começos

339 33 91
                                    

Oi pessoinhas ><

Cap mais cedo pq já começamos com atividades da facul por aqui

Tem um pouco de td nesse cap e espero que vcs n me taquem pedra no final *rindo de nervorser*

Boa leitura e não esqueçam o votinho e os comentários ~


O amanhecer despertou corpos cansados, como se não houvessem dormido por um instante sequer durante a noite mais tumultuosa de suas vidas. Quando Donghyuck abriu os olhos, a primeira visão que teve foi a de Jeno sentado abraçado aos joelhos, os olhos presos aos corpos esparramados de Renjun e Jaemin, o semblante cansado de quem não tinha encontrado descanso nenhum no passar da noite. Se espreguiçou e libertou o corpo do abraço de Mark antes de sentar, coçar a cabeça e limpar as marcas de sono do canto da boca.

– Bom dia – desejou baixinho para não acordar o restante deles. Jeno o olhou e Donghyuck apertou os lábios quando viu o mais triste e cansado dos sorrisos nascer nos lábios ressequidos.

– Bom dia – ele desejou de volta, um tom baixo e quase sem vida que o preocupou tanto quanto a pele fina e pálida e as olheiras fundas.

– Você está bem? – perguntou, se aproximando com cuidado, desviando dos corpos de Chenle e Jisung pelo caminho. Jeno assentiu, mas Donghyuck viu o lábio inferior dele tremer e a ponta do nariz se colorir de vermelho. Franziu o cenho sentindo o coração doer quando o tocou no ombro, mas Jeno nada mais disse. Suspirando, se colocou de pé – Vou preparar nosso café.

Jeno o observou se afastar antes de esticar o próprio corpo, se sentindo tonto quando ficou de pé.

– Vou usar o banheiro – anunciou e Donghyuck acompanhou os passos lentos e a disposição fraca do corpo enquanto ele subia as escadas, os ombros morgados para frente, os olhos no chão.

Mordeu a boca e se perguntou o que seria a melhor atitude entre dá-lo o espaço que ele parecia procurar ou insistir mais um pouco no que tanto o afetava.

Do lado de cima, Jeno escorou as costas na parede do lado de fora do banheiro e fechou os olhos. Sentia o cansaço de uma vida sem dormir, todos os músculos doloridos como se tivesse passado a noite tencionando-os. A nuca fisgava e ele sentiu o bolor horrível do choro sufocá-lo ao parar na garganta. Prendendo a respiração, deixou o corpo deslizar até o chão, passando os dedos pelos cabelos e abaixando a cabeça para contar a própria respiração, tentando atrasar as lágrimas.

O problema dos momentos em que nos encontramos em nossos momentos mais frágeis e vulneráveis é que qualquer gesto de cuidado e conforto faz tudo explodir, como se o fio vermelho de uma bomba fosse cortado. E Jeno sentiu que estava por um fio quando sentiu o cheiro já familiar de Donghyuck e o calor dos braços dele o puxando para um abraço.

– Jeno – ele chamou, uma dor fraternal na voz que o desmontou de vez. Donghyuck não falou mais nada, apenas apoiou o próprio corpo na parede para ter forças para sustentar o de Jeno.

Os ombros fortes tremiam e os dedos pareciam cegos e desesperados ao agarrá-lo pela camisa. Jeno chorou copiosamente como uma criança, soluços profundos e sentidos, lágrimas grossas e quentes. Sentia sal nos lábios e a sujeira da noite anterior impregnando seu corpo com suor e poeira. Se sentia tão cansado e tão assustado como se ainda estivesse no meio da confusão da praça.

– Eles bateram tanto na cabeça dele, Hyuck – Donghyuck prendeu o lábio nos dentes e fechou os olhos, abraçando-o mais apertado enquanto tentava conter o próprio choro ao ouvir tanta dor nas palavras dele, de ser relembrado dos momentos assustadores que viveram horas antes – Quando ele desmaiou – o corpo de Jeno tremeu – Eu morri de medo... Morri de medo dele...

90's Love | norenminOnde histórias criam vida. Descubra agora