Seu Jeito Estranho

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Busan, 13:00 pm sábado
Casa de Sn

Sn havia acordado já há algum tempo, estava agora sentada no tapete da sua sala/quarto observando o rapaz dormindo em sua cama e babando no seu travesseiro. Quando chegaram na casa da moça naquela madrugada o rapaz logo se jogou alí, não restando outro lugar para a garota dormir se não no pequeno sofá da sala.
O celular do rapaz tocava desde as 8 da manhã, e fora ele quem acordou uma Sn mau humorada de cabelos bagunçados e com uma dorzinha de cabeça insistente, que só viera passar após uma xícara imensa de café.

S/n- Se você não acordar vou ter que atender o seu telefone._ disse ainda olhando o rapaz que não parecia nem perto de acordar.

Sn se levantou e com alguns poucos paços chegou em sua cozinha, estava com fome então faria o almoço. A moça não era silenciosa, nem mesmo se esforçava para ser e com os barulhos vindo da cozinha que se separava da sala apenas por um balcão pequeno, Jungkook começou a despertar.

Jk- Jinieeee, minha cabeça tá doendo, apaga essa luz._ disse se virando para o outro lado chamando a atenção da moça.

S/n- Sinto muito Jungkook, ainda não é possível apagar a luz do dia._ disse picando uma cebola sobre a pequena pia da cozinha.

Ao ouvir a voz desconhecida o rapaz levantou-se de uma vez quase caindo da cama, e o arrependimento pelo movimento brusco veio quase que instantâneamente fazendo o rapaz gemer.

Jk- huum._ gemeu levando a mão direita até a cabeça. De onde estava ainda não conseguia enxergar Sn, tudo o que conseguia ver era um quarto muito colorido ao seu redor, e uma sala igualmente colorida a sua frente.

Jk- Eu fui sequestrado!_ disse alto e se encolhendo no canto da cama. Sn ao ouvir aquilo teve vontade de rir, pois tecnicamente aquilo realmente se parecia com um sequestro.

S/n- Não, não foi._ disse agora saindo da cozinha e aparecendo na sala de frente a cama onde o rapaz estava encolhido.- Bom dia jungkook._ disse sorrindo, embora seu humor não estivesse assim tão bom, pois o rapaz tirou toda sua paciência na madrugada,  ela sabia ou ao menos imaginava que acordar em um lugar estranho sem lembranças devia ser assustador.

Jk- Garçonete? O que está acontecendo aqui? Eu dormi com você? A-aa a gente, a gente transou?._ despejou essas várias perguntas de uma vez sobre a moça, essa que o olhava com os olhos cerrados.

S/n- Meu nome é Sn, eu tenho certeza que te disse isso algumas dezenas de vezes na madrugada passada, e não nós não fizemos nada._ disse constrangida.

Jk- Aaaa, me desculpa eu não me lembro de nada._ disse se afastando do canto onde estava encolhido e se sentando na beira da cama ainda receioso.

S/n- Eu posso resumir o que aconteceu pra você._ disse se sentando novamente no tapete da sala em frente a cama.- Você tomou todas, ficou bêbado, se esqueceu de como voltar para casa e da senha do celular, eu perdi num par ou ímpar com a outra garçonete que te atendeu, então tive que me virar com você, te trouxe para minha casa de Uber, inclusive com o seu dinheiro, ok? É melhor avisar logo pra depois não dizer que eu te roubei. No caminho pra cá você vomitou no Uber, mais especificamente nos meus pés, e só pra deixar claro você é quem vai lavar meu tênis e minha meia, e não tem conversa, ok? Foi um caminho longo da Red Home até aqui, realmente longo, você até me contou uma história comovente de como a sua ex super modelo se mudou para Seul e te deixou aqui, eu até me emocionei com a história, na primeira vez que você contou é claro, nas outras 3 vezes em que você contou a mesma história, explicando detalhadamente como a sua garota era linda e quão triste foi ser deixado a emoção foi embora e deu espaço ao tédio.

Jk- Não é uma história muito longa._ disse o rapaz interrompendo o relato da madrugada passada que a moça fazia.

S/n- Não, não é, o que é péssimo pois o caminho era longo e deu tempo de conta-la umas 4 vezes. Por fim chegamos aqui e você se jogou na minha cama e eu tive que dormir no sofá. A propósito, seu telefone não para de tocar e me acordou as oito da manhã._ nesse momento a gravidade da situação enfim atingiu o rapaz, que se levantou desesperado.