Ano 2 - Um verão a maior parte divertido

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Quando Harry acordou naquele primeiro dia de verão achou que seria o melhor verão de todos os tempos, afinal, estaria longe daqueles desperdícios de espaço que o criaram. Contudo, o mundo trouxa não era tão relapso quanto o bruxo, o fazendo ficar frustrado.

Uma torta foi depositada a sua frente e Harry apenas começou a comer sem realmente levantar seu queixo que estava apoiado na mesa. – O que te deixou chateado? – Perguntou a senhora Meyer.

- Eu sou menor de idade. – Grunhiu irritado e a senhora riu.

- Isso é óbvio. O que aconteceu?

- Eu queria me inscrever nas aulas de desenho, mas preciso de um responsável. – Rolou os olhos. – Se eu tivesse um responsável eles me inscreveriam.

A senhora Meyer o olhou como se estivesse vendo pela primeira vez. – E por que não pede a eles?

- Sra. Meyer, acha mesmo que eles se importam comigo? – Sra. Meyer franziu a testa.

- Acho que não. – Ela pareceu considerar algo por alguns minutos. – Bem, acho que posso te ajudar. Contudo, quero algo em troca.

- La vêm! – Resmungou levantando a cabeça. – O que é?

- Preciso de ajuda na recepção durante o almoço. Os verões costumam ser mais cheio e preciso de alguém de confiança. Obviamente você será pago.

- Sra. Meyer, não é por nada, mas, bem, eu tenho dinheiro e definitivamente não quero trabalhar aos verões.

Sra. Meyer revirou os olhos. – Você sabe que dinheiro acaba, não sabe? Trabalhar não vai te matar, o que me leva a outra preocupação. Você sabe gerir seu dinheiro?

- Er...

- Já tenho minha resposta. – Se levantou. – Venha comigo, vamos aos goblins.

- São sete da noite.

- Gringottes funciona até as nove. Venha, pare de resmungar. – Harry pegou seu casaco de capuz que usava para que não o reconhecessem, e segurou a mão da senhora Meyer enquanto a mesma o arrastava para fora.

Gringottes era tão branco quanto da primeira vez que foi. Devido a sua bolsa conectada ao cofre, não sentiu a necessidade de entrar novamente no local. Sra. Meyer o arrastou até um caixa. – Boa noite, precisamos ver o gerente de contas Potter.

O goblin a olhou.  – Qual o assunto?

- Harry Potter precisa saber sobre seus assuntos. – Sra. Meyer puxou seu capuz levemente quando o goblin a olhou e depois para Harry.

- Muito bem, aguardem. – Disse e saiu.
- Que assuntos vamos tratar?
- Você verá. – O goblin voltou pouco depois e os acompanhou até uma sala onde outro goblin estava. Ironclaw, era o que a placa dizia.

- Que assuntos seriam esses que o Herdeiro Potter deseja tratar?

- Eu também gostaria de saber. – Resmungou.

- Ele gostaria de se inscrever nas aulas de economia e leis de herança.

- Eu gostaria? – Harry perguntou para Sra. Meyer. – Por que eu gostaria?

- Porque você parece pensar que dinheiro é ilimitado. E bem, eu não gostaria que você acabasse pobre mendigando nas ruas.

- Você sabe, sou um bruxo! – Disse casualmente olhando para suas unhas.

- Magia não fabrica dinheiro!

- Sua concepção do que magia pode fazer é limitada. – Retrucou pensando que ele poderia roubar, encantar pessoas para que o deixassem morar em sua casa, ou mesmo construir algo no meio da floresta. As possibilidades eram infinitas.

- Eu vou fingir que não ouvi isso. – Disse pegando seu ponto e se virando para o goblin que o olhava divertido. – Ele quer as aulas. – O goblin jogou o formulário de aulas para ele preencher.

- Saiba que estou fazendo isso sobre protesto! – Disse enquanto preenchia os papéis.

- Pode protestar à vontade. – Disse bagunçando os cabelos de Harry. – Preciso de um documento que passe pelos trouxas que indique que eu sou a avó dele. Não precisa ser bem detalhado, o uso será somente para inscreve-lo em algumas aulas de verão no mundo trouxa.

- Vocês falsificam documentos? - Questionou muito interessado. - Que intrigante!

- Sinto que essa informação acabou de cair em ouvidos errados. – Sra. Meyer parecia frustrada e Harry sorriu.

