Cafajeste

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Cafajeste

Você que de tão sincero me causava dor;

Você que todos os dias provava que nunca ficaria só;

Você que humilhava todas que buscavam seu prazer;

Você que repetia incansavelmente:

-Eu nunca serei de ninguém

Sou dono de mim, sei o que quero e sei como ter.

Enquanto eu era mais uma a buscar-te por prazer, por diversão, acabei aprendendo o que nunca deveria, acabei sentindo o gosto bom de ser livre, de ser dona da situação, você sem querer ensinou-me a ser uma de vocês.

Quando finalmente tive a ultima lição, você não quis abrir mão e libertar-me.

Fez algo que ainda não compreendo, disse o proibido, e nos prendeu.

Disse ao fim de um sexo incrível, no nirvana do prazer, bem no meu ouvido, eu amo você, fique.

Eu sorri e desacreditada confessei, eu também, mas irei por que você me fez livre; você me disse que o prazer vem de mim, que não dependo de convenções nem prisões pra tê-lo.

Lembrando daquela nossa última noite, na piscina, aquele êxtase insano, o despertar com o sol em nosso rosto, na rede, em seus braços, acordo ao lado de alguém que se dedica a mim, sorrindo a me ver ali, enquanto eu olho ao redor e percebo que era só sonho, de novo só um sonho de algo real.

Os dias se passam, continua a vida, um dia recebo um telefonema, um engano, ou desengano?

Retorno e ouço sua voz, apesar dos anos, sei reconhecer, meu corpo treme ao te ouvir dizer:

_Bom dia, no que posso te ajudar?

E eu digo:

_ Dando-me o prazer que preciso

_ Pois não senhora, qual o seu desejo? Sorrindo já reconheceu minha voz.

_ Preciso aprender a ser uma marquesa, você pode ensinar?

_ Só marcar hora e lugar, a senhora procurou o professor certo.

_ Hoje à noite no endereço que irás anotar.

As horas passam e eis que a campainha toca.

Ele está mais divino do que nunca, elogia meu vestido, diz que realça minha tatoo, meus seios endurecem e ele sorrir e diz:

_ Alguém não está fudendo como devia.

_ Sim, alguém está recalcando os atos.

_ Então para de conversa.

Suas mãos passam pela minha cintura e me puxam forte pra si, consigo sentir que está excitado e sorrio;

_Bom saber que ainda te deixo assim.

Ele me beija, chupando minha língua e põe a mão no meu peito, morde meu lábio e fala entre beijos;

_ Sua vadia doce, eu nunca deixei de sentir tesão por você, quem fugiu de mim foi você, quis virar uma recalcada a ser uma bem comida a meu lado.

_ Você sempre me dizia pra não ficar presa a alguém só por tesão. E você nunca me quis, eu era mais uma pra você fuder ate gozar, era feliz, confesso, mas jamais levaria a sério.

_ Você deixou de ser só isso quando dormiu em meus braços, naquela rede, ao amanhecer com o sol em seu corpo nu sobre o meu eu vi que te amava, senti algo novo, queria você por prazer, mas depois eu tive medo de te ter e você me pisar como eu te ensinei a fazer.

Eu o calo com um beijo intenso e vou deitando-me ali no tapete na sala, enquanto a comida esfria na mesa e a vela queima só não mais do que eu em seus braços.

By Lilyth Luthor

Mais detalhes sobre a autora e novos poemas em:
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