Capítulo 3 - Quem é o assassino?

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Larry: ah... agora entendi, calma, vem aqui (e então ele me abraçou e aí que eu quase tive um infarto mesmo e nem era por ser vizinha de um assassino e sim por estar sendo abraçada por um cara como o Larry) olha, se quiser, até eu e o Sal resolvermos como vamos parar esse cara, vc pode ficar aqui

Eu já não sabia se estava tendo um começo de infarto pelo fato do vizinho assassino, pelo abraço ou pela proposta, só sei que o infarto estava bem próximo, Sal chegou o que fez com que eu e Larry se separasse e deixou o Larry meio sem graça e aí que reparei que Sal trouxe água pra mim o que foi bem fofo, ele parece uma espécie de irmão mais novo, mesmo que eu tenha acabado de conhece-lo. Tentei descontrair respondendo a proposta de Larry com uma piada:

Eu: sempre oferece sua casa pra estranhos?

Larry: só aqueles que tem vizinhos assassinos viciados em pôneis

Eu: viciados em pôneis? Que tipo de pessoa é viciada em pônei?

Sal: é, esse cara tem uma coleção de pôneis de um desenho que ele é fã, é a coisa mais sinistra do mundo, ele não deixa ninguém tocar. Quando eu fui lá ele disse "eles são minha família, então se mexer com eles, está mexendo com minha família" é super estranho a fixação que ele tem nisso, Larry vc não devia falar com a polícia?

Larry: já tentei falar com aquele detetive, mas ele não escuta a não ser que eu tenha provas. Como se minha palavra não fosse o suficiente. Hmph.

Ele fez uma cara de stress que o deixou ainda mais bonito e eu tive que me controlar de olhar demais tentando falar algo que preste:

Eu: e o dono desse prédio, tentou falar com ele?

Larry: O Sr. Addison é um cara legal, mas é meio estranho. Eu nunca o vi fora do quarto, sempre fala pela fresta do correio, não confio que ele vai agir mais do que o detetive.

Sal: eu o vi, realmente ele é estranho, parece ser tranquilo e educado, mas é estranho.

Larry: Ah, e se você disser "Chá Addison, por favor e obrigado" ele te dá uma xícara do seu famoso chá, eu odeio, mas os adultos adoram

Eu: é estranho essa história toda, Larry, pq vcs vivem no porão daqui?

Larry: minha mãe diz que é pra proteger o edifício dos ratos, mas tenho quase certeza que o quarto fica de graça pelas manutenções. Mas é de boa, eu não ligo. Posso ouvir música quão alto eu quiser quando ela não está

Sal: boa.

Larry: sim, é como minha própria Batcaverna

Eu: kk legal

Sal: acho que é bom eu ir investigar um pouco mais, sinto que em qualquer lugar pode ter uma pista que entregue o que a gente precisa

Eu: vc vai ter coragem de visitar o assassino?

Sal: bom, ele não sabe que eu sei disso, então acho que se eu não mexer nos pôneis dele tudo bem

Eu: quer ajuda em alguma coisa?

Larry: pq vc não fica aqui comigo enquanto esperamos mais pistas do Sal? Percebi que vc não tá a vontade com a situação

Sal: é, não se preocupa eu volto logo

Sal saiu e eu logo fiquei 300% mais sem graça do que já estava, percebi que Larry estava um pouco tbm, então resolvi puxar assunto olhando tudo que tinha no quarto dele, a primeira coisa que percebi foi um rádio:

Eu: legal, vc tem um rádio antigo

Larry: na verdade ele é bem novo, o que acontece é que ele não é um rádio comum

O olhei com curiosidade e respondi:

Eu: não? O que ele tem de diferente?

Larry: é um rádio de polícia. Consigo ouvir as conversas deles.

Eu: oq?!? Isso é genial, como conseguiu?

Larry riu da minha empolgação e eu me dei conta que jamais vou parar de pensar "que cara bonito" enquanto estiver perto dele e ele respondeu:

Larry: é uma longa história na verdade

Eu: temos tempo, por favor me conta

Larry: ok, isso foi há cerca de 3 anos atrás, eu estava na escola com minha amiga Ashley, ela estava me ensinando a pintar, na época eu ainda era um fracasso com isso até que um garoto da nossa turma chamado Travis, foi pego roubando as respostas da prova pela diretora, então imagina, se isso fosse hoje em dia, ninguém teria importado, mas na época foi um escândalo e dois policiais vieram pra dar uma bronca enorme em Travis pelo comportamento já que não poderiam prende-lo.

Eu: e algum deles esqueceu o rádio na escola?

Larry: não foi tão simples kk, a Ashley me desafiou, quando os policiais entraram na sala da diretoria com o Travis, ela me desafiou a pegar o rádio na viatura que estava vazia. E considerando que todos estavam prestando atenção demais em Travis, foi fácil e ela teve que fazer meus trabalhos escolares por um mês, no fim ganhei duas vzs, o rádio e 1 mês de folga.

Eu: que incrível kk eu não teria coragem

Larry: ah claro que teria se estivesse na minha situação, não teve perigo nenhum, foi quase meio sem graça.

Eu: kkk mesmo assim talvez já tenha dado pra sacar que eu sou meio cagona pra fazer as coisas

Larry: ah não se preocupa, tudo que sei é que não é todo mundo que ficaria tranquilo com um vizinho assassino, vc não precisa se preocupar, falando nisso essa historia do rádio me deu uma ideia

Eu: sério qual?

No mesmo instante Sal abre a porta e assim que viu que ainda estávamos no quarto falou:

Sal: sem sucesso, varri a vizinhança e a única coisa que consegui foi um chá do Sr. Addison que realmente tem um gosto péssimo.

Larry: cara, eu e a Raissa estávamos cv e eu acabei tendo uma ideia, eu ia contar pra ela agora então bom que vc chegou que aí não preciso repetir

Sal: ok qual a ideia?

Larry: Se eu usar o rádio pra fazer uma chamada falsa, talvez eu os consiga distrair tempo suficiente pra você entrar no 403. Talvez a gente consiga encontrar provas para aquele detetive. Algo que eles não estivessem procurando

Sal: Me escolheu bem rápido pra fazer a parte suja

Larry: bom, eu tenho que fazer a chamada aqui de baixo e (o interrompi)

Eu: se quiserem posso ir, eu não vou ter nenhum contato com o assassino mesmo, só vou olhar a cena e procurar pistas

Larry: vc não (pq eu não? Estranhei e o olhei até Sal interromper)

Sal: kk tinham que ver a cara de vcs, só tô brincando, é claro que eu vou, eu já queria olhar aquele quarto há um tempo.

Larry: ótimo!

Sal: então qual é o plano?

Meu Final MerecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora