Ah, o seu corpo.
Desejado por tantos,
Visto por todos envolto a roupas que lhe tiram a beleza.
O seu corpo, templo da divindade do ser, jóia rara de se ter e um presente a meu ver.
O seu corpo que junto ao meu transmuta o balé do desejo em uma sinfonia angelical.
O meu corpo que diante dos seus olhos reage a estremecer do anseio de se pertencer.
O meu corpo que sem pudor, entre suas mãos realiza as fantasias de nossas almas.
Nossos corpos unidos, vívidos, molhados, colados, beijados, extasiados, os olhos fechados, as mãos que deslizam, os braços apertados envoltos no bem amado.
A língua que pronuncia palavras destemidas, promessas insanas de uma eternidade de reencontros, as línguas que se juntam, valsam, se lambem e degustam o nectar da alma abrigo.
O despertar assustador e pelas dimensões a vagar.
Sozinhos a nos procurar.
Um corpo sem propósito,
Uma alma sem lar,
A língua silenciar, pois a ninguém mais palavras tão ternas iríamos pronunciar.
Até que a pequenina chama se encontre a fogueira, o vulcão ficará adormecido.
O azul imenso do oceano contido em uma gota.
By Lilyth Luthor
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