A Part Of Me Always Lose

Knowing the truth

Era segunda de manhã e Josie estava dormindo tranquilamente. A noite de domingo foi bem agitada e ela precisava descansar um pouco. apesar de ter tentado ficar mais próxima da irmã durante o dia, isso não deu muito certo, já que ela esteve se esquivando da garota o dia todo. Mas tudo bem, poderia lidar com isso depois.

Foi quando um barulho alto a despertou, ficando totalmente em alerta. Pelo som dos passos vindo em direção ao seu quarto, sabia que era Lizzie. Respirou fundo, se preparando para o que seja, quando a porta do seu quarto é aberta bruscamente, mais uma vez o som alto ecoa pelo ambiente. Ouve Lizzie caminha em direção à sua cama e decide a olhar, não entendendo o que estava acontecendo àquela hora da manhã.

— Você pode me explicar o que é isso, Josette!? — Lizzie gritou, jogando algo em cima de Josie.

Josie fechou os olhos rapidamente quando sentiu o impacto e, ao olhar, viu que era um jornal. Ela o encarou por um segundo, sem prestar muita atenção no conteúdo. A única coisa que pensava era: "Meu Deus, o que isso significa?!".

— Isso, Lizzie, é a prova que essa cidade é realmente horrível e que não se importa com o planeta! — fala indignada, realmente aquela cidade era o fim do mundo, como eles podiam estar tão desatualizados aquele ponto. — Quem em pleno século vinte e um ainda imprime notícias em jornais?! Inacreditável! — continua falando, enquanto agarra o jornal tentava fazer sua melhor cara de indignação, mas um risinho sarcástico brincava em seus lábios. Não podia se conter em provocá-la.

Podia ver sua irmã se contorcer de raiva, e isso sem dúvidas era divertido.

— Não se faça de cínica comigo! — fala mais alto, fazendo com que Josie queira colocar as mãos sobre os ouvidos. — Leia a notícia!

Josie pressionou os lábios até formar uma linha reta, arregalando um pouco os olhos. Essa reação logo deu lugar a uma expressão despreocupada, então deixou seus olhos correrem pela manchete do jornal.

Ela lê a notícia sobre a tragédia que aconteceu na noite de domingo, passa a mão sobre o cabelo, não entendia o ponto. O que ela tinha a ver com aquilo? Ela sequer havia ido àquela parte da cidade. Não entendia aonde Lizzie queria chegar, então decidiu fazer o que sabia fazer de melhor.

— Além de não serem ambientalistas, a segurança aqui é uma droga! Tem certeza de que quer ficar aqui? — pergunta com o riso de lado sempre presente.

— Não faça isso, Josette! — Lizzie fala a encarando, Josie não tira os olhos da irmã. — Eu sei que foi você!

Essa frase faz a arqueia uma sobrancelha. Como assim, ela sabia que tinha sido ela? Lizzie realmente acha que ela se deslocaria da sua casa para ir à parte mais horrorosa da cidade para colocar fogo em pessoas?

Tudo bem que, se estivesse com a humanidade desligada, com toda certeza faria isso. Se alimentaria de todas aquelas pessoas até sugar a sua última gota de sangue e, depois, para encobrir seus rastros, iria atear fogo. E faria questão de ficar presente, vendo o fogo queimar tudo o que tinha em sua frente. Mas ela não estava com a humanidade desligada e, por mais que a ideia de colocar fogo nas coisas ainda soasse atraente, ela não o faria. Ela não o fez.

Então se mexe inquieta.

— Me desculpa, mas o que te faz achar que eu estou por trás disso? — perguntou, irritada.

— Achar? Eu tenho certeza! — Lizzie acusou, a raiva nítida. — Isso é a sua cara, é praticamente a sua assinatura acobertar as coisas com fogo!