Capítulo 3🖤

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Adele

Surgimos em meu apartamento e eu me afasto do espião, cruzando os braços.

— Eu não tive culpa. -falo.

Ele apenas me encara.

— E não me julgue. -alerto.

— O que estava fazendo naquele bar... Com aquele macho? -ele pergunta.

— Me divertindo, tenho direito de ser feliz, mesmo que seja só em minhas folgas. -falo.

Ele ergue uma sobrancelha.

— Azriel, não vou me privar de viver por sua culpa. -falo.

— Eu não pedi isso. -ele diz.

—  Mas com esse olhar você já diz muitas coisas.

— E como sabe que esse olhar está pensando nisso e não em outra coisa? -questiona ele.

— Não sei, às vezes penso o conhecer, mas você é um livro muito bem fechado. -digo.

— Não gostei da forma como aquele outro a tocou, quem é ele? -perguntou.

— O que você enforcou com as sombras?

Um assentir lento de cabeça.

— Não importa quem é, estou quase conseguindo resolver.

— Se me disser já estará resolvido.

— Não vou pôr meus problemas em cima de você, eu não sou baixa a esse ponto. -falo.

— Os problemas das minhas amantes são meus problemas também. —ele me encara— estão sob minha proteção.

— Ah, não me diga. -bufo.

— Soube de sua briga com Berta.

— Soube também que foi ela que começou?

— Você está muito irritada hoje. -observa.

— Todos os dias, mais sei mascarar, não se preocupe. -sorrio irônica.

Eu tiro os meus saltos.

— E o que você estava fazendo no bar com os grão-senhores?

— Me divertindo?

— Você pode fazer tudo, até dançar com tutu de bailarina, mas se divertir é algo que eu queria ver. -falo.

Ele inclina a cabeça.

— Vocês apenas conhecem o que eu me disponho a deixar que conheçam. -ele diz.

— Então quer dizer que tudo o que faz comigo é uma mentira?

— Eu não disse isso.

— Mas insinuou.

— Hoje você está muito briguenta, Adele.

Eu estremeço, ele nunca diz o meu nome, nunca.

— Perdão, mi lorde. -digo.

Ele caminha até mim em passos cautelosos.

— Devo puní-la? -ele ergue meu queixo.

Sei bem quais as suas punições, e para mim não chegam a ser punições.

— A decisão é sua. -inspiro.

Ele me puxa pela mão, suas sombras abrem o meu vestido, o mesmo vai ao chão, junto das peças de renda.

Azriel me põem deitada na mesa e eu ofego.

Minhas mãos tateiam seu corpo. Minha boca o beija com fervor.

 Corte De Amantes OcultasOnde histórias criam vida. Descubra agora