Tobirama estava agora conhecendo a noiva do irmão.
Tobirama havia dito a Hashirama como Madara estava, e apesar de se sentir mal, Hashirama não podia voltar atrás, Mito seria sua esposa, mesmo que ele não amasse a Uzumaki.
Tobirama por acaso havia entrado na sala de Hashirama e ele estava conversando com a mulher.
Ela se levantou enquanto Hashirama apresentava aos dois.
— É um prazer. – disse ela.
— O que precisava irmão? – perguntou Hashirama.
— Madara está aqui pra vê-lo.
Hashirama estranhou um pouco a ação, mas pediu licença e saiu, deixando Tobirama e a mulher sozinhos.
— Hashirama me disse que é um estudioso. – falou ela.
— Eu sou. – respondeu Tobirama taciturno.
Ela o analisou.
— É um novo Jutsu?
Tobirama concordou.
— Eu nunca fui capaz de desenvolver nenhum jutsu, como é o processo?
Tobirama olhou para ela, Mito, uma mulher bonita, ruiva e provinda do clã Uzumaki, um clã conhecido por ser todo especializado em jutsus de selamento, além da longevidade.
— É um processo simples, não muito fácil, mas simples. Você reúne chakra enquanto faz os sinais de mão e infunde seu elemento enquanto libera o chakra. A forma como você vai liberar, só depende de você. Ninguém consegue logo numa primeira tentativa, mas a tentativa e erro é o básico. Anotar o progresso também é muito importante.
Mito olhava para ele e ele podia ver seus olhos brilhando pelo conhecimento absorvido.
— Precisa de ajuda?
Tobirama negou, ele não queria alguém se envolvendo em uma técnica que seria considerada tão antiética.
— Por enquanto eu estou só estudando, preciso achar uma forma de completar o jutsu.
— É um Jutsu médico? Meu clã tem um Chakra especial pra isso.
— Eu agradeço sua disponibilidade, mas eu não preciso de ajuda, ainda não sei o que estou procurando.
— Tudo bem então. Você vai ao casamento não é? – perguntou ela.
Tobirama concordou.
— Vou, é importante pro Hashi.
Ela sorriu.
Tobirama fez uma reverência e saiu.
Precisava voltar ao trabalho.
[...]
Tobirama lia e lia, estava de noite e ele não tinha sono, então ele apenas lia os pergaminhos antigos sobre ninjutsu médico, quem sabe não poderia ser útil para completar o jutsu.
Nada parecia ajudar, dos pergaminhos de ninjutsu médico ele passou aos pergaminhos sobre morte.
Esses ajudavam menos ainda, eles falavam sobre incensos, orações, o processo de reencarnação, os Shinigami; mas nada que ajudasse Tobirama.
Tobirama já estava cansado, era quase dia quando ele deixou os pergaminhos de lado e resolveu sair.
[...]
Tobirama estava no clã Uchiha.
Ele sabia que Madara o deixava fazer isso apenas por não ter forças de sair e impedir.
Tobirama ascendeu um incenso em frente à lápide.
Era uma coisa estranha fazer isso, parecia errado, parecia... Frio.
Tobirama ajoelhou e depois inclinou a cabeça até ela tocar o chão.
— Eu juro Izuna, posso passar a vida nesse trabalho, mas eu vou terminar, por você.
Ele podia jurar que sentia o vento acariciando o seu cabelo, como se Izuna dissesse: Eu sei, projeto de Uchiha.
Tobirama levantou o tronco e olhou para a lápide. Estava de frente para o pôr da lua, e em pouco tempo, os primeiros raios de sol bateriam em suas costas, ele olhou para a lápide e tentou sentir Izuna, mas aquilo era só uma pedra fria e não tinha nada do calor do Uchiha.
Tobirama se levantou, virou as costas e não olhou para trás, mais determinado do que nunca.
[...]
Tobirama estava no casamento de Hashirama, um casamento tradicional.
Ele não sabia o que Madara tinha dito para Hashirama, e nem como o irmão havia convencido Madara a ir, mas lá estava Madara, arrumado assistindo a cerimônia.
Tobirama não se lembrou de metade da cerimônia assim que ela acabou.
Todos foram para a festa comemorar, e Tobirama foi, fazia tempo que ele não bebia, e fazia mais tempo ainda que não relaxava.
Ele se obrigou a relaxar no casamento do irmão, se recusou a pensar na pesquisa e em qualquer outra obrigação.
Tobirama não estava feliz, não estava triste e nem se divertindo, apenas vivendo o momento em que ele podia deixar de existir um pouco.
Madara se aproximou dele.
— Acha que ele está feliz? Perguntou Madara.
Tobirama olhou para o irmão que sorria.
— Acho que ele está fazendo o que tem que fazer.
Madara ficou pensativo.
— Fui falar com o Hashirama aquele dia, sobre a situação do clã Uchiha, estamos voltando aos poucos a ser o que éramos antes, somos poucos, mas logo seremos mais numerosos, e queremos ajudar, a vila também é nossa. Ele me pediu para vir, por ele.
— E você veio.
— Ele sempre conseguia o que queria comigo. Mas... A Mito também veio falar comigo, ela disse que Hashirama tinha contado para ela a situação entre nós. O mais estranho é que ela disse que não se importaria se eu continuasse tendo uma relação com ele, disse até que prefere que seja assim.
Tobirama olhou para a ruiva.
— Ela me surpreendeu um pouco também.
— Ela disse que quer Hashirama feliz.
— Então... Você vai aceitar? – perguntou o Albino.
— Eu não sei.
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Edo Tensei - Reencarnação impura
FanfictionA vida na guerra tira pessoas importantes de nós, e infelizmente não podemos fazer nada para mudar isso, mas havia uma pessoa que podia. Essa história pode conter gatilhos como: Agressão Morte Estupro