Capítulo 27

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                            Felipe Cooper

Minha avó sempre me disse que a gente sabe que fez a escolha errada, quando mesmo que algo bom aconteça você não se sente feliz como deveria, eu nunca entendi bem isso, acho que nunca fiz uma escolha da qual eu me arrependia justamente por sempre pensar bem demais antes de qualquer decisão, mas hoje eu entendi o peso dessa frase, mesmo sabendo o sexo do meu filho, mesmo sabendo que teria um rapaizinho, eu não consegui me sentir feliz como deveria, por que só consigo pensar na Angel, em como foi lá, em como ela está, se nosso filho está bem.

O caminho de volta pra casa eu vim quieto calado, enquanto Amarilis fazia mil planos, e ela estava no direito é a mãe do bebê tem que estar feliz mesmo, ela pergunto se o nome do bebê poderia ser Miguel, eu concordei, afinal é um belo nome.

Quando cheguei em casa meu estômago roncou ao cheiro de comida no ar, caminhei até a cozinha encontrando meu anjo mexendo uma panela, abracei por traz cheirando seu pescoço doce, o seu cheiro que tanto me acalma.

— o que tá fazendo meu anjo?

— estava com vontade de comer cachorro quente, resolvi fazer

— por que não pediu?

— queria caseiro, queria o meu molho sabe – concordo sem soltá-la

Ela desligou o fogo, e nós nos afastamos do fogão.

Eu ajudei a mesma a por a mesa, então montamos e comemos, estávamos os dois em silêncio, Angel devia estar chateada e eu envergonhado.

Depois arrumamos a cozinha e nós sentamos juntos no sofá da sala, então puxei ela pros meus braços.

— minha avó sempre disse que a gente sabe que fez a escolha errada, quando nem as coisas boas te deixam feliz como deveria – digo — me desculpa

— tudo bem, eu disse que era pra você ir – ela suspira — sua avó é uma mulher sábia

— ela é, mas sendo sincero a minha maior motivação pra ter ido era ver com meus próprios olhos se realmente tinha um bebê ali, quando eu vi, só então parece que minha ficha caiu

— você tinha dúvidas ?

— acho que era mais um negação sabe, não fico triste pelo bebê, crianças são sempre uma benção, mas ter algum vínculo com Amarilis não me deixa muito feliz

— eu imagino, mas e o sexo do bebê ?

— menino, ela escolheu o nome, Miguel

— o que você sempre sonhou não é, deveria estar saltitante – ela diz parecendo magoada e eu estranho

— nunca tive preferência por sexo, eu sempre quis um bebê, e amaria seja qual for o sexo

— mas Amarilis disse que seu sonho era um menino – ela murmura

Nego — as fontes foram vozes da cabeça dela – brinco e nos rimos — e nosso bebê como está?

Ela abre um lindo sorriso brilhante — ele está ótimo, saudável e se desenvolvendo bem, a doutora diz que é provável que conseguimos ver o sexo na próxima ultra

— estou animado com isso, apesar de ter um palpite

— qual?

— menina, eu olho pra sua barriga e só imagino uma garotinha loira como você de olhos azuis como eu

— eu também acho que vai ser menina, pensa uma fofurinhas com vestidinho rosa correndo pela casa

— é uma imagem linda, Carlinha foi com você ?

— ela e o Sant, os dois me matam de rir, você vai ter trabalho com Santiago ele vai estragar essa criança

— imagino, meu irmão ama crianças, ele vai encher nosso saco até deixarmos ele ser padrinho do bebê

— mas você tinha outra opção a não ser ele ? – ela pergunta curiosa

Nego — padrinhos são como segundos pais, e sei que meu irmão vai amar e cuidar desse bebê como se fosse dele, e tenho certeza que a Carla também é uma ótima escolha

— eles são perfeitos, conheço os dois a pouco tempo, mas sei que eles são incríveis

— já que estamos falando em família, pensei que poderíamos passar esse fim de semana na fazenda dos meus avós, o que acha?

Ela se levanta no sofá ficando de joelhos me encarando animada — por favor vamos, eu dou um jeito de ter folga sábado

Sorrio — só se prometer que não vai rir de mim

— por que eu ia rir ?

— minha avó vai me puxar a orelha que nem quando eu era um garoto, por ter demorado a levá-la lá e por não ter contado sobre Amarilis

— estou ansiosa, vai ser ótimo

— o que acha que chamar o bundão do Sant e a Carlinha ?

— melhor ainda, já quero sábado logo

Depois disso fiquei contando várias coisas sobre como eu era, o que eu e Meu irmão aprontávamos não fazenda, e de como vovó fazia coisas deliciosas.

Eu não tenho dúvida de que ela vai amar minha anjinha assim como Angel vai amar minha avó, e acredite já imagino nosso bebê correndo por aquela fazenda e minha garota louca correndo atrás com medo do nosso filho se machucar.

Depois fomos pro quarto tomamos um banho, fizemos amor, depois fomos direto pra boate, aproveitei pra chamar meu irmão e minha cunhada pra irmos pra fazenda, claro que eles toparam, Carla disse que conversaria com os pais sobre não trabalhar no sábado, e as meninas começaram a fazer milhares de planos para o final de semana enquanto eu e Sant tomamos uma cerveja e comemos algumas batatas com cheddar e bacon.

Ao fim da noite, eu e minha garota voltamos pra casa, e deitamos na nossa cama juntos, de conchinha, fiquei passando a mão na sua barriga, até que ela dormisse, eu estava tão acostumado com nossa vida, que acho que não conseguiria dormir mais sem ela, não conseguiria mais levar meus dias sem ela.

Barriga de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora