Capítulo 7

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Tobirama estava agora conhecendo a noiva do irmão.

Tobirama havia dito a Hashirama como Madara estava, e apesar de se sentir mal, Hashirama não podia voltar atrás, Mito seria sua esposa, mesmo que ele não amasse a Uzumaki.

Tobirama por acaso havia entrado na sala de Hashirama e ele estava conversando com a mulher.

Ela se levantou enquanto Hashirama apresentava aos dois.

— É um prazer. – disse ela.

— O que precisava irmão? – perguntou Hashirama.

— Madara está aqui pra vê-lo.

Hashirama estranhou um pouco a ação, mas pediu licença e saiu, deixando Tobirama e a mulher sozinhos.

— Hashirama me disse que é um estudioso. – falou ela.

— Eu sou. – respondeu Tobirama taciturno.

Ela o analisou.

— É um novo Jutsu?

Tobirama concordou.

— Eu nunca fui capaz de desenvolver nenhum jutsu, como é o processo?

Tobirama olhou para ela, Mito, uma mulher bonita, ruiva e provinda do clã Uzumaki, um clã conhecido por ser todo especializado em jutsus de selamento, além da longevidade.

— É um processo simples, não muito fácil, mas simples. Você reúne chakra enquanto faz os sinais de mão e infunde seu elemento enquanto libera o chakra. A forma como você vai liberar, só depende de você. Ninguém consegue logo numa primeira tentativa, mas a tentativa e erro é o básico. Anotar o progresso também é muito importante.

Mito olhava para ele e ele podia ver seus olhos brilhando pelo conhecimento absorvido.

— Precisa de ajuda?

Tobirama negou, ele não queria alguém se envolvendo em uma técnica que seria considerada tão antiética.

— Por enquanto eu estou só estudando, preciso achar uma forma de completar o jutsu.

— É um Jutsu médico? Meu clã tem um Chakra especial pra isso.

— Eu agradeço sua disponibilidade, mas eu não preciso de ajuda, ainda não sei o que estou procurando.

— Tudo bem então. Você vai ao casamento não é? – perguntou ela.

Tobirama concordou.

— Vou, é importante pro Hashi.

Ela sorriu.

Tobirama fez uma reverência e saiu.

Precisava voltar ao trabalho.

[...]

Tobirama lia e lia, estava de noite e ele não tinha sono, então ele apenas lia os pergaminhos antigos sobre ninjutsu médico, quem sabe não poderia ser útil para completar o jutsu.

Nada parecia ajudar, dos pergaminhos de ninjutsu médico ele passou aos pergaminhos sobre morte.

Esses ajudavam menos ainda, eles falavam sobre incensos, orações, o processo de reencarnação, os Shinigami; mas nada que ajudasse Tobirama.

Tobirama já estava cansado, era quase dia quando ele deixou os pergaminhos de lado e resolveu sair.

[...]

Tobirama estava no clã Uchiha.

Ele sabia que Madara o deixava fazer isso apenas por não ter forças de sair e impedir.

Tobirama ascendeu um incenso em frente à lápide.

Era uma coisa estranha fazer isso, parecia errado, parecia... Frio.

Tobirama ajoelhou e depois inclinou a cabeça até ela tocar o chão.

— Eu juro Izuna, posso passar a vida nesse trabalho, mas eu vou terminar, por você.

Ele podia jurar que sentia o vento acariciando o seu cabelo, como se Izuna dissesse: Eu sei, projeto de Uchiha.

Tobirama levantou o tronco e olhou para a lápide. Estava de frente para o pôr da lua, e em pouco tempo, os primeiros raios de sol bateriam em suas costas, ele olhou para a lápide e tentou sentir Izuna, mas aquilo era só uma pedra fria e não tinha nada do calor do Uchiha.

Tobirama se levantou, virou as costas e não olhou para trás, mais determinado do que nunca.

[...]

Tobirama estava no casamento de Hashirama, um casamento tradicional.

Ele não sabia o que Madara tinha dito para Hashirama, e nem como o irmão havia convencido Madara a ir, mas lá estava Madara, arrumado assistindo a cerimônia.

Tobirama não se lembrou de metade da cerimônia assim que ela acabou.

Todos foram para a festa comemorar, e Tobirama foi, fazia tempo que ele não bebia, e fazia mais tempo ainda que não relaxava.

Ele se obrigou a relaxar no casamento do irmão, se recusou a pensar na pesquisa e em qualquer outra obrigação.

Tobirama não estava feliz, não estava triste e nem se divertindo, apenas vivendo o momento em que ele podia deixar de existir um pouco.

Madara se aproximou dele.

— Acha que ele está feliz? Perguntou Madara.

Tobirama olhou para o irmão que sorria.

— Acho que ele está fazendo o que tem que fazer.

Madara ficou pensativo.

— Fui falar com o Hashirama aquele dia, sobre a situação do clã Uchiha, estamos voltando aos poucos a ser o que éramos antes, somos poucos, mas logo seremos mais numerosos, e queremos ajudar, a vila também é nossa. Ele me pediu para vir, por ele.

— E você veio.

— Ele sempre conseguia o que queria comigo. Mas... A Mito também veio falar comigo, ela disse que Hashirama tinha contado para ela a situação entre nós. O mais estranho é que ela disse que não se importaria se eu continuasse tendo uma relação com ele, disse até que prefere que seja assim.

Tobirama olhou para a ruiva.

— Ela me surpreendeu um pouco também.

— Ela disse que quer Hashirama feliz.

— Então... Você vai aceitar? – perguntou o Albino.

— Eu não sei.

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⏰ Última atualização: Mar 17, 2022 ⏰

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Edo Tensei - Reencarnação impuraOnde histórias criam vida. Descubra agora