4 capítulo

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Boa leitura 📚
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Uma luz irritante me faz querer fechar ainda mais os olhos. Minha cabeça está pensando toneladas e o gosto caracteristico de álcool pode ser sentido em minha boca. Olho o ambiente e reconheço meu quarto, porém não me recordo com clareza como retornei ao meu lar doce lar. Levanto e tudo gira.

Nossa, devo ter tomado todas, tenho um organismo bem tolerante a bebida, mas parece que dessa vez superei esse limite de resistência.

Ao levantar noto meu completo estado de nudez, me xingo mentalmente porque isso só pode significar uma coisa. Olho para outro lado da cama e vejo o corpo também nu de Lauana. Porra, Marilia! De novo não. Eu havia prometido a mim mesma que não teria mais nenhum tipo de envolvimento com ela, a última vez foi desastrosa. Meu celular começa a tocar, o som faz minha cabeça doer com o dobro de vontade.

-Marilia desligue essa porcaria! - Lauana diz escondendo o rosto no travesseiro. Visto um robe e por fim atendo o telefone, é Paula.

-Não me diga que você dormiu com Lauana novamente? - Droga! Saio do quarto e vou até a cozinha preparar um café bem forte.

-Isso não é da sua conta!

-Irei encarar isso como um sim. Marilia, Marilia... Onde está sua força de vontade?

- Por que está me ligando a essa hora Paula? - Pergunto.

-Já passa das 8hr para seu governo. - O que? Porra, irei me atrasar.

- Tenho que desligar estou em cima da hora.

- Venha até minha sala assim que possível. Ah! Sugiro que compre um jornal antes de vim para empresa.

-Por que eu faria isso?

- Você estampa a primeira página de fofocas.

-Que merda! - Desligo e volto ao quarto, Lauana está praticamente desmaiada, não tenho tempo para discutir com ela.

Tomo um banho rápido e desço com minhas roupas até a sala. Visto uma calça preta social, uma blusa preta com um decote não muito grande, visto também um terninho preto. Deixo meu cabelo solto, liso, não teria tempo para fazer babyliss, pego meus óculos escuros e desco até a garagem pegando minha BMW prata, acelero e encaro o trânsito agitado de New York.

Ao chegar no prédio que serve como sede da empresa passo pelo saguão com cara de poucos amigos, pego o elevador e vou diretamente para o 37° andar, o elevador espelhado me permite uma última avaliação do meu visual, parece bom. As portas se abrem, saio do elevador e ando em direção a minha sala. Assim que entro na mesma, Marcela minha secretária, surge me passando os compromissos do dia.

-Você está atrasada! - Ela diz com seu humor adorável de sempre.

- Bom dia pra você também.

- O dia hoje será cheio. Já cancelei qualquer chance de almoço com Paula.

- Uau. Tenho tantos compromissos assim? - Pergunto desanimada.

- Quatro reuniões só durante a manhã.

- Tenho tempo para um café? - Marcela olha para o relógio.

-Exatos 6 minutos. Irei providenciar um café agora mesmo.

- Poderia me trazer um jornal também?

-Paula deixou um para você, está em sua mesa.

- Obrigada Marcela. - Ela se retira e vou até minha mesa onde pego o jornal.

"Marilia Mendonça, a nova rica   de  New  York encanta ao dançar música indiana Com Lauana Prado."

Resolvo simplesmente ignorar o resto do conteúdo. Essas pessoas não tem mais o que fazer? Não suporto toda essa coisa forçada, essas normas irritantes, a quantidade absurda de garfos. Sinto tanta falta da simplicidade da casa onde fui criada, saudades da vida na fazenda e principalmente saudades de Ruth Mendonça. Você foi tão cedo mãe, tão cedo!

Aulas de sedução-malila Onde histórias criam vida. Descubra agora