Capitulo 20 - Sr. Packerton

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Assim que entramos, o quarto conseguia cheirar ainda pior do que todo o resto da casa, tinha um cesto enorme de fraldas sujas e Larry falou:

Larry: tem alguém ali!

Olhamos e tinha um senhor preso em uma cama, com as mãos e pés amarrados, em um estado quase vegetativo, usando um respiradouro e ligado com uma máquina que mostrava seus batimentos cardíacos, Sal falou:

Sal: olá? Uh, sr. Packerton? Olá?

Larry: eu não acho que ele esteja te escutando

Eu: e eu também não acho que ele seja capaz de te responder Sal

Sal: tem razão, ele parece estar em um tipo de estado vegetativo

Larry: mano isso é muito f*dido... é definitivamente a origem daquele cheiro putrido, eca

Sal: vamos dar uma olhada rápida e sair logo daqui

Eu cheguei perto dos jornais que estavam pendurados na parede, que falavam da morte do sr. Packerton, Sal olhou comigo e estranhou:

Sal: todos esses jornais estão falando da morte do Sr. Packerton, se ele está morto, quem está deitado na cama?

Eu: e se ela fingiu a morte dele pra prender ele aqui?

Larry: oq eu quero saber é porque tem tantas  fraldas usadas aqui, tipo sério oq está acontecendo? (Ele falou apontando pra um balde enorme e fedido cheio de fraldas usadas)

Sal: te entendo, esse lugar tá me deixando super enjoado

Larry: vcs não acham que ela usa a... não, não  deixa pra lá, eu não quero nem pensar nisso

Senti um mal estar enorme na hora que ele falou isso tanto que nem consegui responder e Sal falou:

Sal: eu acho que se o ingrediente misterioso fosse m*rda humana, o Todd teria visto algum sinal disso no laboratório, não?

Larry: eu acho que sim, bom, honestamente eu não faço ideia vamos só nos apressar aqui

Sal chegou perto do sr. Packerton e tentou testar pra ver se o homem estava consciente:

Sal: olá? Sr. Packerton? Pisque se puder me ouvir

E o homem permaneceu imóvel, respirando por aparelhos com os olhos vermelhos e vidrados olhando pro teto. Larry tentou fazer uma piadinha:

Larry: essa situação é bem m*rda hein?

Eu ri e Sal comentou rindo: essa foi péssima

Eu: terrível

Larry: eu precisava descontrair dessa loucura

Sal: espera! Tive uma ideia! E se eu ligar o gearboy perto do sr. Packerton?

Larry automaticamente me puxou pra perto dele, sabendo do meu medo e concordou: boa cara, testa aí

Eu apertei a mão de Larry um pouco com medo dessa situação toda mas concordei também: talvez seja a única forma de falar com o Sr. Packerton

Sal concordou e pegou o gearboy o ativando em seguida e logo um fantasma surgiu do corpo do Sr. Packerton me fazendo chegar mais perto ainda de Larry que passou o braço em volta dos meus ombros concentrado em toda a situação:

Sr. Packerton : jovem criança, por favor... me ajude

Sal: como vc pode estar...? Vc está morto?

Sr. Packerton: eu estou preso no meio, sofrendo pelo que parece uma eternidade

Sal: a Sra. Packertonque fez isso com vc?

Sr. Packerton: Nós já fomos apaixonados um dia... ou era o que eu pensava, mas sim, ela fez isso... por favor... você precisa me ajudar a fugir desta agonia eterna

Larry: pergunta sobre a mortadela

Sal: ah é, oq vc sabe sobre a mortadela? Oq tem nela?

Sr. Packerton: mortadela? Eu temo não saber muito sobre isso... este quarto é minha prisão... meu caixão se arrependimentos, jamais poderei sair neste estado

Sal: como posso te ajudar?

Sr. Packerton: vc precisa desligar essa máquina maldita

Sal: mas isso não...? Não seria...?

Sr. Packerton: irá acabar com meu sofrimento e me libertar desse tormento

Sal: mas... vc tem certeza?

Sr. Packerton: por favor criança, eu te imploro, você precisa se apressar antes que ela retorne, vc não sabe como é... ficar entre a vida e a morte

Sal pareceu estar com medo de tomar essa decisão e Larry me soltou rapidamente indo em direção a máquina e tirando ela da tomada, o fantasma sumiu e Sal comentou olhando pro Larry:

Sal: vc tirou da tomada?

