Capítulo Quarenta

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NOTAS:Eu gostaria de agradecer a todos que continuaram a ler a fic até aqui, chegamos no ato final e depois desse capítulo teremos somente mais um e extras.Sou eternamente grata pela história, por vocês, por cada coisinha que Forbidden me fez alcançar.Obrigada por tudo e boa leitura.‐-------‐---------------------------------


Jeongguk observava tudo com a boca entreaberta e os olhos arregalados, suas pernas, antes paralisadas, começaram a se mover involuntariamente. Jeongguk soltou a mão de Taehyung e aumentou a largura dos passos para chegar até o carro que seu pai estava. Taehyung preocupado com o que poderia acontecer, tentou segurar Jeongguk, uma briga silenciosa e constrangedora se iniciou entre os dois, Jeongguk tentava se soltar e Taehyung o puxava pelo braço o tempo inteiro.Foi aí que Taehyung prestou atenção nos olhos de Jeongguk, estavam cheios de lágrimas, parecia que um mar viria logo depois das primeiras que se atrevessem a correr pelas bochechas rosadas.

- Amor, calma. - Taehyung sussurrou para Jeongguk encostando as testas, Jeongguk tinha o olhar perdido estampado no rosto e a vontade de chorar era mais que óbvia.

- Tae, o que está acontecendo? - Jeongguk sussurrou de volta e fechou os olhos pensando nos milhões de motivos que o seu pai poderia ser acusado.

Pensava se alguém tinha descoberto as agressões que vinha sofrendo desde pequeno e tinha denunciado o seu pai, tinha medo do que o velho poderia fazer quando saísse, ele poderia claramente pensar que Jeongguk tinha feito a denúncia.Uma brisa forte bagunçou os cabelos de Jeongguk e junto com o vento, veio uma ideia em sua mente. Contar para sua mãe sobre o que estava acontecendo para tentar descobrir o motivo.Enquanto Jeongguk pegou o celular e discou o número da Jeon, Taehyung começou a pensar que aquela era a sua hora de acusar o pai de Jeongguk, o processo de homicídio seria reaberto e as provas seriam analisadas novamente, se tivesse sorte, a polícia o colocaria nas grades sem fiança ou chance de sair facilmente.

- Tae? - Jeongguk chamou Taehyung com uma voz suave e gentil.

- Sim? - Taehyung respondeu mordendo o dedo e consequentemente roendo a unha curta.

- Vamos encontrar a minha mãe, ela falou que precisa me ver e me falar alguma coisa. - Jeongguk segurou a mão de Taehyung e saiu andando novamente.

Para qual lugar iriam, somente Jeongguk sabia, Taehyung deixou ser guiado pelo namorado e apenas prestou atenção no olhar curioso e preocupado de Jeongguk. O jovem levou Taehyung até uma praça pequena e com poucas pessoas, de longe dava para ver a blusa de linho vermelha e os cabelos macios flutuando, a mãe de Jeongguk era muito bonita, Taehyung admitia, o seu namorado tinha a quem puxar a beleza.Os dois se aproximaram do banco e foi possível ver a ponta do nariz e as bochechas com uma cor avermelhada, quase um escarlate, os olhos brilhavam por estarem mergulhados em lágrimas e a boca estava curvada em um sorriso simples e sincero.

- Mãe? - Jeongguk sentou-se no banco, notou que as madeiras estavam geladas após encostar as palmas das mãos. 

- Estamos livres, querido. - Jihye sussurrou com a voz tranquila, sem olhar para Jeongguk que estava bem ao seu lado, a mulher mantinha o olhar reto e vago.A voz doce se igualava a de Jeongguk, o sussurro era tranquilo e calmo, o que impressionou Taehyung que aquela altura achava que a mulher estava desesperada por causa do marido, mas não, era absolutamente o contrário, ela parecia feliz, leve, serena. Jeongguk tinha poucos traços da mãe, a curvatura da boca, a cor dos olhos, o sorriso era parecido, mas o rapaz havia puxado oitenta por cento de seu pai, isso era inegável.

Taehyung sentou afastado de Jeongguk para dar privacidade a mãe e filho, a conversa provavelmente seria longa e Jeongguk precisava saber o motivo que levou o seu pai para trás das grades.

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