No dia seguinte Sra. Meyer foi com ele até a universidade de Westminster o inscrever nas aulas de artes. – Você vai precisar vir sozinho todos os dias.

- Sou bem grande pra andar em Londres sozinho. Além do mais, posso sempre pegar um táxi.

- Nem pensar que você vai pegar um táxi trouxa. – Disse parecendo horrorizada. – Noitebus é mais seguro.

- O que? – a senhora rolou os olhos e apontou sua varinha para o nada e então, do nada, quase que se materializando, no local apareceu um ônibus. O motorista se apresentou tão entusiasmadamente, que deixou assustado.

- Esse é meu neto, Hank Meyer, ele é um tanto tímido. – Disse o arrancando de trás dela.

- Oh! Olá, Hank! Sente-se, sente-se! Vamos partir rapidamente. – O idiota animado não mentiu quando disse que era rápido. Rápido demais para ser saudável para um ser humano.

Quando desceram Harry se jogou no chão. – Obrigado, chão, por existir.

- Você é muito exagerado.

- Eu acho que deixei algum órgão lá em Westminster. – Sra. Meyer revirou os olhos e o arrastou pela porta do Caldeirão furado e de lá para sua própria pensão.

- Há algo mais que queira fazer? – Questionou quando voltaram.

- Sim, mais nenhuma outra aula.

- Você é quem sabe, se decidir, me avisa.

Harry pensou analiticamente. - Esse ônibus maluco, ele vai até onde?

- Qualquer lugar dentro da ilha. – Respondeu prontamente.

- Interessante.

- Fique à vontade para usa-lo, desde que mantenha sua varinha e não confie em estranhos. Também esteja aqui entre onze e meia e duas e meias e quero vê-lo no jantar.

- Isso é legal. – Cerridwen apareceu pousando em seu ombro. – Hey, acabei de lembrar, não espero receber cartas, mas a escola ficou de mandar as notas, poderia recebe-las? – Harry franziu a testa. – A Universidade também ficou de enviar cartas pelo correio. Como vão fazer?

- Porque não configura uma caixa de correio em Gringottes? Assim todas as cartas que forem endereçadas a você, vão parar lá.

- Oh! Talvez seja uma boa ideia.
No dia seguinte, Harry se viu em uma turma cheia de crianças de sua idade parecendo entediadas até a morte ou com vontade de matar alguém, como era seu caso.

Contudo, ao sair da sala, fez uma descoberta surpreendente. Havia uma aula só para goblins de desenho e criação de armas. Harry observou pela porta a oficina cheia de goblins fazendo espadas e alguns desenhando-as.

- Está perdido garoto? – Harry levou um susto quando um goblin o surpreendeu por trás.

- Quero fazer essa aula.– Apontou para a sala.

- Só para goblins. – Harry franziu a testa.

- Quanto?

- Como? – Perguntou o goblin confuso.

- Quanto tenho que pagar? E nem adianta falar que não tem preço. Sei muito bem que vocês agem em razão do dinheiro.

O goblin deu um sorriso malicioso. 300 galeões a aula.

- 300 o verão inteiro. – Rebateu a proposta e o goblin pareceu ofendido. – Não me olhe com essa cara! Sei muito bem que isso é um jogo para vocês.

O goblin rosnou. – 400 o verão inteiro.

- 250 o verão inteiro e uma promessa de não retirar qualquer investimento feito no nome Potter. Sei que mesmo com os negócios um tanto estagnados, o dinheiro Potter vem rendendo uma fortuna para meu gerente. Ironclaw o nome dele, certo? (Sim, ele fez questão de gravar o nome do cara... ele foi ameaçado, mas isso não vem ao caso). Não quer que ele perca esses investimentos? Ou quer? – Harry blefou e sabia que o goblin a sua frente sabia que ele estava blefando, mas, como havia dito anteriormente, era um jogo.

- Muito bem, sr. Potter, me acompanhe. – O goblin o arrastou para dentro da sala e para sua surpresa, o instrutor era seu gerente, ele só sabia por conta da placa, de qualquer forma.

O goblin que o arrastou para dentro da sala começou a falar algo em outra língua entranha e apontar para Harry.

