi✨Sinopse: "Essa é a história de Maria Eduarda, que durante anos vem sendo abusada física e psicológicamente por seu primo Luan, até que ela decide se abrir com a família e acaba sendo nomeada: Vulgaridade em pessoa, então resolve fechar pro mundo. E...