Branco, livre, pobre

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Os homens estão todos descalços.

Escravos, negros e mulatos,

Gente forra e gente livre.

A Colônia, de São José del-Rei a São João,

É lonjura de cercas, porteiras e cavalos,

Onde a passarinhada canta,

No regalo de pitangas e jabuticabas.

No centro de Vila Rica, a Soberba.

Ladeiras e ladeiras do passado:

Igrejas, pacinhos, ouro e pedra sabão.

Nessas terras morenas de palmeiras e preás,

A chalaça de ser branco, livre, lusitano e pobre.

Um carro de bois tocado por bodes...

E SOPRO, E CATO, E GUARDO O VENTO: PROSA E POESIAOnde histórias criam vida. Descubra agora