poeta, tens o dom da palavra em teus lábios.
lavras e recompões a vida, abismado pela invenção.
não te falta o vazio, a solidão, a dor, o abandono.
sentes, e sinto contigo, o quanto te tem sido vã
a procura da palavra dicionarizada,
o encontro com o tédio, o medo e a flor.
poeta, toma a palavra e canta
por mim
o que não sei fazer assim,
tão naturalmente como tu.
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E SOPRO, E CATO, E GUARDO O VENTO: PROSA E POESIA
PoetryNOS RUÍDOS DA POESIA Nasci e fui criado na cidade de São João del-Rei, Minas Gerais. Em pequeno, gostava de ouvir histórias contadas e recontadas por meu avô, Geraldo Corneteiro. Homem invisível, desimportante e de pouca escola, mas ilustrado e cerc...