3-Cores e Luzes

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Ao abrir a porta, uma onda de luzes coloridas tão forte inundou meus olhos que tomei um instante para me acostumar.

Ao abrir a porta, uma onda de luzes coloridas tão forte inundou meus olhos que tomei um instante para me acostumar

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(Sonho de todo idoso gamer)

Para onde quer que eu olhasse havia máquinas de fliperama, brinquedos e joguinhos de parques de diversão.

E tudo isso parecia estar dentro de algum tipo de galpão muito grande. Tanto que eu mal enxergava as paredes em volta.

Eu nem sei se aquilo tinha um fim.

As únicas coisas em que eu prestava atenção eram nas luzes coloridas e nos corredores de dezenas, talvez centenas, de videogames.

Eu simplesmente não acreditava onde eu estava.

Passei os próximos instantes de boca aberta e olhos arregalados antes de decidir tomar alguma atitude.

Comecei a caminhar devagar pelos corredores, incapaz de pensar direito.

Foram segundos ou minutos, eu não saberia dizer.

Até porque, naquele momento, nem passava pela minha cabeça questionar tudo aquilo..

Mas, de repente, eu parei.

Não porque eu havia enjoado de toda aquela informação eletrônica e brilhante e colorida, não..

Foi porque eu ouvi um barulho.

Um barulho diferente dos bip-bops das máquinas..

Eram vozes.

Não que eu conseguisse entender o que elas diziam, era um barulho baixinho, como se estivessem muito distantes de mim.

Tentei identificar de onde as vozes saíam, então voltei a caminhar, mas agora na direção delas.

Quanto mais perto eu chegava, mais altas as vozes ficavam.

Até que eu comecei a entender uma frase ou outra.

"Eu não sei, dessa vez parece que tem algo errado."

"Também acho, estou com um mau pressentimento.."

"Vocês são muito paranóicos."

"Até porque não é a primeira vez."

"Não me convenceu, mas ok."

"Pelo amor de Deus, isso é tão simples quanto das outras vezes."

Em algum momento, pela voz ou pelo jeito de falar, percebi que parecia um grupo de adolescentes discutindo.

"Larga de frescura, vai."

"Tá. Aí quando der ruim pra gente eu quero ver."

"É fazer o que Eles mandaram a gente fazer de uma vez."

"Exato."

"Mas dessa vez é diferente. El■ não parece tão ingênu■ quanto os outros."

"Ah tá. E el■ vai fazer o quê? Sair daqui é que não vai ser! Ha!"

Eu não entendi a graça da piada, só sei que todos riram.

Aproveitei o barulho para tentar ver seus rostos.

Eles estavam logo atrás de uma das fileiras de videogames e eu do lado oposto.

Caminhei lentamente até um espaço maior entre as máquinas que nos separavam e estiquei o pescoço para tentar ver algo.

Mas a maior parte deles estava de costas para mim.

Dei mais um passo para dentro daquele vão entre duas máquinas.

Dessa vez eu quase vi o rosto de alguém, mas as costas de outro deles passaram bem na minha frente, bloqueando minha visão.

Aquilo já estava me irritando.

Me obriguei a dar mais um passo, me espremendo entre as máquinas, eu estava quase lá, quase lá..

Porém, eu esqueci de dosar a força, e de repente acabei atravessando o vão e saindo do lado do corredor em que eles estavam, como uma rolha saindo do bico de uma garrafa.

E como se não fosse o suficiente, descobri tarde demais que meu pé havia se enroscado em um fio que estava no chão entre os dois videogames.

Caí de uma vez, de cara no chão.

Poft!

Minha vista ficou preta e meu rosto se preencheu de uma dor que se espalhou pelo resto da minha cabeça.

Era impossível eles não terem me visto agora.. que eu havia caído bem entre eles.

!□¡¡[]□□![][][]¡□![]¡  (Eu Procuro por Você!)Onde histórias criam vida. Descubra agora