13 Capítulo

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Boa leitura 📚

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Sai do escritório de Marilia com ainda mais dúvidas do que imaginava. Minhas mãos estão tremendo, enquanto seguro o volante, em minha garganta prendo o choro. A culpa domina cada parte de mim, mas a sensação de prazer ainda está em meus sentidos. Meu corpo parece ter sido liberto de alguma amarra, me sinto culpada e ao mesmo tempo livre. Ao chegar em casa sigo diretamente para meu quarto, ignoro as perguntas lançadas por minha mãe e me deixo relaxar durante um longo banho, ao me livrar das roupas noto as marcas deixadas por Marilia. Minhas coxas estão com marcas de arranhões e em meu pescoço um roxo intenso se destaca.

Maldita! Ela fez de propósito.

Visto meu pijama e me escondo sob os lençóis, assim que fecho meus olhos imagens de hoje mais cedo surgem em minha mente, posso ver claramente meu corpo sobre a mesa e sobre ele o de Marilia, sinto de um jeito assustadoramente real seus lábios sobre os meus, o gosto, a suavidade. Cubro meu rosto e me nego a pensar no que aconteceu novamente.

- Não foi real, não foi real... Ignore... Você não fez aquilo, não era você... Foi horrível... Foi horrível.... Foi... Ahhh... Não foi horrível!!

- O que não foi horrível? - Bruno puxa o lençol sobre minha cabeça e me fita curioso.

- Qual seu problema com batidas na porta? - Pergunto levando a mão ao coração.

- Adoro causar esse efeito em você. Então, o que foi horrível e depois não foi Horrível?

- Nada!

- Fala logo!

- Não há o que falar!

-Sério? Não é o que esse roxo em seu pescoço diz. - Droga! - Pode ir contando tudo e não me esconda nada.

- Transei com... Mari...lia...

- Maraisa não estou entendo o que quer dizer. Você transou com...?

- M...A ... - Bruno revira os olhos.

- Diga logo ou terei uma síncope.

- MariliaMendonça.

- Agora entendi. - Ele para e seus olhos abrem exageradamente. - Você disse, Marilia Mendonça? Aquela Marilia Mendonça?

-Não me lembro de existir outra. E fale mais baixo, não quero que meia New York fique sabendo.

- Me conte tudo.

- Bruno, não!

- Maraisa,sim! Comece!

***

Corro pelas ruas próximas ao meu apartamento, em minha cabeça a melodia de "Oh children" chega através dos fones de ouvido, corro por quase uma hora, meus pés estão em chamas, mas continuo a correr, quero arrancar do meu corpo toda essa tensão, essa vontade de ter Maraisa novamente, a cada segundo as lembranças daquela cena fazem meu corpo vibrar. Aumento o volume tentando deixar a letra superar todo e qualquer pensamento.

Mamãe adorava essa canção, sempre a cantava para mim, foi a primeira que aprendi a dedilhar no piano, ela ficara tão emocionada quando a homenagiei com essa música durante seu aniversário de 40 anos. Mamãe, você iria adorar conhecer Maraisa, tenho certeza que seriam amigas.

Retorno ao prédio, assim que chego a portaria encontro Maiara a minha espera.

- Achei que não voltaria nunca.

- Olá Mai. - Digo retirando os fones e me dirijo ao elevador, Maiara vem atrás de mim.

- Você está terrivelmente suada.

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