inverno

157 23 19
                                        

oi pessoinhas ><

cap curtinho e sendo sincera com vcs, eu queria ter planejado um pouquinho mais essa segunda parte, então esse início vai ser beeeem simplezinho msm. espero que não esteja tão ruim, apesar de ser um dos caps que to menos confiante até aqui sheushue ainda assim, acho necessário já que a vida deles tá mudando e vcs precisam acompanhar esse processo tb :3

em resumo: cap de transição, nao esperem mt kk

boa leitura e não esqueçam do votinho e comentário! só assim pra saber como nossa nenê tá indo ~


No inverno de noventa e sete, Donghyuck e Dongyoon seriam aceitos no programa de trainees da Tendery Entertainment, uma empresa de médio porte que alavancava a carreira de jovens atores iniciantes. Tinha sido um dia longo, os pés doíam quando chegaram no quarto de hotel completamente desacreditados que passariam na audição. Foram nove horas esperando nos corredores tumultuados por outros aspirantes a atores e atrizes até que seus nomes fossem chamados, Donghyuck tão cansado e ansioso que não se lembrava de nada depois da permissão do diretor que acompanhava os testes para que começassem. Era uma cena relativamente simples, uma discussão entre um casal que terminava em abraços. Ele interpretou com Dongyoon e quando ela afagou suas costas, Donghyuck quase chorou. Exausto e frustrado. Sabia que poderia ter sido muito melhor do que isso.

Uma semana depois, em cartas separadas, a confirmação fez seu mundo parar por um momento antes que ele disparasse atrás de Dongyoon para carregá-la no colo em um abraço apertado que os fez chorar um pouquinho, emocionando a mãe, que ainda usava o avental amarelo depois de colocar um bolo para assar no forno.

A mudança foi caótica. Não teriam muito tempo para organizarem tudo o que precisavam e partir para Seul para começarem o programa. Discutiram um total de cinco vezes no mesmo dia, mas quando se acomodaram no dormitório, em camas que tocavam paredes opostas, eles sorriram juntos. E junto daquele sentimento de realizar um sonho, vinha outro ainda mais avassalador: alívio. Mesmo precisando morar a quilômetros de Yejin, mesmo precisando deixar tudo o que conheciam para trás, mentiriam se dissessem que não era nem um pouco libertador.

As aulas eram intensas, tanto quanto as cobranças dos professores e aquelas piores ainda – as que vinham deles mesmos. Para Donghyuck, se trancar no banheiro para chorar viraria rotina. Ninguém havia contado que a estrada para os sonhos não era feita de flores, seus pés doíam, calejados pelos buracos e pedras que pisoteava todos os dias. Mas quando se questionava se valeria a pena continuar, se estava disposto a desistir de tudo aquilo e voltar para casa, Donghyuck percebia que os momentos ruins eram apenas isso: momentos. Assim como os felizes ainda viriam.

Quando recebeu sua primeira avaliação positiva, dois meses depois da mudança, sua mãe deixou que escolhesse um presente. Donghyuck escolheu ter um telefone no quarto que dividia com a irmã e desde então, conversar com Jeno, além de mais fácil, se tornou uma tradição. Ligava religiosamente duas vezes por mês para conversar com o melhor amigo quando suas pausas coincidiam com os horários livres dele e era como se nada tivesse mudado.

Não entre eles, pelo menos.

– Ele está esquisito, Hyuck – Jeno reclamou, o indicador brincava com o fio que imitava um cachinho na base do telefone, os olhos indo até a porta, atentos a quem passaria para o lado de dentro – Ele está tratando meus pais bem, mas eu o conheço. Ele está desconfortável com alguma coisa.

Donghyuck suspirou. Da janela do dormitório, via um pôr-do-sol narcisista contra o horizonte, lentamente se esvaindo enquanto suas cores exuberantes pareciam acenar pelas nuvens. Sorriu, era seu momento favorito do dia.

90's Love | norenminOnde histórias criam vida. Descubra agora