- Muito bem. – Disse seu gerente. – Sr. Potter, sua turma começa amanhã as oito da manhã, chegue mais cedo para o formulário.
Harry assentiu. Voltou para pensão da Sra. Meyer e contou a novidade. No geral ele teve um verão bastante ocupado. Toda manhã tinha aulas no banco para fazer armas e armaduras. Depois voltava para ajudar a senhora Meyer, até as duas e meia da tarde quando as terças e quintas fazia aulas de desenho na Universidade trouxa de Westminster, e nos outros as aulas de economia e leis, que era a hora que realmente queria matar alguém.

Nos finais de semana, sra. Meyer o liberava as manhãs e pedia sua ajuda no jantar de sete as nove da noite. Então durante o dia ele aproveitou para passear.

Entre cinemas, teatros, lanchonetes, zoológicos e parques de diversões, conseguiu superar sua aversão ao maldito ônibus arrancador de órgãos.

E também esteve na praia. Ele viajou para bem longe, em um sábado estupidamente quente e que por acaso era seu aniversário. Viu seus tios lá, seu primo também o viu, mas Harry sumiu antes que seus tios também o vissem.

Voltou para pensão muuuito queimado e a Sr. Meyer precisou lhe dar uma poção de Aloe vera para reduzir a ardência. E depois fez um bolo. Foi a primeira vez que Harry teve um bolo e gostou. Até recebeu uma pequena lembrança, um conjunto de pincéis que se limpavam sozinhos. E a noite, Goibnu foi honrado. Na aula seguinte, Harry sentiu suas mãos trabalharem com mais destreza em uma adaga pequena e fina, da qual estava criando.

Faltando uma semana para a volta as aulas, Sra. Meyer o alertou para algo.

- Eu esqueci completamente de comprar o material! – Disse batendo na própria testa.

- Espero que pelo menos seus deveres não tenham sido esquecidos. – Disse o olhando com olhos estreito.

- Eu os fiz na primeira semana. - Harry se levantou mordendo o último pedaço de sua torrada se café da manhã. - Vou até a caixa de correio pegar a carta da escola e comprar o material.

- Quer que eu lhe acompanhe?

- Não precisa. – engoliu o suco e saiu da pensão indo em direção ao banco e de lá para a seção de correspondência que estava abarrotada. – Que estranho! – Disse vendo a quantidade de cartas. Pegou a da Universidade com o seu certificado de participação, assim como um folheto indicando outras aulas que ele poderia se interessar no próximo verão.

A carta de Hogwarts indicando sua inscrição automática em runas e Aritmância. E outra com seus materiais.

Depois de uma Hermione Granger, tinha pelo menos umas 15 dessa pessoa estranha. Juntou todas e jogou na lixeira junto com de um tal de Ron Weasley e uma senhora Weasley. Weasley? Onde ouviu esse nome? De qualquer forma, jogou todas fora. Uma do diretor, Dumbledore, não Bumblebee como pensou inicialmente. Harry a abriu, e um olhar rápido na carta, lhe deu arrepio. Por que esse homem queria que o informasse sobre sua localização? Harry guardou a carta, sentindo que muito em breve precisaria de uma medida protetiva contra ele.

Depois abriu a de Gringottes com suas notas de economia e leis de herança. A aula de criação de armas era pratica, então não havia notas.

A última também era de Hogwarts, a classificação geral das turmas. Ele ficou em primeiro lugar na Grifinória? Que estranho! E em terceiro na classificação geral da escola no primeiro ano. Que estranho novamente! Não é como se ele fizesse muito esforço. Deu de ombros, guardou as cartas e foi as compras, por ser quase o fim do verão, as lojas não estavam apinhadas como da ultima vez, comprou seus materiais e voltou para a pensão. Fez suas obrigações escolares, isso é, ler todos os três primeiros capítulos dos livros e fazer anotações. Com uma única exceção. Quem diabos seria o próximo incompetente de defesa? Que diabos eram aqueles livros de ficção horrível?

No dia 1 de setembro, Harry passou pela lareira as nove da manhã, Sra. Meyer o fez prometer que iria escrever dessa vez, antes de deixa-lo sair.

Como estava cedo encontrou um vagão vazio rapidamente e deitou-se enquanto apoiava sua prancheta na perna e desenhou até o trem dar a partida. Com seus fones e AC/DC nas alturas, Harry se despediu de Londres.

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Como puderam perceber, nem Dobby nem Lockhart apareceram. Eles virão em breve.

Harry sem paciência Potter Onde histórias criam vida. Descubra agora