Capitulo 22 - Outro pulo no tempo

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2 anos depois

Fim do ensino médio, finalmente. As boas novas é que terminamos essa parte dos estudos e eu e Larry nos mudamos a 1 ano e 7 meses atrás para uma casa que são poucos quarteirões de distância do apartamento. Ao mesmo tempo que eu quis ficar o mais distante possível daquela energia negativa, eu não poderia pedir pro Larry morar muito longe de sua mãe e também não poderia ficar longe de Sal e Todd e não ajudá-los nessa bagunça.

Larry não ligou muito pra decoração oq foi um sonho pra mim, escolhi todos os detalhes da mobília de todos os cômodos e para agradá-lo deixei um cômodo exclusivamente pra quando ele quiser tocar guitarra, pendurar seus pôsteres, ouvir música com o Sal e pintar.

Desde que nos mudamos, nós nos aproximamos mais e ele começou a me ensinar a pintar, confesso que me saio melhor quando desenho do que quando  tento pintar, mas ele sempre me encoraja, mesmo nos momentos em que eu saiba o quanto a pintura esta horrível e que seus elogios estão meio exagerados.

Sobre o que aconteceu no dia seguinte a nossa descoberta sobre a sra. Packerton, bem... ela morreu. Chegamos na escola no dia seguinte prontos para bolar um plano contra ela e ficamos sabendo no jornal que Packerton sofreu um acidente de carro voltando para casa naquela noite, ela e o outro motorista faleceram no impacto, estava na primeira página do jornal no dia seguinte “amada professora de nockfell morta em acidente de trânsito causado por motorista bêbado”, eu sinceramente não acredito nisso. Acredito que ela provavelmente notou que alguém mexeu na gaveta dela e roubou o mecanismo que abre o templo, oq resultou em ela pedindo ajuda a alguém que também faz parte do culto e devem ter mandado matá-la ao invés de ajudar ela, já que provavelmente ela colocou em risco o segredo do templo e do culto, mas nunca descobriremos a verdade sobre isso.

Toda a história da mortadela foi encoberta. Tudo mesmo assim como no caso do Charley e assim eu e os meninos entramos na conclusão que não podemos vencer aquilo, pelo menos não sem alguns danos colaterais que não sabemos se estamos dispostos a correr.

Todd é a mente mais racional do nosso grupo e no momento que ele soube que eu e Larry iríamos nos mudar, ele rapidamente fez o mesmo, convidando Sal para morar junto com ele pra dividir as despesas, mudamos 3 meses depois que tivemos aquela conversa e eles se mudaram em 4. Todd agora está namorando um rapaz decente chamado Neil, que é muito simpático, mas que não faz a menor ideia sobre tudo oq acontece e já aconteceu naquele apartamento, Todd resolveu proteger ele de tudo isso e eu sei que no fundo Todd tem medo de que Neil se assuste e se separe dele. Larry também tentou me proteger mais vezes que o necessário, mas eu nunca deixei ele lidar com tudo sozinho, não sei oq seria dele se eu deixasse ele lidar com isso sozinho.

Ashley não se lembra de muitas coisas que aconteceram naquela noite, mas sei que o pouco que se lembra a afetou já que ela resolveu dar uma de viajante e sair por aí com a moto dela viajando pelo mundo, mas eu sei que é só uma desculpa para não ter que lidar mais com as nossas investigações, ela mantém contato, mas não sabe quase nada do que tá rolando e sei que ela prefere assim. Eu sei que ela vai vir nos visitar nesse fim de semana e sei que Sal sentiu bastante a falta dela desde que ela se foi, mas não sei como as coisas ficarão.

Mas bem, entre eu e Larry está tudo bem, eu estou aqui deitada no sofá, era pra eu estar vendo série mas na verdade, estou nostálgica, me lembrando da primeira vez em que falamos eu te amo um pro outro aqui nessa sala:

“Cheguei do supermercado e resolvi  ir ver onde Larry está e o vi deitado no sofá, completamente imerso na sua guitarra com uma expressão de concentração e paixão em seu rosto. A luz do sol derramava-se através da grande janela, iluminando seus cabelos escuros e o contorno dos seus traços. A música que ele estava tocando ecoava pelo cômodo, preenchendo o ambiente com uma melodia que parecia um pouco com Patience do Guns n' Roses. Larry é tão diferente de todos os outros caras que já fiquei, mas era justamente essa singularidade que me atrai tanto que quando vi estava o admirando. Enquanto seus dedos ágeis deslizavam pelas cordas da guitarra, eu me perdia na harmonia da sua música achando ele um verdadeiro poço de talento e beleza me fazendo gostar dele cada vez mais.

Meu Final MerecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora