Busan
Segunda feira, 8:30 am
Cafeteria Books n coffee– Dois expressos e uma torta de chocolate para a mesa 6 e um capuccino com kookies na mesa 9._ disse S/n entregando o bloco com os pedidos que havia anotado para Ji-woo, a linda moça coreana de longos cabelos hidratados, que ficava na cozinha preparando os pedidos.
Era assim que Sn se referia a filha da senhora Jung, a dona do café. Sn trabalhava no Book n coffee desde o primeiro mês que chegou a Busan, havia pedido emprego para a senhora Jung quando viu a placa dizendo que tinham duas vagas. Era um café pequeno, familiar e não se pagava tão bem, mas era um lugar acolhedor e a senhora Jung ao contrário da senhora Suzie a tratava muito bem e com respeito. Sn se dava bem não só com a senhora Jung, mas também com sua filha Ji-woo de 19 anos que sempre foi gentil com ela desde que começou a trabalhar lá. Ji-woo e senhora Jung praticamente a adotaram, o que lhe enchia o coração de amor.
Sn veio do Brasil onde só tinha seu pai, seu João um pedreiro de mão cheia que sempre deu duro para criá-la sozinho. A mãe de Sn teve problemas com a depressão durante toda a vida e quando se viu com um bebê para cuidar perece ter se desesperado, pois foi embora deixando João e Sn para trás, isso nunca foi um problema para Sn que ao lado do seu pai crescia segura e forte. Com muita garra conseguiu entrar na faculdade de biologia aos 18 anos, enchendo o pai de orgulho e desde então segue no caminho acadêmico, e antes de vir para a Coreia do Sul era professora de Geologia geral do curso de biologia em um instituto federal. Quando se inscreveu para a bolsa de mestrado na Coreiado sul, havia feito isso por ser uma grande fã de Doramas e ter desenvolvido uma certa fixação pela cultura coreana a ponto de aprender a língua local. Ela fez a inscrição sem pretensão alguma, faria pra desencargo de consciência, mas para sua supresa ela foi selecionada, o que em primeiro momento a deixou feliz mas que em seguida a deixou assustada, nunca havia ido para tão longe de seu pai e isso a deixava insegura e até um pouco triste. Mas como seu pai lhe dizia sempre " Seu pai não criou uma mulher fraca!", e com esse pensamento resolveu ir para o outro lado do mundo, organizou sua vida, pediu licença do emprego, despediu-se do seu pai e dos 3 únicos amigos que fez no trabalho e seguiu para uma nova fase de sua vida.
No começo fora difícil e por muitas vezes pensou em desistir, mas encontrou apoio em Ji-woo e senhora Jung, mãe e filha que sozinhas comandavam o café que herdaram quando o senhor Jung morreu há 10 anos atrás.– Sn? Tá aí?._ disse Ji-woo estalando os dedos na frente do rosto de Sn, que naquele momento estava lembrando do fim de semana maluco que teve.
– A oi, desculpa estava distraída._ disse balançando o cabeça para despertar.
– Eu vi._ Rio da amiga.– os pedidos estão prontos já pode levar._ disse apontando para os pedidos no balcão.
– Ok.
...– Então é isso, meu expediente acaba aqui, agora tenho que encenar a cientista._ disse Sn se livrando do avental marrom, enquanto Ji-woo guardava alguns mantimentos no estoque do café.
– Quando eu crescer quero ser que nem você._ disse a garota sorrindo.
– Como? Falhida, estressada, encalhada e cansada? Não vejo tanta vantagem assim Ji, continue sendo essa potinho de luz._ diz Sn fazendo graça enquanto arruma a mochila.
– Não seja modesta, você vai ser uma grande cientista quando sua pesquisa for concluída, quanto ao resto é fácil resolver._ disse simplista dando de ombros.
– Você acredita muito no meu potencial, me sinto até pressionada a vencer na vida, não posso te decepcionar._ disse rindo para a mais nova.– Ok, eu vou ser uma grande cientista no futuro, mas e agora ? No presente eu digo, o preço do aluguel vai aumentar no próximo mês, e a pesquisa que futuramente vai me tornar uma grande cientista está empacada, precisa de uma pouco mais de atenção, e sinceramente servir mesas no Red home é um martírio._ se quixou desanimada, porém ainda sorrindo para a garota.
– Eu sinto muito, não é tão fácil ser você. Mas olha, pela a história que você me contou de como foi o seu fim de semana, talvez você devesse investir em um dos dois rapazes ricos que você conheceu e ser bancada por eles, assim parte dos seus problemas estaria resolvido._ disse Ji-woo fazendo graça para tentar animar a amiga.
– Oh, como eu não pensei nisso? Você é uma gênia, vou tentar seduzi-los na próxima vez, mas enquanto ainda não tenho nenhum deles caidinho por mim eu tenho que correr para pegar o ônibus para a universidade._ disse olhando as horas do celular e notando que haviam 6 mensagens não lidas no mesmo, duas de seu pai, uma de Sora e duas de um número desconhecido, mas como a mesma disse antes, era uma pessoa muito difícil para se comunicar então resolveu deixar as mensagens para ler ao fim do dia, sabia que se caso fosse algo de urgência seu pai ligaria e que Sora faria o mesmo se fosse importante, e quanto ao número desconhecido não estava esperando nenhuma mensagem e todos os seus contatos importantes estavam salvos no celular, não havia motivo para pressa de responder ninguém segundo ela.
– Vai lá, força garota._ disse Ji-woo para uma Sn já saindo apressada pela porta.
–Tchau, beijos e até amanhã._disse antes de sumir pelo corredor.
...
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Seu Jeito Estranho
FanfictionJeon Jungkook precisa encontrar uma garota totalmente fora dos padrões do seu "tipo ideal", para apresentar a sua família. O garoto queria alguém que pudesse parecer a pior escolha de namorada possível aos olhos de sua família. E porque ele precisa...