Larry: desculpa Sal, o coitado estava sofrendo, você ouviu, é o que ele queria, não podíamos o deixar sofrendo daquele jeito

Sal: eu acho que sim, mas (de repente fomos interrompidos pelo barulho da porta abrindo me fazendo gelar na hora)

Larry: p*ta m*rda ela chegou!

Sal: rápido, atrás daquele armário!

Nós 3 nos escondemos atrás do armário e Larry me segurou mais forte me abraçando enquanto meu coração parecia querer sair pela boca:

Eu: não acredito q ela já chegou...

Larry: se nós não conseguirmos sair vivos dessa... eu... eu amo vcs... amo vcs de verdade

Sal: eu também amo vcs, são os melhores amigos que eu já tive sabiam?

Eu: eu amo vcs tbm, mas parem de falar assim, a gente vai sair dessa

Eu falei tentando me convencer disso, mas na verdade eu sabia q se ela nos achasse, não teria como fugir e nós três fechamos os olhos e Larry me segurou ainda mais forte enquanto meu coração acelerou de medo e então depois do que pareceu uma eternidade, ouvimos alguém falar:

Xx: desculpa arruinar o momento de vcs, mas que tipo de lugar é esse?

Olhamos e vimos a Ashley, coloquei a mão no coração e respirei de alivio:

Sal: Ashley! Vc quase nos matou de susto!

Ashley: deu pra notar (ela falou rindo)

Eu: minha nossa... nunca fiquei tão feliz em te ver

Larry: eu tbm... achei que estavamos perdidos

Sal: achei q vc tinha que cuidar do Benjamin

Ashley: meu pai voltou pra casa cedo, então eu vim direto pra cá, desculpe assustar vcs, eu (ela se interrompeu ao assustar olhando para o sr. Packerton na cama) aquele... é o sr. Packerton? Ele está...?

Sal: era, ele já se foi, finalmente esta em paz

Ashley: c*ralho... é por favor não me diga que é ISSO que tem de errado com a mortadela

Eu: não temos uma resposta pra isso ainda

Larry: mas espero que não

Sal: eu não tenho certeza, ainda falta olhar um quarto, temos que entrar lá antes de irmos embora

Larry: ah é, saca só! Achei essa chave enquanto estávamos escondidos atrás do armário

Eu: isso!

Sal: uma dessas chaves tem que abrir aquele outro quarto, vamos lá

Ashley: qualquer coisa pra sair desse quarto

Eu ri e falei: concordo, vamos agora por favor

Saímos do quarto apressados e respirei de alívio ao sentir q o cheiro tinha aliviado (um pouco) e Sal começou a testar cada uma das chaves até que uma deu certo:

Sal: entramos!

Quando entramos no quarto nos deparamos com um monte de cartazes, várias ferramentas e uma máquina estranha, e várias manchas de sangue, como se ela estivesse pronta para abater 1000 bodes ali mesmo dentro desse quarto, Larry comentou:

Larry: mas que...

Eu: q lugar é esse?

Sal estava sem palavras assim como Ashley e oq mais me chamou atenção foi a quantidade de cartazes de desaparecido nas paredes, comentei:

Eu: pq q ela coleciona esse tanto de folhetos de desaparecidos?

Sal: isso não pode ser bom, parece um açougue aqui

Olhei mais um pouco tinha um saco com várias roupas e sapatos masculinos e femininos, Ashley comentou:

Ashley: esse lugar esta me deixando ainda mais confusa

Larry chegou perto do freezer e falou:

Larry: e isso aqui? Tá cheio de marcas de sangue

Sal: precisa de código pra abrir

Examinei o freezer e percebi que do lado do código tem marcas de dedo fazendo uma sequência com sangue, primeiro 1 marca, embaixo 4, depois 1, depois 3, falei pra eles:

Eu: e se isso aqui for o código?

Ashley: será que ela marcou assim? Com sangue? Não é mais normal anotar?

Larry: depois de tudo q vimos nessa casa, eu acho que a Sra. Packerton é qualquer coisa... é menos normal

Eu concordei e comecei a colocar o código 1... 4... 1... 3 e ouvimos um click, comentei:

Eu: funcionou! O código deu certo!

Larry: vamos abrir?

Sal: é o único jeito de entendermos pra q esse quarto serve

Abrimos um pouco inseguros e de repente subiu um cheiro potrido de sangue que quase me fez vomitar e olhamos pra dentro do baú...

Meu Final MerecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora