17-Antessala

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Passei pela porta com a multidão de silhuetas a poucos metros atrás de mim e a fechei com força.

E elas não conseguiram abri-la de novo.

Apoiei o corpo contra a parede, tentando controlar a minha respiração.

Apoiei o corpo contra a parede, tentando controlar a minha respiração

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(Um momento para descansar)

Olhei ao meu redor.

Agora eu estava em um corredor, no topo de outra escada coberta de carpete, ela fazia uma curva irregular.
Um único lustre brilhava no teto baixo.

Era tranquilo ali.

Estranhamente tranquilo.

Mas não era totalmente silencioso.

Eu ouvia sons através das paredes.
Sons abafados.

Como risadas, passos, arrastar de móveis, bater de talheres, murmúrios de eletrodomésticos, pessoas conversando..

Era agradável de ouvir.

Deslizei o corpo pela parede até o chão e me sentei na escada, buscando um pouco mais daquela faísca de normalidade que havia naquele momento, encostando a cabeça e fechando os olhos.

Era como se estivesse tudo bem.

A parede cor de salmão era fria, mas a textura morna do carpete era agradável sob minhas mãos.

Meu coração havia voltado a bater normalmente.

Abracei o próprio corpo, me empertigando.
Eu me sentia tão menor.

Tão frágil e impotente.

Eu só precisava de um instante, e aquele bastava.

Uma melancolia muito forte pulsou dentro de mim.

Era como se estivesse tudo bem.

Mas não passava de uma mentira.

Eu ainda estava naquele mundo anormal e maldito, onde o tempo não existia e (quase) todas as pessoas eram vazias.

E no momento em que eu me lembrei disso, os sons pararam.

Silêncio.

Anormal e infeliz silêncio.

Eu tinha que me lembrar a todo instante do inferno em que eu estava.

Me levantei e respirei fundo.

(Recomponha-se!)
Pensei.

Eu precisava seguir em frente.
Me perguntei quantas vezes eu me repetiria isso.

Terminei de descer os degraus e abri a porta no fim das escadas.

!□¡¡[]□□![][][]¡□![]¡  (Eu Procuro por Você!)Onde histórias criam vida. Descubra agora