Do joá-bravo e do formigueiro

18 2 0
                                    

numa tarde de tanajuras e Sol brejeiro, cigarras zunem seus chiados,

entre tocos de ipê, pés de manga, laranja, abacate e limão-rosa.

formigas quenquéns trilham, enfileiradas e agressivas, o chão bruto do quintal,

invadindo esterqueira, joá-bravo, galinheiro, gravetos, curral, silo e plantações.

enquanto isso, debaixo da quaresmeira, um homem roçando o pasto,

vasculha o trabalho miúdo, atrevido e teimoso de ervas daninhas e insetos.

por mais que faça, na lida incansável da roça, dia a dia, mês a mês, ano inteiro,

o roceiro não consegue dar cabo do joá-bravo e do formigueiro.

E SOPRO, E CATO, E GUARDO O VENTO: PROSA E POESIAOnde histórias criam vida. Descubra agora