Capítulo 7 - O fim de Charley

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Fui até o apartamento de Larry e pra minha surpresa Lisa estava na sala, bom, já estava tarde então é justo que ela já tenho parado de fazer manutenções por hoje, assim que me viu ela deu um sorriso:

Lisa: Raissa! Que prazer ver vc aqui, fico feliz que tenha seguido meu conselho de nos conhecer e veio na hora certa, eu já estava lavando as mãos pra começar a cozinhar

Eu: oi Lisa! É eu e Sal viemos conhecer Larry mais cedo e eu prometi pra ele q voltava agora mais tarde

Lisa: isso é ótimo vc gosta de lasanha?

Larry apareceu saindo do quarto e respondendo: sim ela gosta kk eu fiz a mesma pergunta a poucos minutos atrás

Lisa: e isso quer dizer que vc vai ficar?

Eu: não sei ainda na verdade

Lisa: ah claro que vem! Não vou deixar vc ficar lá no seu apartamento sozinha, comendo algo que não é lasanha, vai vir vc e o Sal, falando nisso, cadê ele?

Eu: ele ainda está conhecendo os vizinhos, ao contrário de mim ele é mais sociável, eu só conheço vcs pq vc e Sal apareceu lá em casa mais cedo Lisa, senão eu ainda não conheceria ninguém

Larry: então todos concordamos que te visitar foi a melhor decisão que Sal tomou hoje

Lisa: eu não ouso discordar kk vou começar a cozinhar, aviso vcs quando estiver pronto

Eu: vc quer ajuda?

Lisa: oq? Não claro que não, nunca ousaria deixar visita me ajudar com algo aqui

Eu: imagina Lisa, seria um prazer

Lisa: não não, faz companhia com o Larry, já já eu chamo vcs pra jantarem

Larry riu e eu cedi e fui com ele até seu quarto, esse lugar já está ficando quase tão familiar quanto minha própria casa, assim que me sentei no pufe, ele falou:

Larry: não repara, o negocio é que minha mãe é ligada no 220v e no que depender dela, ela faz tudo sozinha, eu já sabia que ela não ia deixar vc ajudar, mas eu sabia que enquanto vc não recebesse um não diretamente dela, vc não ia sossegar

Eu: pelo jeito vc tbm já está começando a me conhecer de verdade

Larry: ah eu já ouvi falar que eu sou muito bom em ler as pessoas, talvez seja verdade

Eu: talvez, mas uma coisa eu posso afirmar, vc pinta muito bem, seus quadros são lindos, de verdade (falei enquanto olhava alguns dos vários quadros que ele tinha no quarto)

Larry: Aw valeu, são minhas paixões

Eu sorri e Sal finalmente apareceu com o brinquedo, ele tava com o saco de plástico que Larry deu na mão e dentro do saco, um unicórnio de pelúcia ensanguentado. Bizarro. Sal falou:

Sal: Consegui o brinquedo!

Larry: Muito bem Sr. Trombadinha! Eu sabia que conseguiria!

Sal: valeu cara, fiquei nervoso por um momento

Eu: imagino, ele caiu fácil na historinha do chá?

Sal: não, justo hj ele não queria chá, tive que inventar que era uma nova receita, aí quando eu disse isso ele se convenceu

Eu: kkk genial

Sal riu e Larry continuou:

Larry: agora só falta entregar isso para o detetive e tudo acaba.

Eu: finalmente!

Sal: ok, vamos lá entregar?

Eu e Larry concordamos e depois de prometermos pra Lisa que voltaríamos para o jantar, fomos todos juntos entregar a evidência, fomos em silêncio, mas não era um silêncio constrangedor, era um silêncio bom, confortável, apesar das circunstâncias, parecia que o suporte que a gnt se dava entre nós 3, aliviava tudo. Chegamos ao térreo, onde o detetive estava e ele cumprimentou eu e o Sal e estranhou um pouco a presença de Larry, que tbm não teve uma cara muito boa ao se deparar com o detetive. Provavelmente por causa do fato de Larry ter tentado testemunhar o que viu, mas não tinha provas. Então Sal disse:

Sal: eu tenho provas! Provas que comprovam o que o Larry disse ao senhor

Detetive: Deixe-me ver isso... Isso veio do quarto do Charley? Como conseguiu isso?

Sal: Eu só estava cumprimentando meus novos vizinhos sabe? Tentando conhecer todo mundo, estava lá conversando com Charley, enquanto ele me mostrava os brinquedos dele. Foi aí que reparei que um deles estava sujo de sangue! Sabia que poderia ajudar na investigação, então o peguei com o saco do meu lanche.

Detetive: ora, ora, um mini – detetive huh? Haha, nada mal garoto. Vou cuidar disso. Mas na próxima vez vem nos informar em vez de se colocar em risco ok?

Sal: sim senhor, pode deixar.

Agora que estou aqui observando Sal e o detetive, não sei pq eu e Larry viemos, estamos calados desde o principio e ficamos entre olhar Sal conversar com o detetive e se olhar meio sem graça sem saber o que fazer ou falar. Mas por fim deu tudo certo, Sal conseguiu inventar uma historia boa o suficiente para enganar o detetive, ele não precisa saber que fizemos uma chamada falsa pra polícia, nem que drogamos Charley pra conseguir o brinquedo. Esses são ossos do ofício que é melhor que só nós 3 saibamos. O detetive agradeceu e pediu pra que esperássemos aqui embaixo e em meia hora vimos Charley sendo carregado por 5 policiais, desmaiado, ele era bizarro e medonho até dormindo se é que ele está só dormindo mesmo né? Arrepiei com esse pensamento e sussurrei pro Larry:

Eu: será que matamos esse cara? Demos muito remédio pra dormir

Larry: não, com certeza não, já já esse cara acorda, não há remédio no mundo que derrube ele

Chegamos perto do Sal e o detetive estava dando a última palavra a ele:

Detetive: Bom trabalho por hoje, Sal. Pode ir descansar

Sal concordou e veio até nós e apontou pra porta disfarçadamente e só então notamos que tinha uma vã enorme de polícia com a sirene brilhando do lado de fora. Sal falou:

Sal: querem ver o que é?

Eu: não melhor não, possivelmente é o corpo que está lá

Larry: é cara, eu já vi o corpo dela morto uma vez, está bom pra mim, mas pode ir se quiser

Sal concordou e foi e ficamos observando ele de longe e também Charley que já estava acordando, comentei com Larry:

Eu: esse cara é resistente mesmo

Larry: eu te disse, se o chá Addison não o derrubou, nada derruba

Enquanto Sal estava caminhando rumo a vã, Charley entendeu o que estava acontecendo e vendo Sal falou na mesma hora:

Charley: Sou inocente, eu juro! Pensei que você era meu amigo!

Sal decidiu ignorar e eu dei 2 passos pra trás pensando em quão repugnante era esse cara e como ele teve coragem de matar alguém, Larry percebeu e passou o braço sobre meus ombros e depois de um leve mini infarto, me acostumei com o conforto e ficamos observando Sal que assim que viu o conteúdo da vã, paralisou e ficou uns 10 segundos olhando. Quando pensei em ir até ele preocupada, ele voltou e graças a máscara que tampa cada reação do seu rosto não consegui ver como ele estava, mas algo nele me disse que mais um trauma a ser tratado foi adicionado em sua vida hoje. 

Meu Final MerecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora