Nheeim, nheeim, nheeim...
Vem lá o carro,
No passo moroso dos bois.
Nheeim, nheeim, nheeim...
Na lida, ganhando a vida,
A carreta gemendo vem.
Nheeim, nheeim, nheeim...
Candeeiro, carreiro, novilho.
Canto, lamento ou gemido?
Pouco importa o sentido!
Na lida, cortando a estrada,
A cambona, chiando, vem.
Nheeim, nheeim, nheeim...
No passo moroso dos bois
O homem, o tempo, lamenta.
Nheeim, nheeim, nheeim...
Na vida, contando prosa,
O carreiro, vaidoso, vem.
Nheeim, nheeim, nheeim...
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E SOPRO, E CATO, E GUARDO O VENTO: PROSA E POESIA
PoetryNOS RUÍDOS DA POESIA Nasci e fui criado na cidade de São João del-Rei, Minas Gerais. Em pequeno, gostava de ouvir histórias contadas e recontadas por meu avô, Geraldo Corneteiro. Homem invisível, desimportante e de pouca escola, mas ilustrado e cerc...